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Educação

Polícia Federal investiga vazamento de imagens do Enem 2024 antes do horário permitido

Fotos do exame começaram a circular nas redes sociais antes das 18h, horário em que os candidatos podem sair com as provas

Foto/Divulgação

Imagens do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2024, incluindo o tema da redação e as questões, começaram a ser compartilhadas nas redes sociais logo após o início da aplicação, mas antes das 18h, quando os alunos podem deixar a sala com o caderno de provas. O jornal O GLOBO recebeu as primeiras imagens às 16h29 e imediatamente notificou o Inep, responsável pela organização do exame. Em resposta, o Inep informou que os episódios foram registrados em ata de sala e não comprometem a integridade do certame, além de acionar a Polícia Federal para investigar o caso.

Conforme notado pelo Inep, a saída do local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais é motivo para eliminação do participante, conforme estipulado no edital do Enem 2024.

As provas deste ano incluíram textos como o samba da Mangueira “História para ninar gente grande” e uma imagem de alunos da rede municipal do Rio de Janeiro na Pequena África, com o objetivo de inspirar os candidatos a escrever sobre o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.

O GLOBO recebeu as imagens em dois momentos: a primeira às 16h29, mostrando a página da redação, e a segunda, às 17h04, contendo um arquivo PDF com todas as páginas da prova.

Em maio de 2024, a Polícia Federal anunciou que havia identificado a pessoa responsável pelo vazamento do Enem 2023. A investigação revelou que uma aplicadora de prova na cidade de Belém (PA) havia tirado uma foto do caderno de redação durante a aplicação e enviado a uma amiga professora. A PF alertou que a divulgação indevida de conteúdos sigilosos de processos seletivos pode resultar em penas de reclusão de um a quatro anos e multa.

O caso de 2023 não foi isolado; em 2019, um aplicador vazou uma foto da redação, mas na época, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, minimizou os danos. “Ninguém foi lesado, mas houve a tentativa de macular [a prova]”, disse ele.

A situação de 2023 e 2024, embora preocupante, é considerada menos grave do que o episódio de 2009, quando as imagens do Enem circularam antes do início da aplicação, levando ao cancelamento do exame e à reprogramação de uma nova prova com dois meses de atraso. Naquela ocasião, várias universidades optaram por não aceitar as notas, e os responsáveis pelo vazamento foram indiciados.

Educação

Tarcísio sanciona lei que proíbe uso de celulares nas escolas de SP

Restrição inclui todos os dispositivos com acesso à internet e prevê exceções apenas para fins pedagógicos ou necessidades específicas

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou nesta sexta-feira (6) uma lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos com acesso à internet nas escolas públicas e privadas do estado. A nova regra entrará em vigor em 30 dias.

A medida, publicada no Diário Oficial, é resultado de um projeto da deputada estadual Marina Helou (Rede), com coautoria de 42 parlamentares, aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa (Alesp). A iniciativa busca combater o impacto negativo do uso excessivo de eletrônicos na concentração, desempenho acadêmico e interação social dos estudantes.

O que diz a lei

  • Dispositivos proibidos: celulares, tablets, relógios inteligentes e qualquer aparelho com acesso à internet.
  • Uso durante aulas e intervalos: a proibição abrange todo o período em que o aluno estiver na escola, incluindo recreios e atividades extracurriculares.
  • Transporte e armazenamento: alunos podem levar os dispositivos à escola, mas devem armazená-los de forma segura e inacessível durante o horário escolar.
  • Exceções:
    • Necessidade pedagógica, quando o uso de dispositivos é autorizado para atividades educacionais específicas.
    • Alunos com deficiência que necessitam de tecnologia assistiva.
  • Comunicação com pais e responsáveis: escolas devem criar canais alternativos para facilitar a comunicação entre as famílias e as instituições de ensino.

