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O Panorama com Leandro Hungria: Toys e Omik, a parceria que movimenta a arte urbana brasiliense

Dupla tem seus grafites reconhecidos mundialmente

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Foto: Jorge/Dimitri - O Panorama

Seja no Plano Piloto ou em Taguatinga, é impossível andar nas ruas de Brasília e não encontrar os grafites de Toys e Omik. Os dois artistas são referências quando o assunto é arte urbana, e por esse motivo o jornal O Panorama, em mais uma parceira com Leandro Hungria, traz uma entrevista exclusiva com os grafiteiros.

Mikael Guedes (Omik), nascido na Ceilândia, e Daniel Morais (Toys), nascido no Guará, possuem passagem pela Europa, onde grafitaram um painel de 68 metros em Paris. Além da tour, os dois grafiteiros falam sobre a parceira da dupla, influências, novos trabalhos e a trajetória na arte urbana brasiliense.

Foto: Jorge/Dimitri – O Panorama

“Eu sempre observei muito as ruas, e a parte estética do grafite roubou a minha atenção”, conta Omik.

Omik ainda conta que sempre viu muita personalidade em forma de grafite na capital, e que a expressividade desses trabalhos o levaram a ter o primeiro contato com o spray. O grafiteiro ainda relembra que o primeiro contato que ele teve com a arte foi quando viu Snoopy – outro artista ceilandense – pintando.

Apesar de saber que hoje o seu trabalho é reconhecido, Omik conta que no começo de sua carreira precisou encontrar formas para ser reconhecido pela sua arte, de forma que todas as pessoas pudessem se identificar.

Foto: Jorge/Dimitri – O Panorama

“O grafite é a arte mais democrática do mundo. Ela está presente nas ruas, onde pessoas de diferentes classes tem acesso”, consta Omik.

No começo de sua carreira, Toys conta que chegou a ser alvo de preconceito, até mesmo de outros artistas da cena, quando perceberam que ele estava “vendendo” sua arte e vivendo da profissão de grafiteiro.

Foto: Jorge/Dimitri – O Panorama

“No começo até alguns amigos nos chamaram de vendidos, porque viram que estávamos dando certo, pegando trabalhos e viajando”, diz Toys.

Tirando as dificuldades do início da carreira, a dupla hoje enxerga e agradece o reconhecimento na cena cultural de Brasília, e se orgulham por conseguir visibilidade pelo seus próprios esforços. Os grafiteiros também falam da importância de investimento na arte, e que em momento algum recebeu esse incentivo do Governo.

“Não há investimento nem na educação artística das escolas, quem dirá investimentos nas galerias, no teatro”, pontua Toys.

Hoje, Omik e Toys dizem que o maior objetivo de suas carreiras é expandir seus trabalhos, conseguindo tocar todas as pessoas, deixando suas artes registradas no mundo todo. Eles entendem que suas artes vão além da estética, e que elas podem gerar sentimentos positivos nas pessoas. Omik também diz que não se arrepende das suas escolhas que fez ao longo da sua trajetória:

“Tudo o que eu sou hoje é resultado das minhas escolhas; tanto das coisas que abri mão, quanto das coisas que agarrei com todas as minhas forças”.

Foto: Jorge/Dimitri – O Panorama

Assista a entrevista completa no nosso canal no YouTube. Continue atualizado sobre arte, política, entretenimento e outros assuntos no nosso perfil do Instagram (@OPanoramaOficial).

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