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Aquecimento dos oceanos pode mudar recifes de corais, mostra estudo

Trabalho é da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Foto: Jorge Menezes/ ICMBio

Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) prevê mudanças na configuração dos recifes de corais e migração de peixes do Caribe e do litoral brasileiro nas próximas décadas devido ao aquecimento dos oceanos. A queda na quantidade de peixes que se alimentam de algas na região tropical pode fazer com que os ecossistemas dos recifes percam a sua diversidade de espécies e tenham predominância de algas já em 2050.

O trabalho projetou as interações tróficas – relativas à alimentação – dos peixes em relação ao aumento da temperatura dos oceanos. Os resultados demonstraram que as interações vão diminuir e que em algumas regiões haverá deslocamento geográfico dessas interações: aquelas que ocorriam, por exemplo, na região tropical vão migrar para a região extratropical, conforme explicou Kelly Inagaki, pesquisadora do Laboratório de Ecologia Marinha da UFRN.

“A gente fez essas projeções desde a Carolina do Norte até Santa Catarina [ao longo do Atlântico Ocidental], então pode-se dizer que os recifes de toda essa região estão ameaçados ou são propensos a mudar, de acordo com os nossos resultados”, disse a pesquisadora.

Ela ressaltou que registros de órgãos como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e a Nasa, a agência espacial norte-americana, mostram que a temperatura média dos oceanos tem aumentado ao longo dos anos. “Ações que reduzam a progressão e o impacto das mudanças climáticas são urgentes. Caso contrário, nós estaremos assumindo o risco de perder os ambientes recifais e todos os seus benefícios”, acrescentou.

Os peixes recifais que potencialmente vão migrar dos trópicos são herbívoros e alimentam-se de algas majoritariamente, controlando a abundância desses organismos nos recifes. Conforme afirmou a pesquisadora, com o aquecimento do oceano, esse controle ficaria prejudicado devido à migração dos peixes para regiões fora dos trópicos, em busca de temperaturas mais agradáveis.

Uma das possibilidades é que os recifes de corais do Caribe, por exemplo, sejam transformados em recifes dominados por algas. “Os peixes que estão controlando essas algas, que estão comendo essas algas, eles vão diminuir. A gente vai ter um aumento dessas algas e a competição com corais ou com outros organismos vai ficar mais forte e vai fazer com que as algas dominem esses ambientes”. Ela explicou que as algas vivem junto com corais, mas, se eles competem por espaço ou por algum outro recurso, normalmente as algas ganham a competição.

“E um ambiente que passa a ser dominado por alga vai ter mudanças em relação a sedimentos, então pode ter água mais turva, pode ter alteração de nutrientes, de PH ou mesmo dos organismos que estão vivendo ali. Nem todo mundo gosta de viver com algas ou gosta de comer algas e, se esse ambiente está se tornando dominado por algas, esses peixes e outros organismos vão buscar outros lugares para viver”, disse.

Com o impacto no ecossistema recifal, os benefícios que os recifes oferecem também são afetados, como a pesca, proteção da costa e o turismo. “Por exemplo, no Nordeste, onde a gente tem uma atividade econômica bastante forte do turismo: se esses ambientes vão mudar, talvez essa atividade de turismo não vá ser tão forte quanto é hoje em dia, e é preciso pensar em alternativas para isso ou se preparar para o caso de essas mudanças acontecerem”, observou Kelly.

Segundo a pesquisadora, essas situações – como a observada na pesquisa – são resultados da vivência, da convivência e de existência humana.

“Se quisermos mudar alguma coisa, temos que repensar o modo como vivemos. Temos usado recursos naturais de maneira incessante, sem dar tempo de a natureza se reorganizar em relação a isso”.

Ela citou a relação da sociedade com a produção de gás carbônico, produção e consumo de alimentos, poluição e produção de energia como elementos a serem repensados.

Por Camila Boehm – Agência Brasil

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Anitta revela abuso sexual sofrido aos 14 anos e fala sobre os traumas causados

Faz muito pouco tempo que eu parei de achar que isso é culpa minha, que eu causei isso para mim”, afirmou a cantora

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No documentário 'Anitta Made in Honório', Anitta revela que sofreu estupro aos 14 anos. — Foto: Reprodução

A cantora Anitta compartilhou um relato profundo e comovente sobre o abuso sexual que sofreu quando tinha apenas 14 anos. Durante o documentário “A Great Day with J Balvin“, em que o cantor colombiano conversa com amigos famosos, Anitta relembrou o doloroso episódio que marcou sua adolescência e como isso impactou sua vida.

