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Economia

Arrecadação federal atinge R$ 171,05 bilhões em março

Houve queda de 0,42% em relação ao mesmo mês de 2022

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Arrecadação de impostos da União atinge R$ 171,05 bilhões em março de 2023, segundo dados divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (25). No entanto, a comparação com o mesmo mês de 2022 revela uma redução real de 0,42% devido à inflação, em valores corrigidos pelo IPCA. No acumulado do ano, a arrecadação atingiu R$ 581,79 bilhões, representando um aumento real de 0,72%. Esse valor é o maior da série para o trimestre desde 1995.

A Receita Federal divulgou que, quanto às receitas administradas, a arrecadação em março atingiu R$ 165,91 bilhões, representando uma queda real de 0,07%. Já no acumulado de janeiro a março, a arrecadação atingiu R$ 553,88 bilhões, um aumento real de 1,21%.

A queda pode ser explicada principalmente pela redução dos recolhimentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. Segundo a Receita Federal, ambos são importantes indicadores da atividade econômica, sobretudo, do setor produtivo. As desonerações concedidas no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) também influenciaram no resultado.

A arrecadação do IRPJ e da CSLL somou R$ 33,64 bilhões em março, com redução real de 5,87% em relação ao mesmo mês de 2022. Esse resultado é explicado pelo decréscimo real de 23,79% na arrecadação da estimativa mensal de empresas. Apenas em março, a redução de alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis resultou em uma desoneração de R$ 3,75 bilhões, enquanto a redução de alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) custou R$ 1,9 bilhão à Receita no mês passado e R$ 5,70 bilhões no acumulado de janeiro e março.

Outro destaque da arrecadação de março foi a receita previdenciária, que alcançou R$ 47,06 bilhões, com acréscimo real de 6,03%, em razão do aumento real de 11,62% da massa salarial. Além disso, houve crescimento de 41% das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18, que vedou a utilização de créditos tributários para a compensação de débitos de estimativas mensais do IRPJ e da CSLL. No acumulado do ano, o resultado da receita previdenciária chega a R$ 142,13 bilhões, alta real de 6,99%.

Economia

Pix atinge novo marco com recorde de 239,9 milhões de operações em um único dia

Sistema de pagamentos registra recorde histórico em volume de operações e valor transferido em um único dia

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Foto: Divulgação

O Banco Central (BC) anunciou, nesta segunda-feira (2/12), que o sistema de pagamentos instantâneos Pix registrou um novo recorde diário de transações. Na última sexta-feira (29/11), foram realizadas 239,9 milhões de operações, superando o recorde anterior de 227,4 milhões, registrado em 6 de setembro deste ano.

Além disso, o volume financeiro movimentado também atingiu uma marca histórica, totalizando R$ 130 bilhões transferidos em um único dia.

Entenda o Pix

Criado pelo Banco Central e em funcionamento desde novembro de 2020, o Pix é um sistema de pagamentos em tempo real que opera 24 horas por dia. Segundo o BC, o sucesso da ferramenta reflete sua relevância como infraestrutura digital pública, promovendo inclusão financeira, inovação e competitividade no mercado de pagamentos no Brasil.

Novas regras e limites

Recentemente, foram implementadas mudanças para reforçar a segurança das transações via Pix. Agora, as transferências realizadas por dispositivos novos estão limitadas a R$ 200 por operação e R$ 1.000 no acumulado diário, até que o aparelho seja cadastrado na instituição financeira. Para dispositivos já cadastrados, não houve alterações nos limites.

Medidas para instituições financeiras

As instituições financeiras também deverão cumprir novas exigências para aprimorar a segurança. Entre elas:

  • Adotar sistemas de gerenciamento de risco capazes de identificar operações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente;
  • Informar os clientes sobre práticas para evitar fraudes em um canal de acesso amplo.

Além disso, os bancos agora são obrigados a revisar semestralmente a base de dados do BC para identificar possíveis marcações de fraude relacionadas aos clientes. Caso haja registros de fraude, as medidas recomendadas incluem o encerramento da conta do cliente, o bloqueio cautelar de transações recebidas e a suspensão de limites diferenciados para operações.

O Banco Central reforça que essas mudanças visam fortalecer a segurança e a confiança no sistema Pix, que se consolida cada vez mais como uma das principais ferramentas de pagamentos no país.

