Saúde

Vape pode causar mais danos respiratórios do que cigarro comum, diz estudo

Pesquisa apontou que jovens que fumaram cigarros eletrônicos tinham ainda mais riscos de ter bronquite, falta de ar e chiado no peito

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Foto: Reprodução

Um estudo realizado por cientistas americanos revelou que o uso de cigarros eletrônicos, ou vapes, pode trazer mais riscos à saúde respiratória dos jovens do que o consumo de tabaco ou maconha tradicionais. Os pesquisadores acompanharam os hábitos de fumo de cerca de 2 mil adolescentes com média de 17 anos por quatro anos e constataram que os usuários de vape tinham mais chances de apresentar falta de ar, chiado no peito e bronquite.

O estudo, publicado na revista Thorax na terça-feira (15/8), mostrou que os jovens que usaram o vape nos últimos 30 dias tinham 78% mais probabilidade de ter falta de ar, 81% mais probabilidade de ter chiado no peito e o dobro de probabilidade de desenvolver uma bronquite do que aqueles que nunca fumaram na vida. Esses problemas respiratórios eram menos frequentes entre os que fumaram apenas cigarros comuns ou maconha no mesmo período.

Os autores do estudo, da Universidade de Ohio e da Escola de Medicina do Sul da Califórnia, alertam para a necessidade de regulamentar o uso de cigarros eletrônicos entre os jovens, já que cerca de 15% dos alunos de ensino médio nos Estados Unidos são usuários desse produto. Eles também ressaltam que os dados da pesquisa foram baseados em relatos dos próprios voluntários, o que pode afetar a precisão dos resultados.

O vape é um dispositivo que aquece um líquido contendo nicotina, aromatizantes e outras substâncias, gerando um vapor que é inalado pelo usuário. Alguns modelos também permitem o uso de maconha. O produto é comercializado como uma alternativa menos prejudicial ao cigarro tradicional, mas ainda há poucas evidências científicas sobre seus efeitos a longo prazo.

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