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Há muitas razões para que se invista na promoção da igualdade de gêneros, diz Gianna Sagazio

Diretora de Inovação da CNI moderou a live Mulheres, empreendedorismo e inovação. CEO da SAP, Adriana Aroulho, observou que empresas têm adotado boas iniciativas, mas que diferença de gênero ainda é abismal

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Pesquisa aponta que empresas com líderes mulheres têm 21% mais chances de sucesso financeiro | Foto: Reprodução

A diretora de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gianna Sagazio, defendeu a ampliação da participação feminina em cargos das áreas de ciência, tecnologia e inovação. Ela moderou nesta quarta-feira (14) a live Mulheres, empreendedorismo e inovação, realizada pela CNI e pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que contou com a participação da CEO da SAP Brasil, Adriana Aroulho, e da coordenadora de Projetos de Empreendedorismo Feminino do Sebrae, Renata Malheiros.

“Há muitas razões para que se invista na promoção da igualdade de gêneros e no empoderamento das mulheres, combatendo a discriminação, os preconceitos e as barreiras enraizadas na sociedade por meio de ações que abranjam a forma de criação de meninas e meninos, os estímulos e oportunidades nos diversos níveis educacionais e as possibilidades profissionais oferecidas pelo mercado de trabalho”, destacou a diretora da CNI. “As evidências da desigualdade de gênero e da sub-representação feminina na inovação, nas ciências e no empreendedorismo são abundantes”, acrescentou. 

Assista a íntegra da live

Segundo Gianna, a despeito dos esforços para superar as discrepâncias identificadas e dos efetivos resultados até aqui alcançados, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que sejam estabelecidos patamares equivalentes para homens e mulheres em termos de acesso, oportunidades, direitos e reconhecimento.

Ela observou que a sub-representação feminina é facilmente identificada nas áreas científicas e tecnológicas, no ambiente empreendedor e nas posições de liderança e decisão. “Mesmo quando as mulheres têm uma melhor educação, os homens apresentam maiores níveis de empregabilidade e recebem salários mais altos”, enfatizou Gianna Sagazio.

Recente pesquisa da consultoria McKinsey mostra a importância das mulheres para as organizações. Segundo os dados, as empresas com líderes mulheres têm 21% mais chances de sucesso financeiro.

Empresas vêm adotando importantes iniciativas de diversidade

Para Adriana Aroulho, recentes iniciativas empresariais demonstram que o meio corporativo tem bons exemplos de ações de diversidade. Ela detalhou o trabalho da SAP nesse sentido e observou que quanto mais as organizações refletirem sobre a importância da igualdade de gêneros mais as mulheres terão espaço no mercado. “Isso vem melhorando. Pelo menos no mundo empresarial, notamos muitas empresas comprometidas com iniciativas, mas a diferença ainda é abismal”, pontuou.

“Me sinto feliz de trabalhar numa empresa que tem a diversidade como valor, combustível da inovação e elemento da sustentabilidade. Temos cinco áreas de diversidade na SAP”, completou a CEO da SAP. Segundo ela, é preciso haver condições para que a mulher possa participar da disputa de qualquer vaga nas empresas. “A gente quer que as mulheres participem dos processos de seleção, mas que o escolhido seja o melhor para a vaga”, frisou Adriana.

Programa Sebrae Delas capacitou 10 mil mulheres

Renata Malheiros, por sua vez, detalhou a dificuldade que as mulheres ainda enfrentam para empreender e alcançar posições de destaque. Ela lidera o programa Sebrae Delas, que, nos últimos dois anos, atendeu mais de 10 mil mulheres, sendo duas mil de forma continuada. O programa busca aumentar a probabilidade de sucesso de ideias e negócios liderados por mulheres, a partir da valorização das competências, comportamentos e habilidades, difundindo e profissionalizando o empreendedorismo feminino.

De acordo com a coordenadora do Sebrae, as mulheres abriram metade das pequenas empresas criadas recentemente no país, mas com o diferencial de a maior parte ter empreendido por necessidade, quando não há outra forma de obter renda.

“A desigualdade ainda é grande. Hoje, menos de 10% das startups brasileiras são lideradas por mulheres. Há o mito do homem provedor. É comum ouvir maridos contrários à mulher empreender, perguntando quem vai cuidar da casa e dos filhos. Muitas vezes não é por mal, mas o boicote acontece e o número de divórcios aumenta. Precisamos envolver os homens nos negócios”, disse Renata.

Por: Diego Abreu/Agência CNI de Notícias

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