A Fundadora do Nubank, Cristina Junqueira, não teve fala bem recebida no movimento negro sobre contratação de pessoas pretas. Em entrevista ao programa Roda Viva, ao ser questionada se o alto nível de exigência de conhecimento e escolaridade para a contratação na organização financeira seria um impeditivo para pessoas negras, Cristina não agradou. “Recrutar Nubank sempre foi muito dificil. O maior gargalo do Nubank é gente”.
“Não dá para a gente nivelar por baixo. Por isso queremos fazer o investimento em formação”.
Sobre a presença de pessoas pretas na empresa, Cristina confirmou o déficit na equipe. “A gente hoje não tem problema dentro da organização de retenção ou de avanço, quando a gente fala de minorias”.
“O que a gente tem é uma subrepresentatividade étnica racial que a gente está atuando bastante para corrigir”, afirmou.
Veja repercussão
Nas redes sociais o movimento negro se manifestou contra a fala de Cristina Junqueira. “É difícil contratar preto, mas nosso dinheiro entra facinho no Nubank. Vocês gostam, não é?”, endagou um internauta.
Junqueira pede desculpa
Em vídeo publicado nas redes sociais, Cristina Junqueira pediu desculpa pelo ocorrido e disse que é difícil tratar sobre o assunto. “Ontem, eu estive no Roda Viva. Um trechinho do que eu falei lá infelizmente não repercutiu tão bem. E eu queria dizer que falar de diversidade racial não é fácil”.
A fundadora do Nubank pediu desculpa. “Queria pedir desculpas, acho que não me expressei da melhor maneira. É super importante a gente ter uma comunicação clara. Queria agredecer todo o feedback que está vindo, a repercussão que isso está tendo. porque todo mundo tem o que aprender”, afirmou.
Resposta do Nubank
Em nota, o Nubank informou que a diversidade é um dos pilares da instituição, mas ainda não alcançaram a diversidade total na equipe. “A gente sabe que ainda tem um longo caminho pela frente para poder ser uma empresa que de fato representa a pluralidade da sociedade brasileira”, afirmaram.
“Ficamos muito felizes com diversas conquistas – mas sabemos que não é o bastante”.
Por fim, reforçaram o caminho que ainda devem percorrer na inclusão racial. “Em especial, quando se trata de diversidade racial, o Nubank sabe que tem um longo caminho ainda”, concluíram.