A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que a queda do avião que transportava a cantora Marília Mendonça e sua equipe para um show em Caratinga, em novembro de 2021, foi causada por erro dos pilotos. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (4 de outubro), o delegado Ivan Lopes Sales afirmou que os pilotos não seguiram as normas de segurança para o pouso no aeródromo de Ubaporanga e saíram da área protegida, colidindo com uma torre de transmissão.
A investigação da polícia mineira confirmou o que já havia sido apontado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que atribuiu o acidente a uma “avaliação inadequada” dos parâmetros da operação da aeronave. Segundo o Cenipa, os pilotos alongaram a perna do vento, que é a trajetória de voo percorrida durante o procedimento de pouso, em uma distância muito maior do que a esperada.
O delegado Ivan Lopes disse que os pilotos foram indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas que o processo foi arquivado por causa da morte dos mesmos. Ele também esclareceu que não havia obrigação legal da Cemig, empresa responsável pela torre de transmissão, de sinalizar a estrutura, mas que isso foi feito após uma recomendação do Cenipa. A polícia descartou ainda qualquer hipótese de atentado ou mal súbito dos pilotos.
Marília Mendonça, considerada a rainha da sofrência, tinha 26 anos e era uma das maiores estrelas da música sertaneja no Brasil. Ela morreu junto com outros quatro integrantes de sua equipe: o produtor musical Henrique Andrade, o empresário Claudio Melo, o fotógrafo Gabriel Pascoal e o copiloto Luiz Felipe. O piloto Marcos Nogueira também faleceu no acidente.