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Saúde

São Paulo abre 700 leitos para atendimento exclusivo a covid-19

São 266 leitos de UTI e os demais de enfermaria

Ascom/Secretaria de Saúde do Estado (Sesab)

Com o aumento nas internações por covid-19, o governo do estado de São Paulo anunciou hoje (26) a criação de mais 700 leitos exclusivos para atendimento de pessoas que estejam com a doença. Do total de leitos disponibilizados, 266 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os demais são leitos de enfermaria.

“Neste momento, o foco da ampliação da rede estadual de saúde está nos leitos de enfermaria já que, por conta dos elevados índices de vacinação aqui no estado de São Paulo, nós temos tido um agravamento menor da doença”, disse o governador de São Paulo, João Doria.

Os leitos serão destinados para os hospitais estaduais e, segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, tratam-se de leitos remanejados pelos hospitais. De acordo com Eduardo Ribeiro, secretário executivo da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, não faltarão leitos para atender os pacientes com covid-19.

“Estamos ampliando cerca de 10% a 15% dos leitos de UTIs destinados exclusivamente à covid-19. E esse é um número significativo porque ainda não atingimos a utilização plena da capacidade e temos capacidade de ampliar ainda mais”, disse Ribeiro.

O aumento na quantidade de leitos ocorre no momento em que o estado enfrenta uma taxa de ocupação de leitos de UTIs de 68,6%, com 3.633 pessoas internadas em estado grave, além de 7.324 pessoas internadas em enfermarias.

Segundo Gorinchteyn, as internações começaram a crescer vertiginosamente desde as primeiras semanas de janeiro: “a análise dos últimos 14 dias mostra aumento de 98% das nossas internações. E nas últimas três semanas ocorreu 152% de aumento”.

Apesar do aumento de casos e de internações por covid-19, o governo de São Paulo não anunciou novas medidas restritivas para conter a alta transmissão do vírus no estado.

“Esse momento da pandemia é distinto do que tivemos anteriormente: primeiro porque a transmissibilidade [da variante Ômicron] é muito mais alta em relação a outras variantes. Por outro lado também temos boa cobertura vacinal”, explicou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

“Essa variante tem essas características: o número de casos sobe como um foguete. Mas vemos em países que estão mais adiantados nesse processo que começa também uma redução, felizmente rápida. O pico dura muito menos do que em outras pandemias”, disse Menezes.

Segundo ele, após atingir o pico, a expectativa é de que a transmissão desacelere. “Nós esperamos que nas próximas semanas a gente atinja o pico e comece a ter um alívio. Já existem sinais de que a velocidade de aumento de internações está desacelerando, o que talvez mostre que já estamos chegando no pico”, disse o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, ao citar.

Menezes lembrou algumas medidas não farmacológicas adotadas como a redução da capacidade de grandes eventos, a exigência de vacinação em eventos, além da suspensão do carnaval de rua e o adiamento do carnaval do sambódromo. “Nesse momento o comitê científico não vê necessidade de outras medidas”, concluiu Menezes.

Por: Agência Brasil

Saúde

Doce moderado: comer um docinho pode ser bom para o coração

Pesquisa sugere que consumir açúcar com equilíbrio pode ser mais benéfico para a saúde cardiovascular do que a eliminação total dos doces

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Um estudo da Universidade de Lund, na Suécia, surpreende ao indicar que o consumo moderado de doces pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, ao invés de ser necessário cortar completamente o açúcar da alimentação. A pesquisa, publicada na Frontiers in Public Health em 8 de dezembro de 2024, envolveu quase 70 mil participantes e analisou o impacto do açúcar proveniente de diferentes fontes alimentares.

A pesquisadora Suzanne Janzi, responsável pelo estudo, destacou que, embora os achados não comprovem uma relação causal definitiva, o estudo sugere que reduzir excessivamente o consumo de açúcar pode não ser tão benéfico para a saúde cardiovascular quanto se pensava. De fato, ela observou que uma ingestão moderada pode ser uma opção mais equilibrada para preservar o bem-estar do coração.

Além disso, o estudo ressaltou a importância de analisar o contexto cultural do consumo de doces, mencionando o hábito sueco de fazer pausas regulares para café e doces, conhecido como fika, uma tradição profundamente enraizada no país. Contudo, Janzi alertou que os resultados podem não ser aplicáveis a outras populações com diferentes hábitos alimentares.

A pesquisa reforça a ideia de que, ao contrário do que muitos pensam, não é preciso seguir uma dieta rigorosa sem doces para manter a saúde cardiovascular em dia, sendo o consumo equilibrado a chave para o bem-estar.