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Produtos mais desejados da Black Friday 2024 incluem camisas de times, celulares e TVs

Itens de vestuário esportivo ganham destaque entre as buscas, seguidos por eletrônicos, perfumes e artigos de decoração, conforme dados do Google

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A Black Friday 2024 trouxe uma variedade de produtos para a lista de desejos dos consumidores brasileiros. Roupas, smartphones, eletrodomésticos e perfumes lideram as buscas no período promocional, segundo levantamento do Google, que analisou o comportamento entre os dias 3 e 9 de novembro.

O destaque vai para as camisas de times de futebol, que aparecem no topo do ranking, impulsionadas pelo encerramento das competições esportivas deste ano. “As camisas de times, tradicionalmente associadas à cultura brasileira, ganharam força como um dos itens mais procurados, algo incomum em grandes eventos do varejo”, afirmou Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o varejo do Google Brasil.

Além disso, tênis casuais, celulares, e itens de decoração e beleza também figuram entre os mais buscados, refletindo tendências de consumo cada vez mais dinâmicas, de acordo com a análise.

Os produtos mais pesquisados da Black Friday 2024:

  1. Camisas de times (23%)
  2. Tênis casuais (17%)
  3. Celulares e equipamentos elétricos (17%)
  4. Eletroportáteis, como airfryer (15%)
  5. Perfumes (14%)
  6. Televisores (14%)
  7. Sandálias e chinelos (13%)
  8. Tablets (13%)
  9. Itens de decoração (12%)
  10. Roupas infantis (12%)

A pesquisa reforça a diversidade de interesses do público nesta data, que segue consolidada como uma das mais importantes do calendário de compras no Brasil.

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Economia

Empresa chinesa adquire mina com rica reserva de urânio no Amazonas por R$ 2 bilhões

Negócio foi intermediado pelo grupo minerador Misur, envolvendo uma das maiores estatais chinesas. Mina de Pitinga, a 300 km de Manaus, também é rica em outros minérios

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Mina de Pitinga, localizada no interior do Amazonas

A Mina de Pitinga, localizada no interior do Amazonas, teve suas operações adquiridas pela estatal chinesa China Nonferrous Trade Co. Ltd. O valor da negociação, mediada pelo grupo minerador peruano Misur, responsável pela Mineração Taboca S.A., foi de US$ 340 milhões, cerca de R$ 2 bilhões. O anúncio da venda foi feito na última terça-feira (26).

A Mineração Taboca, conhecida pela descoberta de uma importante reserva mineral em 1979, está situada na Vila Balbina, a cerca de 300 km de Manaus. Além do urânio — usado como combustível na geração de energia nuclear —, a mina é reconhecida pela extração de cassiterita, columbita e pela produção de estanho refinado, na qual lidera nacionalmente.

Em nota oficial, a empresa informou a transferência integral de suas ações para a companhia chinesa, destacando os potenciais benefícios do acordo.

“Este novo momento é estratégico e oferece à Mineração Taboca uma oportunidade de expandir seu acesso a tecnologias avançadas, tornando-a mais competitiva e ampliando sua capacidade produtiva”, destacou a empresa em comunicado.

A compradora, China Nonferrous Mining Co., é uma das maiores produtoras estatais de cobre, com atuação em diversas áreas da cadeia mineral, incluindo processamento e fundição. A empresa também tem forte presença em países como Zâmbia, na África.

Críticas no Senado

O negócio gerou reações no Congresso Nacional. Durante sessão plenária na quarta-feira (27), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a transação, levantando suspeitas de possíveis favorecimentos ao governo chinês e mencionando a influência de questões ambientais como um obstáculo para investidores brasileiros.

“Nós, brasileiros, somos barrados por restrições ambientais e por ONGs, mas os chineses adquirem a maior mina de urânio do Brasil sem impedimentos. Vão processar urânio perto de Manaus, no município de Presidente Figueiredo, que é sustentado pelo turismo. Como isso acontece sem questionamentos? Há algo escondido, um acordo ou perseguição?”, afirmou o senador.

A Mina de Pitinga, além de sua importância econômica, está localizada em uma região de relevância ambiental e turística, o que amplia o debate sobre o impacto da transação.

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