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Brasil

Polícia Civil identifica 143 vítimas de temporal em Petrópolis

Coleta de DNA de pessoas desaparecidas começa hoje

Fernando Frazão/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou 143 vítimas vítimas do temporal que caiu na terça-feira (15) em Petrópolis, na Região Serrana do estado. Os dados foram divulgados pouco por volta das 7h40 de hoje (21). As pessoas identificadas estão entre os 171 corpos que chegaram ao Instituto Médico Legal (IML). São 103 mulheres, 68 homens, e entre eles, 29 menores de idade. Há ainda cinco despojos e 126 desaparecidos. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil, 134 vítimas tiveram os corpos liberados e encaminhados para a funerária, outras aguardam a chegada das famílias.

O apoio às pessoas de áreas atingidas continua sendo feito nos pontos. Os moradores que tiveram que deixar as suas casas são atendidos em 12 escolas que funcionam como ponto de apoio. “No momento, 847 pessoas recebem atendimento da Assistência Social, com o suporte para suprir as necessidades essenciais da população”, informou a Defesa Civil de Petrópolis.

DNA

A Força-Tarefa da Polícia Civil que atua em Petrópolis fez uma parceria com o Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Comarca de Petrópolis e a sociedade civil para iniciar nesta segunda-feira o mutirão de coleta de DNA de familiares de desaparecidos e atingidos pela chuva.

A partir de hoje, serão chamadas por dia 20 famílias que já registraram ocorrência de desaparecimento na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), nas diversas áreas da cidade. A coleta de DNA será feita no Clube Petropolitano, na Avenida Roberto Silveira, n° 82, no Centro, das 9h às 12h e das 13h às 17h. A Polícia Civil destacou que o atendimento é restrito às pessoas convocadas para o dia agendado e que o local é estratégico para dar mais conforto às famílias das vítimas.

O agendamento, que pode ser feito por qualquer morador, já está sendo realizado na unidade da DDPA instalada na Sala Lilás, no Posto Regional de Polícia Técnico-Científica (PRPTC) de Petrópolis, e também no núcleo da DDPA instalada dentro do Clube Petropolitano. “Após a confecção do registro, a DDPA entrará em contato com a família cadastrada”, afirmou.

Atendimento

Uma equipe do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos do Ministério Público do Rio de Janeiro (PLID/MPRJ) presta atendimento em um ônibus instalado no posto da PRPTC.

“Nossa intenção é prestar o máximo de informações possíveis aos familiares de pessoas que ainda estão desaparecidas. Vamos informar também o protocolo adotado pelo IML para reconhecimento desses corpos”, disse a coordenadora, procuradora de Justiça, Patrícia Carvão.

A Polícia Civil disponibiliza um ônibus com ponto de partida em um mercado localizado na rua Teresa, no centro da cidade, saindo às 8h30 e às 12h30. “Cada família que coletar DNA receberá uma cesta básica, por meio de uma parceria com a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer”, completou, acrescentando que o serviço é para facilitar a locomoção até o Clube Petropolitano.

As famílias que ainda não registraram ocorrência devem procurar a DDPA, na Sala Lilás do PRPTC, ou no Clube Petropolitano.

O MPRJ informou que, conforme a coordenação do IML local, serão adotados métodos de reconhecimento técnico utilizados pela Interpol, baseados na avaliação médico-legal do corpo e coleta de informações das vítimas, como cor dos olhos, altura, cor da pele e presença de tatuagens. O corpo passa ainda por uma análise de digitais, considerada pelo protocolo a fase mais importante, com grande porcentagem de sucesso na identificação.

Genética forense

A última etapa é a avaliação odontológica e a genética forense do corpo, que permitem constatar semelhanças de DNA com o familiar, caso as outras etapas não tenham obtido êxito. “Todas essas informações são baseadas em um banco nacional de pessoas não identificadas, alimentado pela Polícia Civil”, concluiu o Ministério Público.

Desde a quarta-feira passada (16) , o PLID/MPRJ está mobilizado em sua central de atendimento para receber informações sobre pessoas desaparecidas. “Até a tarde de sábado (19), o programa havia recebido 1.050 e-mails com dados sobre desaparecidos na tragédia, além de solicitações de informações sobre a localização de pessoas. Neste mesmo período, manteve canal aberto de comunicação com a sociedade, através do telefone (21) 2262-1049”, informou em nota.