Aplicação e impacto

A Secretaria Estadual de Educação e os municípios deverão criar protocolos para garantir o armazenamento seguro dos aparelhos. Além disso, a lei transfere aos estudantes a responsabilidade por eventuais danos ou perdas dos dispositivos levados para as escolas.

A iniciativa segue um movimento nacional de debate sobre o uso de celulares nas escolas. Um projeto semelhante tramita na Câmara dos Deputados e, se aprovado, poderá estender a proibição a todo o país.

A partir de sua entrada em vigor, a nova regra promete alterar a dinâmica escolar em São Paulo, reforçando a concentração nas aulas e a interação social entre os alunos.

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Celebridades

Caco Ciocler conclui curso de biologia aos 53 anos e celebra

Ator compartilha momento especial ao lado de amigos e familiares após formatura

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Ator Caco Ciocler

O ator Caco Ciocler, de 53 anos, comemorou uma conquista importante em sua vida pessoal: a conclusão do curso de biologia. Nesta terça-feira (3), ele publicou em seu perfil no Instagram uma série de fotos celebrando a formatura.

“30 anos depois, formado!”, escreveu Caco na legenda da postagem, demonstrando orgulho e alegria pelo marco alcançado.

Nas imagens, o ator aparece vestindo a tradicional beca e segurando seu diploma, acompanhado por amigos e familiares que estiveram presentes nesse momento especial.

A publicação gerou uma onda de comentários e felicitações de colegas do meio artístico. “Que beleza de vida”, escreveu a atriz Carolina Dieckmann. O ator Guilherme Weber também deixou sua mensagem: “Ah, que legal, amado! Parabéns! Que o universo te mantenha sempre curioso e entusiasmado.” Já Giovanna Lancellotti optou por uma mensagem breve e carinhosa: “Parabéns!”.

Com essa realização, Caco Ciocler reforça que nunca é tarde para explorar novos caminhos e se dedicar a novas áreas do conhecimento.

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Educação

Estudo aponta: metade das crianças brasileiras não dominam matemática básica

Desempenho abaixo da média global em estudo internacional expõe desafios na formação docente e desigualdades sociais no Brasil

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Foto: Divulgação

O Brasil apresentou resultados preocupantes em sua primeira participação no Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (Timss). O levantamento mostra que 51% dos estudantes do 4º ano do ensino fundamental não possuem habilidades básicas de matemática, como tabuada, somas e subtrações de três algarismos ou interpretação de gráficos simples.

O desempenho médio dos alunos brasileiros nessa etapa foi de 400 pontos, abaixo da média global de 503 e superando apenas Marrocos, Kuwait e África do Sul entre os 64 países participantes. Além disso, os 5% com piores notas alcançaram, no máximo, 259 pontos, indicando grandes dificuldades para responder às questões propostas.

No 8º ano, o cenário se repete. Mais de 60% dos jovens não atingiram o nível básico de proficiência matemática, revelando dificuldades em reconhecer formas geométricas simples, compreender proporções e interpretar gráficos. A média brasileira foi de 378 pontos, superando apenas o Marrocos e ficando atrás de nações como Irã e Malásia.

Desempenho em ciências
Apesar de ligeiramente melhor, o desempenho dos brasileiros em ciências também é preocupante. No 4º ano, 39% não dominam conceitos básicos sobre plantas, animais e o meio ambiente, enquanto no 8º ano, 42% demonstram dificuldades com temas como células, tecidos e reações químicas.

Fatores que explicam o desempenho
A baixa performance dos estudantes brasileiros é atribuída a fatores como a formação insuficiente de professores, baixa atratividade da carreira docente, desigualdade econômica e a recente universalização do ensino básico. A matemática, em especial, depende mais de uma boa formação escolar do que o desenvolvimento de habilidades que possam ser adquiridas fora do ambiente educacional, como ocorre com a leitura.

Esses resultados reforçam a necessidade de políticas educacionais voltadas para a melhoria da formação docente e a valorização da educação básica, especialmente em matemática, considerada essencial para o desenvolvimento intelectual e econômico do país.

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