O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (24), em Brasília, a Campanha de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré.
As estrelas da ação neste ano são os agentes de saúde, indispensáveis para informar e orientar a população a combater corretamente os criadouros do mosquito. Sob o temaCombater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo. faça a sua parte a campanha será veiculada em rádios e Tvs, outdoors e redes sociais, de hoje até o dia 31 de dezembro.
O objetivo é conscientizar sobre os perigos do inseto, e motivar os brasileiros para o combate aos criadouros. Dividida em duas fases a ação vai alertar sobre a importância do cuidado aos locais que podem acumular água, e também informar os sintomas e as formas corretas de tratar doenças como dengue, zika e chikungunya.
“Trabalhar a dengue neste ano foi um desafio muito grande [por causa da pandemia do novo coronavírus] . É desafio sair de casa para irmos ao campo, é desafio enfrentar dois inimigos ao mesmo tempo. Não podemos relaxar, pois sabemos o quanto esse momento é importante, porque, na ponta, precisamos estimular o nosso povo. Em 2021, temos que intensificar nossas ações”, disse o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Willames Freire.
“O mosquito é um vilão, mas o maior vilão é o cidadão que deixa, por exemplo, a água ficar empoçada. Por isso, a campanha e o trabalho dos agentes in loco são ferramentas fundamentais para conscientizarmos a população sobre a importância do combate ao mosquito”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.
Durante o evento, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, ressaltou que, entre as medidas tomadas pelo Ministério da Saúde para combater a proliferação do mosquito, estão a compra de inseticidas e as atualizações dos manuais de manejo clínico.
Prevenção
Eliminar os recipientes com água parada – ambiente propício para procriação do mosquito Aedes aegypti – é rápido e fácil. A população não pode esquecer de tampar os tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, manter lixeiras bem tampadas e ralos limpos e com aplicação de tela, além de manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água.
Sintomas
Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são bem parecidos. Eles incluem febre, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais. Ao sinal desses sintomas , a orientação do Ministério da Saúde é procurar imediatamente a unidade ou serviço de saúde mais próximo de sua residência .
Números
Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a 14 de novembro de 2020 foram registrados 971.136 casos de dengue, com taxa de incidência de 462,1 casos por 100 mil habitantes no país. Neste período, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso apresentaram as maiores taxas de incidência de casos de dengue no Brasil neste ano.
No período foram confirmados 528 óbitos por dengue. Paraná, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul concentravam 76,8% dos casos (401). Os dados ainda estão em processo de atualização e digitação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), e, segundo a pasta, podem sofrer alterações.
No mesmo período deste ano foram notificados 78.808 casos de chikungunya, com taxa de incidência de 37,5 casos por 100 mil habitantes no país. Os estados da Bahia e do Espírito Santo concentravam 67,4% dos casos (53.154). Foram confirmados 25 óbitos por chikungunya nesse período.
Até 24 de outubro, foram notificados 7.006 casos de Zika, com taxa de incidência 3,3 casos por 100 mil habitantes no país. Bahia e Rio Grande do Norte concentraram, nesse período, 45,8% dos casos de Zika (3.210).
Projeto Vigiarbo
A equipe do ministério também destacou as estratégias integradas para vigilância, prevenção e controle das arboviroses no Brasi. Nesse sentido, o projeto Vigiarbo reúne iniciativas para monitoramento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) e o vírus Haemagogus (febre amarela).
Por meio do projeto é possível antecipar a chegada do vírus da febre amarela e, com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), compartilhar com os países da América do Sul. A comunicação é feita por meio de aplicativo móvel, já disponível nas lojas Google Play e Apple Store, que permitem, por exemplo, que trabalhadores dos parques ecológicos, profissionais de saúde e a população em geral, façam o alerta da circulação do vírus da febre amarela.
