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Economia

Valor das exportações cresce 31,4% em janeiro, diz FGV

Indicador de Comércio Exterior (Icomex) foi divulgado hoje

Reuters/Lee Jae-Won

O valor das exportações brasileiras cresceu 31,4% em janeiro e foi liderado pelas commodities, cujo volume subiu 17,4%, contra 6,8% das não commodities informou hoje (18) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), ao divulgar o Indicador de Comércio Exterior (Icomex).

As commodities tiveram participação de 63% no valor total exportado pelo país, enquanto as não commodities participaram com 90% das importações. No caso dos preços, as commodities exportadas tiveram aumento de 13,6%, inferior aos 18% registrados pelas não commodities.

Por setor de atividade, houve aumento no volume exportado da agropecuária (91,3%), seguido da indústria de transformação (16,3%), enquanto a indústria extrativa mostrou queda de 13,4%. Os preços das exportações tiveram aumento de 30,1% na agropecuária e de 20,1% na indústria de transformação, com redução de 2% na indústria extrativa.

A balança comercial de janeiro fechou com déficit de US$ 214,4 milhões, segundo anúncio do Ministério da Economia. Desde 2009, quando as commodities passaram a explicar mais de 50% das exportações nacionais e a China ocupou o posto de principal mercado comprador, o saldo só foi superavitário quatro vezes em janeiro. No ano passado, o saldo mostrou déficit de US$ 219,8 milhões. No último mês de janeiro, a China perdeu pontos para os Estados Unidos. Commodities são produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional.

China

A China continuou liderando os principais mercados de exportação do Brasil, com 21,5% de participação, seguida dos Estados Unidos, com 11,6%. Em janeiro de 2021, entretanto, esses percentuais eram de 27,7% para a China e 9,5% para os Estados Unidos. O Ibre explica o resultado da China como decorrente da baixa taxa de crescimento das exportações (1,9%) para esse mercado, entre os meses de janeiro de 2021 e de 2022, em comparação com os Estados Unidos, cuja alta no mesmo período atingiu 59,4%. A Argentina permaneceu como terceiro principal destino de exportação, com participação de 4,8% e crescimento de 24,2%.

A queda do valor exportado para a China está associada à retração de 6,3% das exportações em volume para aquele país, entre janeiro de 2021 e de 2022. Já a variação dos preços para esse mercado foi positiva (7,8%). Para todos os outros mercados, os volumes exportados aumentaram, assim como os valores. As exportações brasileiras cresceram 53,2% para a União Europeia, 33,4% para a América do Sul (exceto Argentina) e 35,9% para a Ásia, excluindo China e Oriente Médio.

O principal produto exportado pelo Brasil, em janeiro, foi o petróleo, com variação de 27,4%, em valor. A China foi responsável por 41,9% das compras do produto, mas registrou queda de 17,7%, em relação a janeiro de 2021. Os Estados Unidos, com participação de 12,6%, aumentaram as suas compras em 192%.

O segundo principal produto exportado foi o minério de ferro que registrou queda nas vendas totais (33,7%) e para a China (44,1%).

As exportações de soja, terceiro principal produto nacional, aumentaram em 5.224%. Para a China, cuja participação no total foi de 80%, a variação foi de 13.990%. Esse era um resultado esperado, explicou o Ibre, “pois excepcionalmente no ano passado os embarques de soja atrasaram”.

Além do aumento das compras de petróleo, os Estados Unidos elevaram em 1.052% as compras de carne bovina, que tinham restrições em janeiro de 2021, em 33% as de café e em 340%, as de semimanufaturas de ferro e aço, diz o relatório do Icomex.

Importações

As importações brasileiras em janeiro deste ano subiram 30,9% em valor. Em termos de preços, houve expansão de 32,4% e recuo do volume de 1,4%, explicados pelo comportamento das não commodities. O índice de volume desse agregado recuou 4,2% e os preços aumentaram 30,8%. As não commodities explicaram 90% das importações para o Brasil em janeiro.

