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China avisa EUA que retaliará contra ações sobre Hong Kong e seus interesses

Foto: Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, em entrevista coletiva em Pequim, REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

PEQUIM (Reuters) – A China disse nesta segunda-feira que as tentativas dos Estados Unidos de prejudicar seus interesses serão enfrentadas com contrapartidas firmes, criticando uma decisão norte-americana de começar a encerrar o tratamento especial dispensado a Hong Kong e ações contra estudantes e empresas chinesas.

Na semana passada, o Parlamento chinês votou pela imposição de uma lei de segurança nacional para Hong Kong que o presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu na sexta-feira como uma tragédia para o povo da cidade e que violou a promessa chinesa de proteger a autonomia da ilha.

Trump ordenou que seu governo inicie o processo de eliminação do tratamento especial dado a Hong Kong para punir a China, o que envolverá desde o tramite para extradições até controles sobre as exportações.

Mas ele não chegou a pedir o fim imediato dos privilégios que ajudam a ex-colônia britânica a continuar sendo um centro financeiro global.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que seu país se opõem com firmeza às ações dos EUA.

“As medidas anunciadas interferem gravemente com os assuntos internos da China, danificam as relações EUA-China e prejudicarão os dois lados. A China se opõe com firmeza a isto”, disse Zhao aos repórteres durante uma entrevista.

“Quaisquer palavras ou ações dos EUA que prejudiquem os interesses da China se depararão com um contra-ataque firme da China.”

Mas o mercado acionário de Hong Kong subiu mais de 3% nesta segunda-feira, já que os investidores se tranquilizaram ao ver que Trump não acabou com os privilégios especiais dos EUA de imediato.

“Os formuladores de política chineses provavelmente gostariam de ver precisamente o que os EUA implantam antes de reagirem com novos ajustes de políticas ou sua própria retaliação”, escreveu a Goldman Sachs em um boletim no domingo.

Ao fazer o anúncio de sexta-feira, Trump empregou uma retórica dura como poucas vezes antes contra a China, dizendo que o país asiático descumpriu sua palavra a respeito da autonomia de Hong Kong ao decidir a imposição de uma nova lei de segurança nacional e que o território não justifica mais os privilégios econômicos dos EUA.

Trump disse que a “conduta ilegal” da China é responsável por um sofrimento maciço e por danos econômicos em todo o mundo e que sua nação também imporá sanções a indivíduos considerados responsáveis por “sufocar – sufocar totalmente – a liberdade de Hong Kong”.

Por Gabriel Crossley – Reuters

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Presidente da Coreia do Sul anuncia revogação da lei marcial após pressão

Yoon Suk Yeol revoga decreto de lei marcial após oposição unânime no Parlamento e intensas manifestações populares

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Foto - Reprodução

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou nesta terça-feira (3/12) que suspenderá a lei marcial imposta por ele horas antes, após enfrentar pressão significativa do Parlamento e de manifestantes. A decisão veio acompanhada de um comunicado oficial à mídia estatal, no qual o líder sul-coreano destacou a urgência em reverter a medida.

“Convoquei imediatamente uma reunião de gabinete [após o veto do Parlamento], mas como era de manhã cedo, o quórum para decisão ainda não foi alcançado. Suspenderei a lei marcial o mais rápido possível”, declarou o presidente.

A lei marcial, que substitui as leis civis por normas militares, havia sido decretada com o argumento de que era necessária para “limpar elementos pró-Coreia do Norte” do território sul-coreano. A medida, porém, encontrou resistência no Parlamento, que derrubou o decreto de forma unânime. Dos 300 membros da Assembleia Nacional, 190 congressistas presentes votaram a favor do veto, como previsto pela Constituição do país.

Confrontos e tensão política
Após o anúncio da lei marcial, militares e policiais foram enviados à Assembleia Nacional e confrontaram manifestantes que se opunham à decisão. Além disso, houve tentativas de detenção de líderes políticos, incluindo o opositor Lee Jae-Myung, o presidente da Assembleia, Woon-Won-sik, e até membros do próprio partido do presidente.

Com a decisão do Parlamento, forças militares e policiais recuaram e deixaram a sede do Poder Legislativo.