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Saúde

Beber refrigerante regularmente pode aumentar o risco de derrame, aponta pesquisa sueca

Estudo indica que o consumo de refrigerantes está diretamente relacionado a uma maior probabilidade de problemas cardiovasculares

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Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, realizaram um estudo que revela o impacto negativo do consumo excessivo de refrigerantes na saúde do coração. Segundo o estudo, o hábito de beber refrigerante regularmente pode aumentar o risco de derrames, insuficiência cardíaca e fibrilação atrial. Por outro lado, o consumo ocasional de doces como chocolate ou bolo foi associado a efeitos menos prejudiciais. O estudo foi publicado na revista Frontiers in Public Health.

Suzanne Janzi, principal autora do estudo, explicou que a pesquisa identificou uma diferença importante entre as fontes de açúcar, ressaltando que o risco de doenças cardíacas pode ser maior dependendo da forma como o açúcar é consumido. “Nosso estudo mostrou que não se trata apenas da quantidade de açúcar ingerido, mas de sua origem e contexto”, disse a pesquisadora.

As doenças cardiovasculares continuam sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo. Fatores como tabagismo, colesterol elevado, hipertensão, obesidade e diabetes são os maiores responsáveis pelo aumento desses problemas, mas o consumo excessivo de açúcar, especialmente em forma de bebidas adoçadas, também tem sido apontado como um fator de risco crescente.

Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o tratamento e a prevenção de doenças cardíacas dependem do controle dos fatores de risco e do tratamento eficaz das doenças já instaladas. Além disso, é importante estar atento aos sinais do corpo e buscar orientação médica sempre que houver sintomas relacionados a problemas cardíacos.

O estudo sueco analisou dados de 69.705 adultos de meia idade, que responderam a questionários sobre seus hábitos alimentares e foram acompanhados por um período de mais de 20 anos. Os participantes foram divididos conforme o tipo e a quantidade de açúcar ingerido, com ênfase nas bebidas adoçadas como refrigerantes.

Ao longo do acompanhamento, 25.739 participantes foram diagnosticados com alguma doença cardiovascular. Os cientistas concluíram que o consumo de refrigerante é mais prejudicial à saúde do que outras formas de ingestão de açúcar, como doces ou guloseimas. Em pessoas com índice de massa corporal (IMC) normal, o consumo de refrigerantes aumentou consideravelmente o risco de derrame isquêmico, insuficiência cardíaca e fibrilação atrial.

Curiosamente, o estudo também revelou que a ingestão ocasional de doces foi associada a melhores resultados de saúde do que a ausência total de doces. Os pesquisadores sugerem que o consumo muito restrito de açúcar pode não ser tão benéfico quanto se imagina, e que, em alguns casos, pode até ser prejudicial para a saúde cardiovascular.

A principal conclusão do estudo é que o contexto em que o açúcar é consumido faz toda a diferença. Enquanto as bebidas adoçadas, como os refrigerantes, são frequentemente consumidas de forma regular e em grandes quantidades, os doces são geralmente consumidos de maneira esporádica e em ocasiões especiais, o que pode justificar os resultados mais favoráveis em relação aos doces.

Janzi destaca que o tipo de açúcar e a frequência de consumo são determinantes importantes para os efeitos do açúcar na saúde cardiovascular. Portanto, é essencial estar atento às fontes de açúcar que consumimos no dia a dia e considerar o impacto delas para o nosso bem-estar.

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Saúde

Surto de doença desconhecida no Congo deixa 143 mortos

Autoridades relatam sintomas gripais e intensificam investigações para identificar a causa

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Surto de doença no Congo

Um surto de uma doença ainda não identificada resultou na morte de 143 pessoas na província de Kwango, localizada no sudoeste do Congo. De acordo com autoridades locais, os infectados apresentavam sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo febre alta e dores de cabeça intensas.

A falta de acesso a tratamento adequado tem agravado a situação, já que muitas vítimas faleceram em suas residências, informou o vice-governador da província, Remy Saki, e o ministro da saúde local, Apollinaire Yumba. Segundo um epidemiologista que acompanha o caso, mulheres e crianças estão entre os grupos mais afetados.

Para tentar conter o avanço da doença, uma equipe médica foi enviada à zona de saúde de Panzi para coletar amostras e realizar análises laboratoriais. No entanto, o líder comunitário Cephorien Manzanza destacou a gravidade do problema, alertando que o aumento de casos está relacionado à carência de medicamentos na região rural.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada na semana passada e declarou estar trabalhando ao lado do Ministério da Saúde do Congo para aprofundar as investigações e buscar soluções para a crise de saúde pública.

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