Assim, ao ver um macaco morto, o cidadão pode tirar uma foto e enviar pelo próprio aplicativo. O celular captura a área geográfica que o macaco foi encontrado e permite mapear as regiões de abrangência a partir da base de vegetação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Assim, com a avaliação dos corredores ecológicos, é possível prever as próximas áreas de transmissão da febre amarela e intensificar a vacinação contra o vírus. Os macacos são importantes indicadores da presença do vírus. A região sul do país participou do projeto piloto e, agora, a ideia é expandir para todo o Brasil”, explicou o Ministério da Saúde.
Antonio Pereira do Nascimento, motorista de Goiás, entrou com uma ação judicial contra o banco Bradesco após receber, por engano, R$ 131 milhões em sua conta. Quando percebeu o erro, o motorista devolveu o valor, mas agora busca uma recompensa de 10% do montante, ou seja, R$ 13 milhões, alegando danos emocionais e financeiros causados pela situação. A audiência está marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025.
O advogado Thiago Perez, que não representa o motorista na ação cível, explicou ao g1 que a questão envolve a interpretação do artigo 1.234 do Código Civil, que garante direito à recompensa a quem devolve algo perdido, levando em consideração o esforço para encontrar o dono. Perez explicou que, embora a devolução seja um dever, o contexto, especialmente em situações digitais, pode influenciar a decisão judicial.
A defesa de Pereira alega que o motorista não apenas devolveu os R$ 131 milhões de forma voluntária e honesta, mas também foi tratado de maneira ríspida pela instituição financeira, sendo pressionado a comparecer à agência para regularizar a transação. Além disso, o advogado destacou que o caso gerou “abalos emocionais e constrangimentos” para Pereira, exacerbados pela exposição midiática.
O banco também enfrentou críticas por cobrar taxas indevidas após o erro. Pereira relatou que a tarifa mensal de sua conta foi aumentada sem justificativa após a devolução do dinheiro, passando de R$ 36 para R$ 70. Perez afirmou que o banco deve restituir essa cobrança indevida em dobro.
A decisão final sobre o direito à recompensa será tomada pelo Judiciário, que avaliará o contexto da devolução e as circunstâncias do caso. A audiência de fevereiro promete definir um importante precedente para o reconhecimento da boa-fé nas situações envolvendo erros financeiros digitais.
Bebê foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de um saco de lixo, em frente à UPA Brasicon, em Aparecida de Goiânia, no último domingo / Foto: Divulgação
Um bebê foi encontrado morto dentro de um saco de lixo em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, em Aparecida de Goiânia (GO), no domingo (2/2). Moradores que passavam pelo local notaram a sacola plástica e imediatamente acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM).
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para confirmar o óbito. Ao chegar no local, a Polícia Científica de Goiás informou que o corpo do bebê já estava em estado avançado de decomposição e que a placenta também foi encontrada junto ao cadáver.
A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios, está conduzindo as investigações para identificar a pessoa responsável por deixar o bebê no local e esclarecer as circunstâncias da morte. O caso segue em apuração.
Um garimpo ilegal subterrâneo, localizado em Maués, no Amazonas, foi desativado pela Polícia Federal entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro. A operação Mineração Obscura 2 revelou que, além de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, a atividade clandestina provocou danos ambientais estimados em R$ 1 bilhão, incluindo desmatamento e contaminação de lençóis freáticos.
A ação foi conduzida por uma força-tarefa que reuniu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.
Esta foi a primeira vez que a PF desativou um garimpo subterrâneo no país. Diferente das explorações a céu aberto, mais comuns na região amazônica, esse modelo utilizava minas subterrâneas, tornando a fiscalização ainda mais desafiadora e ampliando os riscos ambientais e trabalhistas.
As investigações tiveram início após denúncias sobre exploração de mão de obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro. A operação foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado atividades criminosas semelhantes na região.
Durante a ação, os agentes confirmaram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a condições mínimas de segurança e direitos básicos. O caso segue sob investigação.