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Crise da água no Rio: Cedae suspende e retoma operação no Guandu

Segundo empresa, trata-se de um plano de contingência

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Após uma interrupção para tentar solucionar a crise que afeta o sistema de distribuição de água na região metropolitana do Rio de Janeiro, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu foi religada hoje (7) pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), estatal vinculada ao governo estadual que responde pelo serviço. A situação decorre da alteração do gosto e do sabor da água que chega na torneira dos moradores de diversos bairros.

A operação da estação foi prevista para ser interrompida às 18h de ontem (6) e retomada às 5h desta manhã. Segundo a Cedae, trata-se de um plano de contingência. “A ação consiste na abertura das comportas para o escoamento com maior volume e velocidade, renovando parcialmente a água da lagoa”, informou.

Segundo a Cedae, a crise é causada pelo aumento da proliferação de algas e cianobactérias nos mananciais que desaguam na Estação Guandu, as quais seriam responsáveis por liberar substâncias como a geosmina e o 2-metilisoborneol (2-MIB), que conferem à água um cheiro e um sabor de terra molhada. Há duas semanas, quando o problema teve início, o governador em exercício, Cláudio Castro, realizou uma reunião de emergência com técnicos da Cedae para cobrar explicações.

Em comunicado divulgado ontem (6), a Cedae afirmou que as concentrações de geosmina e 2-MIB na água tratada estavam baixas, mas reconheceu que a quantidade de algas na lagoa próxima à estação de tratamento vinha crescendo nos últimos dias. “Três fatores levam à proliferação de algas nos mananciais: água parada, presença de nutrientes e luz solar. O fenômeno ocorre com maior frequência no verão, exigindo medidas preventivas para manutenção da qualidade da água que sai das estações de tratamento”, disse a estatal.

Por conta a suspensão temporária do funcionamento da Estação Guandu, a Cedae alertou que pode haver desabastecimento em áreas de ponta do sistema e recomendou que sejam adiadas tarefas não essenciais que exijam grande consumo de água. A normalização pode levar até 48 horas e um esquema especial foi montado pela estatal para atender hospitais e outros serviços essenciais com carros-pipa, caso haja necessidade.

Na última quinta-feira (4), o Ministério Público (MPRJ) e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro moveram uma ação judicial contra a Cedae pleiteando desconto na conta dos consumidores e a fixação de prazos para a solução do problema. Também foi pedida a apresentação de relatórios das reclamações recebidas pela estatal, o que seria utilizado para calcular o valor da multa a ser aplicada. A Justiça decidiu ontem (6) que a Cedae deve disponibilizar esses documentos. Também foi determinado a ela que apresente explicação detalhada acerca do método de análise dos parâmetros de gosto e odor.

Segundo a Cedae, o consumo de água com geosmina e 2-MIB não traz risco à saúde dos consumidores. Situação similar já havia ocorrido no início do ano passado, quando o problema demorou mais de um mês para ser solucionado. Na ocasião, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do estado (Agenersa) aplicou uma multa de R$ 5,7 milhões na Cedae.

Por: Agência Brasil

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Motorista que devolveu R$ 131 milhões por engano busca direito à recompensa judicial

Antonio Pereira alega danos emocionais e cobra 10% do valor indevido; audiência será realizada em fevereiro

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Antonio Pereira do Nascimento, motorista de Goiás, entrou com uma ação judicial contra o banco Bradesco após receber, por engano, R$ 131 milhões em sua conta. Quando percebeu o erro, o motorista devolveu o valor, mas agora busca uma recompensa de 10% do montante, ou seja, R$ 13 milhões, alegando danos emocionais e financeiros causados pela situação. A audiência está marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025.

O advogado Thiago Perez, que não representa o motorista na ação cível, explicou ao g1 que a questão envolve a interpretação do artigo 1.234 do Código Civil, que garante direito à recompensa a quem devolve algo perdido, levando em consideração o esforço para encontrar o dono. Perez explicou que, embora a devolução seja um dever, o contexto, especialmente em situações digitais, pode influenciar a decisão judicial.

A defesa de Pereira alega que o motorista não apenas devolveu os R$ 131 milhões de forma voluntária e honesta, mas também foi tratado de maneira ríspida pela instituição financeira, sendo pressionado a comparecer à agência para regularizar a transação. Além disso, o advogado destacou que o caso gerou “abalos emocionais e constrangimentos” para Pereira, exacerbados pela exposição midiática.

O banco também enfrentou críticas por cobrar taxas indevidas após o erro. Pereira relatou que a tarifa mensal de sua conta foi aumentada sem justificativa após a devolução do dinheiro, passando de R$ 36 para R$ 70. Perez afirmou que o banco deve restituir essa cobrança indevida em dobro.

A decisão final sobre o direito à recompensa será tomada pelo Judiciário, que avaliará o contexto da devolução e as circunstâncias do caso. A audiência de fevereiro promete definir um importante precedente para o reconhecimento da boa-fé nas situações envolvendo erros financeiros digitais.

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Bebê é encontrado morto em saco de lixo em frente a UPA em Aparecida de Goiânia

Corpo do bebê estava em avançado estado de decomposição e placenta foi encontrada junto ao cadáver; Polícia investiga o caso

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Bebê foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de um saco de lixo, em frente à UPA Brasicon, em Aparecida de Goiânia, no último domingo / Foto: Divulgação

Um bebê foi encontrado morto dentro de um saco de lixo em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, em Aparecida de Goiânia (GO), no domingo (2/2). Moradores que passavam pelo local notaram a sacola plástica e imediatamente acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para confirmar o óbito. Ao chegar no local, a Polícia Científica de Goiás informou que o corpo do bebê já estava em estado avançado de decomposição e que a placenta também foi encontrada junto ao cadáver.

A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios, está conduzindo as investigações para identificar a pessoa responsável por deixar o bebê no local e esclarecer as circunstâncias da morte. O caso segue em apuração.

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Garimpo subterrâneo ilegal na Amazônia é desativado após causar R$ 1 bilhão em destruição

Operação da PF descobre exploração clandestina com trabalho escravo e contaminação ambiental

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Um garimpo ilegal subterrâneo, localizado em Maués, no Amazonas, foi desativado pela Polícia Federal entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro. A operação Mineração Obscura 2 revelou que, além de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, a atividade clandestina provocou danos ambientais estimados em R$ 1 bilhão, incluindo desmatamento e contaminação de lençóis freáticos.

A ação foi conduzida por uma força-tarefa que reuniu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Esta foi a primeira vez que a PF desativou um garimpo subterrâneo no país. Diferente das explorações a céu aberto, mais comuns na região amazônica, esse modelo utilizava minas subterrâneas, tornando a fiscalização ainda mais desafiadora e ampliando os riscos ambientais e trabalhistas.

As investigações tiveram início após denúncias sobre exploração de mão de obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro. A operação foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado atividades criminosas semelhantes na região.

Durante a ação, os agentes confirmaram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a condições mínimas de segurança e direitos básicos. O caso segue sob investigação.

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