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Putin desafia Tribunal de Haia e visita país que deveria prendê-lo

Apesar das críticas internacionais, a Mongólia o recebeu com honras de chefe de Estado

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou à Mongólia nesta segunda-feira (2/9) para uma visita oficial, desafiando o mandado de prisão emitido pelo Tribunal de Haia em março de 2023. Esta é a primeira vez que Putin viaja para um país que, teoricamente, deveria cumprir a ordem da Corte Internacional.

Apesar do mandado de prisão em vigor, a Mongólia acolheu Putin com honras de chefe de Estado. Durante sua estadia de dois dias, o presidente russo participará de reuniões bilaterais e assinará documentos com o governo mongol.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu publicamente que as autoridades mongóis cumpram o mandado de prisão e entreguem Putin ao Tribunal Penal Internacional. A União Europeia também expressou seu desejo de ver a decisão respeitada.

No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, minimizou as preocupações, afirmando que o governo russo não está preocupado com a execução do mandado e que mantém um “diálogo maravilhoso” com a Mongólia.

Putin já havia demonstrado cautela em participar de eventos internacionais, como a cúpula dos Brics em agosto de 2023 na África do Sul. O Kremlin ainda não descartou a possibilidade de sua presença na próxima cúpula do G20, marcada para novembro no Brasil.

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Explosão de bomba da Segunda Guerra Mundial no Japão: entenda os riscos e causas

Explosão de bomba da Segunda Guerra Mundial no Japão destaca os riscos contínuos de explosivos não-detonados

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No último dia 2 de outubro de 2024, uma bomba não-detonada da Segunda Guerra Mundial explodiu perto de uma pista de aeroporto em Miyazaki, Japão, causando danos consideráveis. A bomba, provavelmente lançada pelos EUA durante os ataques contra as forças japonesas, permaneceu inativa por quase 80 anos, mas eventos recentes reacenderam preocupações sobre o perigo contínuo que esses artefatos representam.

O perigo das bombas não-detonadas

A explosão de bombas antigas não é um fenômeno raro, especialmente em países que foram palcos de grandes conflitos durante a Segunda Guerra Mundial. Esses dispositivos, enterrados por décadas, podem ser reativados quando perturbados por movimentações no solo, como obras urbanas ou escavações. Cidades como Londres e Berlim enfrentam riscos semelhantes e contam com serviços especializados em detectar e desarmar explosivos antigos.

Apesar disso, incidentes de explosões sem qualquer interferência aparente estão se tornando mais frequentes. A explicação para esse aumento pode ser encontrada na composição química dessas bombas.

O envelhecimento químico dos explosivos

Um estudo recente publicado na revista científica The Royal Society of Chemistry revelou que muitos explosivos fabricados durante a Segunda Guerra Mundial contêm Amatol, uma mistura de TNT com nitrato de amônio. Com o passar do tempo, o Amatol tende a se tornar mais instável, aumentando as chances de detonação espontânea. Embora ainda não se saiba se a bomba que explodiu no Japão continha esse material, a instabilidade dos componentes de bombas antigas é um fator preocupante.

Durante a Segunda Guerra, o Aeroporto de Miyazaki, agora utilizado para fins civis, era uma base militar japonesa que foi alvo de diversos ataques aéreos norte-americanos. Muitos artefatos explosivos da época podem ainda estar soterrados na região, representando uma ameaça persistente.

As consequências globais dos explosivos não-detonados

Segundo um relatório da Campanha Internacional pelo Fim dos Explosivos Terrestres, somente em 2022, cerca de 1.661 pessoas morreram e outras 3.015 ficaram feridas por bombas ou minas terrestres não-detonadas. O relatório também destacou que esse tipo de explosivo continua a fazer vítimas em 49 países, sendo uma ameaça contínua mesmo décadas após o término dos conflitos.

