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Saúde

Mudança no esquema vacinal: vacina injetável substitui a oral contra poliomielite

O Ministério da Saúde confirmou que ele permanecerá ativo na promoção da imunização contra outras doenças preveníveis por vacinas, como o sarampo

Foto: Divulgação

A partir de hoje, 4 de novembro, o Ministério da Saúde do Brasil anuncia a substituição das doses de reforço com a vacina oral contra poliomielite (VOP), popularmente conhecida como “gotinha”, por uma única dose da vacina inativada poliomielite (VIP), que é aplicada por injeção. Essa alteração no calendário vacinal foi divulgada em setembro e se torna definitiva.

De acordo com o Ministério, essa decisão foi tomada com base em critérios epidemiológicos, além de evidências científicas e recomendações internacionais, visando aprimorar a segurança do esquema vacinal. Anteriormente, o esquema incluía três doses da VIP, administradas aos 2, 4 e 6 meses, seguidas por duas doses de reforço com a VOP, aos 15 meses e aos 4 anos.

Com a nova abordagem, as crianças continuarão a receber a vacina inativada, agora com a seguinte programação:

  • 2 meses – 1ª dose
  • 4 meses – 2ª dose
  • 6 meses – 3ª dose
  • 15 meses – dose de reforço

Benefícios da Mudança

A vacina oral utiliza o vírus enfraquecido e é administrada por via oral, enquanto a VIP contém o vírus inativado e é aplicada via intramuscular. Segundo Alfredo Gilio, Coordenador da Clínica de Imunização do Hospital Israelita Albert Einstein, a mudança traz vantagens significativas, especialmente para crianças com sistemas imunológicos comprometidos, pois elimina os riscos associados à administração de vacinas de vírus vivo.

Gilio também aponta que o uso da vacina oral pode representar riscos em contextos com baixa taxa de saneamento, uma vez que o vírus vivo pode ser excretado nas fezes, potencialmente se espalhando pela comunidade e criando variantes patogênicas do poliovírus.

O Futuro do Zé Gotinha

Um dos símbolos da luta contra a poliomielite no Brasil, o personagem Zé Gotinha, criado na década de 1980, continuará a ser uma figura importante, mesmo com a descontinuação da vacina oral. O Ministério da Saúde confirmou que ele permanecerá ativo na promoção da imunização contra outras doenças preveníveis por vacinas, como o sarampo.

Saúde

Roubos de medicamentos para emagrecimento geram crise nas farmácias e aumentam a insegurança

Quadrilhas armadas miram produtos caros, como Ozempic, forçando farmácias a reduzir estoques e reforçar segurança

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Roubos de medicamentos para emagrecer fazem farmácias reforçar segurança e diminuir estoques

O aumento de roubos de medicamentos de alto custo, principalmente usados para emagrecimento, tem levado farmácias a reforçar a segurança e diminuir os estoques desses produtos. Muitos desses remédios acabam sendo vendidos no mercado ilegal.

Além do uso de câmeras de vigilância e segurança na porta, já adotados, os medicamentos caros são agora guardados em salas fechadas e só saem do local após o pagamento. “Deixamos os medicamentos separados para, ao passar no caixa, o cliente levar um formulário e a operadora retirá-los diretamente no balcão”, explica Ariana Freira, subgerente de farmácia.

Embora essa medida dificulte o roubo, ela não impede ações mais ousadas, como os assaltos armados cometidos por quadrilhas. Na madrugada de segunda-feira (20), três pessoas, incluindo dois adolescentes, foram presas em flagrante ao tentarem roubar medicamentos caros de uma farmácia no Carrão, na Zona Leste.

Segundo Renata Gonçalves, presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, os roubos de medicamentos são frequentes na região, com quadrilhas rendendo os funcionários e levando remédios como o Ozempic, um produto de alto custo. “Eles chegam, rendem todo mundo, agem de forma agressiva, levam os medicamentos e desaparecem”, afirmou Renata.

Em outro assalto registrado, um grupo de nove homens saqueou uma farmácia, focando principalmente nos remédios para emagrecimento. O dono da farmácia descobriu o objetivo do roubo ao ouvir as gravações das câmeras de segurança. “Eles estavam procurando Ozempic e outros produtos de alto valor”, contou.

Após o incidente, a farmácia ficou com prateleiras vazias, e o atendente informou que, mesmo após um mês, ainda não conseguiu repor os medicamentos. “Estamos tentando nos reorganizar aos poucos”, disse ele. O proprietário decidiu, inclusive, parar de vender esses produtos de alto valor devido aos frequentes roubos.

