Após menosprezar a doença durante meses, presidente dos EUA inicia período de quarentena na Casa Branca. Ele e a primeira-dama testaram positivo após assessora ser diagnosticada com o coronavírus
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na madrugada desta sexta-feira (02/10) que ele a primeira-dama, Melania, contraíram o novo coronavírus e que o casal vai iniciar um período de quarentena.
“Esta noite, eu e a primeira-dama testamos positivo para covid-19. Iniciaremos imediatamente nossa quarentena e o processo de recuperação. Vamos superar isso juntos”, declarou Trump, por meio da sua conta no Twitter.
O presidente de 74 anos está no grupo de alto risco em razão de sua idade e por estar acima do peso. Durante sua presidência, ele apresentou boas condições de saúde, mas é conhecido por não se exercitar regularmente e por não manter uma dieta saudável.
O médico do presidente, Sean Conley, confirmou que Trump e sua esposa estão infectados com o coronavírus Sars-Cov-2 e disse que eles estão em boas condições de saúde. “Eles planejam permanecer na Casa Branca durante a convalescência”, afirmou.
“A equipe médica da Casa Branca e eu vamos manter a vigilância. Agradeço o apoio prestado por alguns dos maiores profissionais e instituições médicas do nosso país. Fiquem descansados, espero que o presidente continue a desempenhar as suas funções sem interrupções durante a recuperação, e lhes manterei informados sobre quaisquer desenvolvimentos futuros”, salientou.
Trump anunciou que havia sido testado para covid-19 depois que Hope Hicks, uma de suas colaboradoras próximas, ter sido diagnosticada com a doença. “Ela deu positivo”, disse o presidente à emissora Fox News.
Hicks estava a bordo do avião presidencial Air Force One no voo para Cleveland, nesta terça-feira, junto com Trump, a caminho do debate entre o presidente, que tenta a reeleição, e o candidato democrata à presidência, Joe Biden. A assessora também viajou com Trump na quarta-feira para o estado de Minnesota, onde participou de uma reunião de campanha.
Desde o inicio da pandemia de covid-19, Trump vinha menosprezando a doença. Ele, inclusive, chegou a afirmar várias vezes que o vírus iria desaparecer. O presidente ignorou em diversas ocasiões os alertas das autoridades de saúde e vinha realizando eventos de campanha.
Após aparecer atrás de Biden nas pesquisas, Trump adotou uma agenda agressiva de comícios em todo o país. Os eventos, que contrariaram regras de distanciamento social e de saúde em vários estados, reuniram milhares de pessoas, muitas das quais não usavam máscaras de proteção.
Após a confirmação do diagnóstico, a Casa Branca cancelou um evento de campanha marcado para esta sexta-feira na Flórida, um estado considerado fundamental para as pretensões de ambos os candidatos. Também é incerta a realização de outro evento em Wisconsin, outro estado bastante disputado entre republicanos e democratas.
A campanha do presidente havia planejado para a próxima semana várias viagens de longa distância, inclusive para os estados do oeste do país. Também é incerta a realização do segundo debate entre Trump e Biden, marcado para o dia 15 de outubro.
Trump raramente aparecia em público usando máscaras de proteção e chegou a ridicularizar algumas pessoas que as utilizam regularmente, como o próprio Biden. “Eu não uso máscaras como ele. Cada vez que o vemos ele está de máscara. Ele poderia estar falando a uns 60 metros de distância e, mesmo assim, aparece com a maior máscara que eu já vi”, disse Trump no debate. Ao ser questionado sobre a frequência com que utiliza a proteção facial, ele disse que o faz “quando é necessário”.
Até o momento, os EUA registram 7,2 milhões de casos de covid-19 e mais de 207 mill mortes associadas à doença. O presidente americano é mais um líder mundial a contrair o vírus, depois do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que chegou a ser internado em uma UTI em abril após um agravamento dos sintomas, e de Jair Bolsonaro.