O Direito Internacional Humanitário exige que os países responsáveis por esses explosivos tomem medidas para remover esses artefatos e proteger a população civil, tanto durante quanto após os conflitos. No entanto, as operações de remoção podem ser complexas e perigosas, exigindo tecnologia avançada e cooperação internacional.

O apelo da Cruz Vermelha

Em resposta aos riscos globais de explosivos não-detonados, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha fez um apelo urgente para que governos e grupos envolvidos em conflitos facilitem o trabalho das equipes de remoção de explosivos. Segundo o comitê, é vital que as nações afetadas permitam o acesso de equipes humanitárias, garantindo que os civis e suas comunidades estejam protegidos desses perigos.

A explosão no Japão serve como um lembrete do legado destrutivo que a Segunda Guerra Mundial ainda deixa para trás. Enquanto bombas antigas continuam a representar uma ameaça global, as ações coordenadas entre governos, organizações internacionais e comunidades locais são essenciais para minimizar o risco e salvar vidas.

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Identificação do homem congelado em caverna dos EUA resolve mistério de quase 50 anos

A descoberta foi feita graças à investigação detalhada de um detetive que revisitou arquivos antigos, e não por tecnologia moderna

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O enigma que envolvia o corpo congelado encontrado em uma caverna na Pensilvânia em 1977 foi finalmente solucionado, após quase cinco décadas. O Gabinete do Médico Legista do Condado de Berks identificou os restos mortais como pertencentes a Nicholas Paul Grubb, um jovem de 27 anos de Fort Washington, Pensilvânia.

Curiosamente, a tecnologia moderna não foi responsável por resolver o caso do “Pinnacle Man”, nome inspirado no pico das Montanhas Apalaches próximo ao local onde Grubb foi encontrado. De acordo com o médico legista do condado, John Fielding, o avanço na identificação foi resultado do trabalho de um detetive da Polícia Estadual da Pensilvânia, que fez uma descoberta crucial ao revisar arquivos antigos.

Em 16 de janeiro de 1977, caminhantes encontraram o corpo congelado de um homem em uma caverna situada abaixo do Pinnacle, em Albany Township. Durante a autópsia, não foi possível identificar o homem por sua aparência, vestuário ou pertences, conforme relatado por George Holmes, vice-legista chefe do Condado de Berks.

Holmes também revelou que a causa da morte foi uma overdose de drogas, e não havia indícios de trauma no corpo de Grubb que sugerissem crime. Embora registros dentários e impressões digitais tenham sido coletados durante a autópsia, as impressões digitais foram perdidas com o tempo.

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Ministro Alexandre de Moraes convoca 1ª Turma do STF para analisar suspensão da rede social X

O STF, liderado por Alexandre de Moraes, inicia julgamento para decidir sobre a suspensão da rede social X no Brasil

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou a 1ª Turma da Corte para um julgamento virtual que decidirá sobre a suspensão da rede social X (anteriormente Twitter) no Brasil. A sessão começará à meia-noite desta segunda-feira (2) e terá duração de 24 horas, com a participação dos ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Carmen Lúcia, além de Moraes.

A suspensão da plataforma foi implementada pelas operadoras de internet no país na madrugada de sábado (31), após Moraes determinar o bloqueio da rede social. A decisão foi tomada devido à falta de resposta do proprietário da plataforma, Elon Musk, ao prazo de 24 horas estipulado pelo ministro para que fosse indicado um representante legal do X no Brasil.

O contexto da decisão remonta ao fechamento do escritório da empresa no Brasil, anunciado por Musk em 17 de agosto, em meio a acusações de ameaças por parte de Moraes. A suspensão também está relacionada ao não cumprimento de ordens anteriores do STF, incluindo a determinação para bloquear perfis de investigados em um inquérito da Polícia Federal sobre obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.

Este julgamento ocorre em um ambiente de crescente tensão entre as ordens judiciais brasileiras e as práticas de moderação de conteúdo do X, com implicações significativas para o funcionamento da rede social no país.

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