Por setor de atividade nas importações, o destaque é a indústria extrativa em termos de volume (86,1%) e preços (110,3%). Entre os principais mercados vendedores para o Brasil, somente a China e os Estados Unidos aumentaram o volume importado, da ordem de 13,7% e 3,5%, respectivamente. Na análise por valor, a variação foi positiva em todos os mercados, mas inferior a 10%, enquanto que para a China foi de 47% e para os Estados Unidos de 61,5%. A diferença é explicada pela variação nos preços de importações (29,1% para a China e 55% para os Estados Unidos).

Nas importações, o Ibre destacou o aumento do preço de 66% do óleo combustível, principal produto da pauta, seguido do gás natural liquefeito (GNL), que evoluiu 531%. Nos dois casos, os Estados Unidos são o principal fornecedor, explicando 61,4% das compras de combustíveis pelo Brasil e 81,4% do GNL, com crescimento de 809%.

Os pesquisadores do Ibre lembram que o cenário de eleição presidencial no Brasil, associado à tensão existente entre Estados Unidos, Rússia e China, além da valorização do dólar frente ao real podem provocar revisões da balança comercial ao longo do ano. A única certeza possível para eles é que, com as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) do Brasil abaixo de 1%, o volume importado não deve recuar e o valor dependerá dos preços na economia mundial. “Isto, na hipótese que novos efeitos da pandemia (da covid-19) não se façam presentes”, advertiram.

Por: Agência Brasil

Economia

Pagamento de boletos por Pix começa a valer nesta segunda-feira

Nova funcionalidade permite quitar boletos por meio de QR Code, sem necessidade de digitar código de barras. Banco Central também lança boleto dinâmico para transações entre empresas

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A partir desta segunda-feira (3/2), entra em vigor uma nova regulamentação do Banco Central (BC) que moderniza o pagamento de boletos. A principal novidade é a possibilidade de quitar boletos por meio do Pix, utilizando um QR Code impresso no documento, sem a necessidade de digitar o código de barras.

Com essa funcionalidade, o BC pretende tornar o pagamento de boletos mais ágil e conveniente, aproveitando a popularidade do Pix no país. Algumas instituições financeiras já vinham oferecendo essa opção de forma experimental, mas agora a prática será regulamentada oficialmente.

Além do boleto via Pix, o BC também implementará o boleto dinâmico, voltado para transações entre empresas. Esse novo modelo de cobrança permitirá maior segurança e eficiência na negociação de títulos representativos de dívidas, como duplicatas escriturais.

Mais segurança para transações comerciais

O boleto dinâmico será vinculado digitalmente ao título da dívida, garantindo que o pagamento seja direcionado ao credor correto. Dessa forma, mesmo que a dívida seja negociada entre empresas, não será necessário emitir um novo boleto para o pagamento.

Segundo o BC, essa inovação trará mais confiança e praticidade para empresas de pequeno e médio porte, além de reduzir riscos de fraudes e erros nas transações financeiras.

Com essas mudanças, o Banco Central reforça seu compromisso em modernizar o sistema de pagamentos, tornando-o mais seguro, eficiente e acessível para consumidores e empresas.

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Economia

Brasil volta ao topo do ranking de maiores juros reais do mundo após corte na taxa Argentina

Banco Central da Argentina reduz taxa básica de juros, e Brasil assume a liderança global em juros reais, ao lado da Rússia

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O Brasil reassumiu a posição de maior taxa de juros real do mundo. O feito ocorre após o Banco Central da Argentina promover um novo corte de 3 pontos percentuais em sua taxa básica de juros, reduzindo-a de 32% para 29% ao ano. Com essa mudança, o país vizinho caiu para a terceira colocação no ranking global.

Segundo a autoridade monetária argentina, a decisão reflete uma melhora nas expectativas de inflação. Apesar de ainda registrar uma inflação elevada, de 117,8% ao ano, o índice apresenta desaceleração significativa em comparação aos 211,4% registrados em 2023.