Em um caso recente, um assaltante morreu durante uma tentativa de roubo. As câmeras de segurança mostraram os criminosos entrando na farmácia armados, mas um policial presente reagiu, e dois dos bandidos conseguiram escapar.

A Secretaria da Segurança Pública informou que está combatendo os roubos de medicamentos e já prendeu 15 pessoas envolvidas nesse tipo de crime, com ações que visam a repressão ao roubo, à receptação e à comercialização ilegal desses remédios.

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Saúde

Grávida com morte cerebral é mantida viva para garantir nascimento do bebê em MT

Jovem de 21 anos sofreu aneurisma e teve morte cerebral declarada; aparelhos serão mantidos ligados até que o bebê complete sete meses de gestação

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Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, foi diagnosticada com morte cerebral no dia 1º de janeiro e segue mantida viva por aparelhos na Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, para que seu bebê, com seis meses de gestação, tenha chances de sobreviver. A decisão médica é prolongar o suporte vital até que o feto alcance o sétimo mês e possa ser retirado por meio de uma cesariana.

O marido de Joyce, João Matheus Silva, de 23 anos, relatou que a jovem foi internada no dia 20 de dezembro de 2024, após uma forte dor de cabeça. Até então, Joyce não apresentava histórico de problemas de saúde, mas as dores começaram a surgir com a gravidez. Inicialmente tratada em Jaciara, a 148 km da capital, seu quadro piorou, levando à transferência para Rondonópolis, onde passou por uma cirurgia para aliviar a pressão no cérebro. Apesar das tentativas da equipe médica, Joyce não resistiu, e a morte cerebral foi confirmada.

Segundo o hospital, o bebê está sendo monitorado pela equipe de obstetrícia e ainda não há uma data definida para o parto.

Uma família desfeita pela tragédia

Joyce e João, que estavam juntos há seis anos, mudaram-se de Tocantins para Mato Grosso em busca de melhores condições de vida, acompanhados das duas filhas, de 3 e 7 anos. João trabalha como ajudante em uma ferrovia, enquanto Joyce, antes da gravidez, atuava como vendedora.

A família agora enfrenta o desafio de arrecadar recursos para o traslado do corpo de Joyce para Tocantins após o nascimento do bebê. João expressou sua dor ao lidar com as perguntas das filhas sobre a mãe e o impacto da tragédia.

“Eu ainda não consigo acreditar no que aconteceu. O mais difícil é saber que as crianças crescerão sem a mãe”, lamentou João.

Apesar do luto e da incerteza, a prioridade da família e da equipe médica é garantir a saúde e a sobrevivência do bebê.

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Saúde

Pernambuco registra os primeiros casos de Metapneumovírus Humano (hMPV) em 2025

Primeiros casos de hMPV em 2025 são registrados em crianças no Recife e Jaboatão, mas situação não apresenta risco de epidemia

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A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou, neste fim de semana, os primeiros casos de Metapneumovírus Humano (hMPV) em 2025. As vítimas, duas crianças de 1 ano e 7 meses e 3 anos e 11 meses, residentes do Recife e Jaboatão dos Guararapes, apresentaram sintomas como febre, tosse, dificuldade respiratória e diarreia. No entanto, ambas já foram liberadas após tratamento hospitalar.

O hMPV é um vírus respiratório, frequentemente associado ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Em geral, causa sintomas leves semelhantes aos de um resfriado comum, como tosse e febre. No entanto, em indivíduos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido, pode evoluir para formas graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Embora o hMPV seja conhecido há décadas, o aumento recente de casos em algumas regiões não tem gerado grandes preocupações na comunidade científica, segundo o secretário executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Renan Freitas. A circulação do vírus em Pernambuco não é novidade, e já foram registrados picos em anos anteriores, como em 2016, com 15 casos, e em 2022, com 27.

Apesar de não existir uma vacina específica contra o hMPV, a Secretaria de Saúde reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada, especialmente as vacinas contra a gripe e a Covid-19, para evitar complicações respiratórias graves.

A OMS recomenda práticas preventivas como o uso de máscaras, lavagem frequente das mãos, e a manutenção de ambientes bem ventilados para reduzir a propagação do vírus. Além disso, pacientes com sintomas graves devem buscar atendimento médico imediatamente.

As autoridades de saúde continuam monitorando a situação de perto, mantendo comunicação constante com organismos internacionais, como a OMS, e com outros países onde o vírus também está circulando.

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