Os quatro torcedores que foram presos em janeiro por pendurar um boneco representando Vinícius Júnior enforcado em uma ponte de Madri estão proibidos de se aproximar a menos de um quilômetro de qualquer estádio de futebol vinculado à LaLiga, a empresa que organiza o Campeonato Espanhol. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25) pela Justiça da Espanha, após os suspeitos participarem de uma audiência com o juiz na terça-feira (23) e serem colocados em liberdade condicional.
O incidente ocorreu em 26 de janeiro, quando um boneco com uma camisa de Vinícius Júnior foi encontrado pendurado em uma ponte, simulando um enforcamento, horas antes da partida em que o Real Madrid venceu o Atlético de Madrid por 3 a 1, pela Copa do Rei. Junto ao boneco, havia uma faixa com a frase “Madri odeia o Real”, expressão frequentemente utilizada pelos rivais do clube merengue.
As prisões dos suspeitos ocorreram dois dias após Vinícius Júnior ser alvo de ofensas racistas pela torcida do Valencia durante uma partida do Campeonato Espanhol. O episódio despertou a atenção mundial e levou as autoridades, a LaLiga e a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) a tomarem medidas para punir os responsáveis pelos insultos racistas. Três pessoas também foram presas em Valencia.
Os torcedores que insultaram Vinícius Júnior foram detidos sob a acusação de “crime de ódio”. Os suspeitos de Madri têm idades entre 19 e 24 anos, sendo três deles membros de uma organização radical ligada ao Atlético de Madrid.
Segundo a imprensa espanhola, as autoridades utilizaram câmeras de segurança para identificar os envolvidos, porém, até esta semana, nenhuma medida havia sido tomada. Durante a audiência, os suspeitos permaneceram em silêncio. O tribunal de Madri anunciou que as investigações continuarão em andamento.