Impactos políticos e sociais
A imposição da lei marcial causou uma onda de protestos em todo o país, com críticas de diversos setores da sociedade. O anúncio de Yoon Suk Yeol sobre a suspensão da medida é visto como um passo para aliviar a crescente tensão política, embora a iniciativa tenha gerado danos à imagem do governo.

A revogação ainda precisa ser formalizada em reunião de gabinete, mas o presidente sinalizou que o processo ocorrerá rapidamente para evitar mais instabilidade no país.

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Mãe enfrenta ameaças após ir sozinha à Disney e deixar filhos em casa

A norte-americana Madalyn Monaghan se tornou alvo de críticas e até ameaças por priorizar um momento para si mesma

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Foto: Rede Social

Madalyn Monaghan, mãe de dois filhos, decidiu viajar sozinha para a Disney como uma forma de autocuidado e lazer. A visita aos parques temáticos na Flórida, nos Estados Unidos, rendeu à norte-americana uma enxurrada de críticas nas redes sociais e até mesmo ameaças de morte por parte de internautas indignados com sua escolha.

Monaghan, de 30 anos, compartilhou momentos de sua viagem solo em agosto deste ano por meio de vídeos nas redes sociais. A reação, porém, foi marcada por comentários maldosos. “Recebi mensagens obscuras e desagradáveis no Instagram, algumas até ameaçando minha vida”, revelou a mãe ao The New York Post.

Usuários a chamaram de “desequilibrada” e “a pior mãe do mundo” por ter deixado em casa sua filha de 11 anos e seu filho de 6. Apesar da polêmica, Monaghan ressaltou que a “escapada” de quatro dias aconteceu logo após uma excursão de duas semanas pela Europa em família, onde seus filhos tiveram a oportunidade de visitar a Disneyland Paris.

“Eles vão bastante à Disney”, brincou a mãe, tentando aliviar a situação. Monaghan também destacou a importância de se priorizar em alguns momentos. “Como mãe, você quase sempre coloca todo mundo à frente de você. É bom, de vez em quando, pensar: ‘Quer saber? Dessa vez, vou me colocar em primeiro lugar’”, explicou.

Apesar das críticas, Madalyn Monaghan continua defendendo sua escolha, reiterando que momentos de autocuidado não deveriam ser alvo de julgamento.

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Coreia do Sul adota lei marcial após acusações de ameaças pró-Norte-Coreanas

Presidente Yoon Suk-yeol justifica medida como forma de erradicar “elementos pró-Coreia do Norte”, enquanto oposição acusa governo de tentar controlar Parlamento

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Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol

Na terça-feira (3), o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, surpreendeu a nação ao decretar a imposição de lei marcial, alegando que a medida é necessária para “limpar” o país de aliados da Coreia do Norte. Segundo o presidente, a ação visa erradicar “elementos pró-Coreia do Norte” e proteger a República da Coreia da ameaça de forças comunistas.

A decisão, que marca a primeira vez desde a década de 1980 que um governo sul-coreano adota lei marcial, restringe diversos direitos civis e substitui a legislação normal por normas militares. Entre as ações tomadas estão o controle da imprensa, a proibição de manifestações políticas e o fechamento do Parlamento.

Em seu pronunciamento surpresa transmitido ao vivo pela TV, Yoon destacou que a medida foi tomada em resposta à crescente ameaça de forças anti-estaduais, mas não forneceu detalhes específicos sobre os riscos apresentados pela Coreia do Norte. Durante o discurso, o presidente criticou movimentos recentes da oposição, como a moção de impeachment contra promotores e a rejeição a propostas do governo, acusando a oposição de colaborar com o regime norte-coreano para enfraquecer seu governo.

A oposição, por sua vez, reagiu prontamente, acusando Yoon de usar o conflito com a Coreia do Norte como pretexto para ampliar seus poderes e enfraquecer a democracia no país. Manifestantes se dirigiram ao Parlamento, em Seul, para protestar contra a medida, e relatos indicam que forças militares e policiais já começaram a tomar o controle da área.

Enquanto isso, sites de notícias locais enfrentaram instabilidade em seus portais, com relatos de confrontos entre militares e a população após a imposição da lei. O clima no país continua tenso, com a população dividida sobre a legitimidade e os objetivos da medida.

Assista ao vídeo a seguir mostrando o confronto entre manifestantes e militares após a declaração da lei marcial:

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