O presidente brasileiro anunciou em julho que estava contaminado e passou por um período de quarentena. Mais tarde, sua esposa, Michelle, e dois de seus filhos também foram infectados pelo coronavírus.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou à Mongólia nesta segunda-feira (2/9) para uma visita oficial, desafiando o mandado de prisão emitido pelo Tribunal de Haia em março de 2023. Esta é a primeira vez que Putin viaja para um país que, teoricamente, deveria cumprir a ordem da Corte Internacional.
Apesar do mandado de prisão em vigor, a Mongólia acolheu Putin com honras de chefe de Estado. Durante sua estadia de dois dias, o presidente russo participará de reuniões bilaterais e assinará documentos com o governo mongol.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu publicamente que as autoridades mongóis cumpram o mandado de prisão e entreguem Putin ao Tribunal Penal Internacional. A União Europeia também expressou seu desejo de ver a decisão respeitada.
No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, minimizou as preocupações, afirmando que o governo russo não está preocupado com a execução do mandado e que mantém um “diálogo maravilhoso” com a Mongólia.
Putin já havia demonstrado cautela em participar de eventos internacionais, como a cúpula dos Brics em agosto de 2023 na África do Sul. O Kremlin ainda não descartou a possibilidade de sua presença na próxima cúpula do G20, marcada para novembro no Brasil.
O enigma que envolvia o corpo congelado encontrado em uma caverna na Pensilvânia em 1977 foi finalmente solucionado, após quase cinco décadas. O Gabinete do Médico Legista do Condado de Berks identificou os restos mortais como pertencentes a Nicholas Paul Grubb, um jovem de 27 anos de Fort Washington, Pensilvânia.
Curiosamente, a tecnologia moderna não foi responsável por resolver o caso do “Pinnacle Man”, nome inspirado no pico das Montanhas Apalaches próximo ao local onde Grubb foi encontrado. De acordo com o médico legista do condado, John Fielding, o avanço na identificação foi resultado do trabalho de um detetive da Polícia Estadual da Pensilvânia, que fez uma descoberta crucial ao revisar arquivos antigos.
Em 16 de janeiro de 1977, caminhantes encontraram o corpo congelado de um homem em uma caverna situada abaixo do Pinnacle, em Albany Township. Durante a autópsia, não foi possível identificar o homem por sua aparência, vestuário ou pertences, conforme relatado por George Holmes, vice-legista chefe do Condado de Berks.
Holmes também revelou que a causa da morte foi uma overdose de drogas, e não havia indícios de trauma no corpo de Grubb que sugerissem crime. Embora registros dentários e impressões digitais tenham sido coletados durante a autópsia, as impressões digitais foram perdidas com o tempo.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou a 1ª Turma da Corte para um julgamento virtual que decidirá sobre a suspensão da rede social X (anteriormente Twitter) no Brasil. A sessão começará à meia-noite desta segunda-feira (2) e terá duração de 24 horas, com a participação dos ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Carmen Lúcia, além de Moraes.
A suspensão da plataforma foi implementada pelas operadoras de internet no país na madrugada de sábado (31), após Moraes determinar o bloqueio da rede social. A decisão foi tomada devido à falta de resposta do proprietário da plataforma, Elon Musk, ao prazo de 24 horas estipulado pelo ministro para que fosse indicado um representante legal do X no Brasil.
O contexto da decisão remonta ao fechamento do escritório da empresa no Brasil, anunciado por Musk em 17 de agosto, em meio a acusações de ameaças por parte de Moraes. A suspensão também está relacionada ao não cumprimento de ordens anteriores do STF, incluindo a determinação para bloquear perfis de investigados em um inquérito da Polícia Federal sobre obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.
Este julgamento ocorre em um ambiente de crescente tensão entre as ordens judiciais brasileiras e as práticas de moderação de conteúdo do X, com implicações significativas para o funcionamento da rede social no país.