A taxa de juros real é calculada com base na taxa nominal do país, descontada a inflação esperada para os próximos 12 meses. Com o corte argentino, seu juro real caiu para 6,14%, deixando o Brasil na liderança com uma taxa de 9,18%, ao lado da Rússia, que tem 8,91%.

Decisão do Copom e impacto no ranking

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano. Esse foi o quarto aumento consecutivo na taxa básica de juros do país, consolidando o Brasil como líder global em juros reais.

Na segunda posição do ranking está a Rússia, com uma taxa de juros real de 8,91%. A Argentina, que até então ocupava a liderança, agora aparece na terceira colocação.

Ranking dos maiores juros nominais

Considerando as taxas de juros nominais (sem descontar a inflação), o Brasil ocupa a quarta posição global. Confira os principais países do ranking:

  1. Turquia: 45,00%
  2. Argentina: 29,00%
  3. Rússia: 21,00%
  4. Brasil: 13,25%
  5. México: 10,00%
  6. Colômbia: 9,50%
  7. África do Sul: 7,75%
  8. Hungria: 6,50%
  9. Índia: 6,50%
  10. Filipinas: 5,75%

Perspectivas econômicas

Especialistas avaliam que o cenário de juros elevados no Brasil tem impactos diretos na economia, influenciando investimentos, crédito e consumo. A manutenção da taxa Selic em patamares elevados visa conter a inflação, mas também pode desacelerar o crescimento econômico.

Enquanto isso, a política monetária da Argentina segue buscando um equilíbrio entre o combate à inflação e a recuperação econômica. Com a recente desaceleração dos preços, o Banco Central do país decidiu flexibilizar sua taxa de juros para estimular a economia.

A tendência de ajustes nos juros continuará a ser acompanhada de perto pelos mercados, já que mudanças nas taxas podem afetar fluxos de capital e decisões de investimento nos países líderes do ranking.

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Economia

Aumento do ICMS em fevereiro eleva preço da gasolina e do diesel nos estados

Reajuste de R$ 0,10 por litro na gasolina e R$ 0,06 no diesel entra em vigor a partir de 1º de fevereiro, com impacto direto nos preços para os consumidores

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A partir de 1º de fevereiro, os preços da gasolina e do diesel sofrerão um aumento devido à elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em diversos estados brasileiros. O ICMS sobre a gasolina será ajustado em R$ 0,10 por litro, enquanto o tributo sobre o diesel terá uma alta de R$ 0,06. Não há mudanças previstas para o etanol.

A decisão foi tomada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em outubro de 2024, com efeito a partir do próximo sábado. Em comunicado, o Confaz afirmou que os ajustes refletem o compromisso dos estados em promover um sistema fiscal mais equilibrado e transparente, capaz de responder adequadamente às flutuações de mercado e promover a justiça tributária.

Com o aumento, as alíquotas de ICMS no Brasil passarão a ser:

  • Gasolina: de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro
  • Diesel: de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro

Embora o preço dos combustíveis seja determinado pelo mercado, a decisão de repassar o aumento do tributo ao consumidor final cabe aos postos de combustíveis, sendo que em muitos casos os reajustes acabam sendo repassados aos preços nas bombas.

A elevação do ICMS acontece em um momento em que os preços dos combustíveis já estavam subindo em 2024, pressionando a inflação. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os preços médios de gasolina, diesel e etanol subiram ao longo do ano.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) também destacou que, devido à defasagem de preços no Brasil em relação aos valores internacionais, a gasolina e o diesel estão mais baratos que no mercado externo. A defasagem para a gasolina é de R$ 0,23 por litro e, para o diesel, de R$ 0,56. Isso ocorre em função da Petrobras ter abandonado a política de paridade de preços, que reajustava os combustíveis de acordo com o valor do petróleo e a variação do câmbio.

Além disso, a inflação em 2024 teve impacto significativo do aumento nos preços dos combustíveis, como gasolina (0,54%), diesel (0,97%) e etanol (1,92%), conforme dados do IBGE.

Os aumentos nos preços dos combustíveis podem ter efeitos em cadeia sobre a economia, já que impactam diretamente os custos de transporte e de produção em diversos setores.

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