Por: Agência Brasil

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Motorista que devolveu R$ 131 milhões por engano busca direito à recompensa judicial

Antonio Pereira alega danos emocionais e cobra 10% do valor indevido; audiência será realizada em fevereiro

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Antonio Pereira do Nascimento, motorista de Goiás, entrou com uma ação judicial contra o banco Bradesco após receber, por engano, R$ 131 milhões em sua conta. Quando percebeu o erro, o motorista devolveu o valor, mas agora busca uma recompensa de 10% do montante, ou seja, R$ 13 milhões, alegando danos emocionais e financeiros causados pela situação. A audiência está marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025.

O advogado Thiago Perez, que não representa o motorista na ação cível, explicou ao g1 que a questão envolve a interpretação do artigo 1.234 do Código Civil, que garante direito à recompensa a quem devolve algo perdido, levando em consideração o esforço para encontrar o dono. Perez explicou que, embora a devolução seja um dever, o contexto, especialmente em situações digitais, pode influenciar a decisão judicial.

A defesa de Pereira alega que o motorista não apenas devolveu os R$ 131 milhões de forma voluntária e honesta, mas também foi tratado de maneira ríspida pela instituição financeira, sendo pressionado a comparecer à agência para regularizar a transação. Além disso, o advogado destacou que o caso gerou “abalos emocionais e constrangimentos” para Pereira, exacerbados pela exposição midiática.

O banco também enfrentou críticas por cobrar taxas indevidas após o erro. Pereira relatou que a tarifa mensal de sua conta foi aumentada sem justificativa após a devolução do dinheiro, passando de R$ 36 para R$ 70. Perez afirmou que o banco deve restituir essa cobrança indevida em dobro.

A decisão final sobre o direito à recompensa será tomada pelo Judiciário, que avaliará o contexto da devolução e as circunstâncias do caso. A audiência de fevereiro promete definir um importante precedente para o reconhecimento da boa-fé nas situações envolvendo erros financeiros digitais.

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Bebê é encontrado morto em saco de lixo em frente a UPA em Aparecida de Goiânia

Corpo do bebê estava em avançado estado de decomposição e placenta foi encontrada junto ao cadáver; Polícia investiga o caso

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Bebê foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de um saco de lixo, em frente à UPA Brasicon, em Aparecida de Goiânia, no último domingo / Foto: Divulgação

Um bebê foi encontrado morto dentro de um saco de lixo em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, em Aparecida de Goiânia (GO), no domingo (2/2). Moradores que passavam pelo local notaram a sacola plástica e imediatamente acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para confirmar o óbito. Ao chegar no local, a Polícia Científica de Goiás informou que o corpo do bebê já estava em estado avançado de decomposição e que a placenta também foi encontrada junto ao cadáver.

A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios, está conduzindo as investigações para identificar a pessoa responsável por deixar o bebê no local e esclarecer as circunstâncias da morte. O caso segue em apuração.

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Garimpo subterrâneo ilegal na Amazônia é desativado após causar R$ 1 bilhão em destruição

Operação da PF descobre exploração clandestina com trabalho escravo e contaminação ambiental

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Um garimpo ilegal subterrâneo, localizado em Maués, no Amazonas, foi desativado pela Polícia Federal entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro. A operação Mineração Obscura 2 revelou que, além de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, a atividade clandestina provocou danos ambientais estimados em R$ 1 bilhão, incluindo desmatamento e contaminação de lençóis freáticos.

A ação foi conduzida por uma força-tarefa que reuniu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Esta foi a primeira vez que a PF desativou um garimpo subterrâneo no país. Diferente das explorações a céu aberto, mais comuns na região amazônica, esse modelo utilizava minas subterrâneas, tornando a fiscalização ainda mais desafiadora e ampliando os riscos ambientais e trabalhistas.

As investigações tiveram início após denúncias sobre exploração de mão de obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro. A operação foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado atividades criminosas semelhantes na região.

Durante a ação, os agentes confirmaram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a condições mínimas de segurança e direitos básicos. O caso segue sob investigação.

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