Eu perdi minha virgindade sendo abusada por alguém que eu conhecia”, revelou a cantora. No bate-papo, ela explicou que, na época, não soube como lidar com a situação e se manteve em silêncio, sem contar à sua família ou amigos. “Eu me senti suja, miserável e culpada“, desabafou.

Essa não foi a primeira vez que Anitta falou publicamente sobre o abuso. Em 2020, no documentário “Anitta Made in Honório“, a cantora mencionou pela primeira vez o ocorrido. Ela detalhou como sempre se colocou em relações abusivas após o trauma da adolescência e como tinha medo do agressor, que a tratava de forma autoritária.

Anitta relembra o momento em que tentou interromper o abuso, mas não foi ouvida. “Eu disse que não queria mais, mas ele não parou. Quando acabou, eu fiquei olhando para a cama cheia de sangue”, contou, visivelmente emocionada.

Por muitos anos, a cantora carregou a culpa pelo ocorrido, acreditando que de alguma forma era responsável. Na conversa com J Balvin, ela refletiu sobre essa sensação de culpa, que é comum entre mulheres vítimas de abuso. “Como mulheres, somos ensinadas a achar que é nossa culpa: ‘Foi porque você estava vestida assim’ ou ‘foi porque você agiu dessa forma'”, comentou.

Anitta encerrou o relato destacando que, apenas recentemente, conseguiu parar de se culpar pelo que aconteceu e compreender que o erro não foi seu. “Faz muito pouco tempo que eu parei de achar que isso é culpa minha, que eu causei isso para mim”, afirmou.

Ela também refletiu sobre como, por muitos anos, teve receio de como as pessoas reagiriam ao saber de sua história, principalmente devido à sua imagem pública atual. “Eu sempre tive medo do que as pessoas iam falar: ‘Como ela pode ter sofrido isso e hoje ser tão sexual, ser tão aberta?’. Eu não sei.”

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Tutora é multada por manter cães sem banho por mais de um ano

Os animais, sem banho há mais de um ano, estavam sem comida, vacinas e vivendo em um ambiente insalubre

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Os agentes encontraram um yorkshire e um shih tzu em condições deploráveis.

Na última sexta-feira (18), a Polícia Militar Ambiental de Presidente Prudente, São Paulo, recebeu uma denúncia que resultou na constatação de maus-tratos a dois cães em uma residência localizada no Jardim Everest. Os animais, um yorkshire e um shih tzu, estavam em estado crítico devido à falta de cuidados adequados.

Durante a abordagem, os agentes verificaram que os cães viviam em um ambiente insalubre, repleto de fezes e com um forte odor de urina. Os animais estavam sem comida há dias e a água disponível era imprópria para o consumo, contaminada com sujeira e restos de terra. Além disso, eles não recebiam banho há mais de um ano e estavam sem vacinação, apresentando pelos embolados e longos, além de sinais de apatia.

A tutora dos animais, uma mulher de 51 anos, foi autuada em R$ 6 mil. Em seu depoimento, ela admitiu não estar cuidando dos cães adequadamente. O caso foi registrado na delegacia local, e os animais foram levados para o Abrigo Municipal de Animais de Presidente Prudente, onde receberão tratamento veterinário. Após a recuperação, o yorkshire e o shih tzu estarão disponíveis para adoção

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Receita Federal anuncia leilão de mercadorias com iPhones a partir de R$ 350 e veículos por R$ 7.200

Lances ocorrerão no dia 5 de novembro. Participação aberta a pessoas físicas e jurídicas

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Foto:Divulgação

A Receita Federal de São Paulo realizará um leilão eletrônico de mercadorias apreendidas, que acontecerá entre os dias 25 de outubro e 1° de novembro, com a sessão de lances agendada para o dia 5 de novembro, às 10h, horário de Brasília. Com 129 lotes disponíveis, o evento é aberto a pessoas físicas e jurídicas.

Entre os itens destacados, um iPhone 11 terá lance inicial de R$ 300, e dois veículos Fiat Palio estarão disponíveis a partir de R$ 7.200. Outros produtos em destaque incluem um MacBook com valor inicial de R$ 1.000 e um notebook Dell a partir de R$ 300.

Os interessados poderão visitar os lotes de 25 de outubro a 1° de novembro, mediante agendamento. Os itens estão distribuídos em várias cidades do estado de São Paulo, com detalhes disponíveis no edital do leilão.

Para participar, pessoas físicas devem ter mais de 18 anos, estar inscritas no CPF e possuir um selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já as empresas precisam estar registradas no CNPJ e ter um representante com o selo de confiabilidade.

Os lances serão feitos pelo Sistema de Leilão Eletrônico, acessando o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC). O pagamento e a retirada dos produtos devem ser finalizados em até 30 dias após a arrematação, sendo que a Receita não se responsabiliza pelo envio das mercadorias.

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