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Educação

Sisu 2025: Resultados atrasam e geram frustração por divulgação em planilhas Excel

Processo de consulta fica mais complexo devido à ausência de informações sobre a posição nas listas de espera

Os resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025 foram finalmente divulgados nesta segunda-feira (27), com um atraso de um dia em relação ao cronograma estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC). Para acessar as listas de aprovados, os candidatos precisam acessar o site oficial do programa (https://acessounico.mec.gov.br/sisu).

Problemas na divulgação

Além do atraso na divulgação, a forma como os resultados foram apresentados gerou desconforto entre os candidatos. Em vez de um sistema de fácil acesso, as listas foram disponibilizadas em planilhas Excel, o que exigiu que os candidatos fizessem o download dos arquivos. Outra falha foi a falta de informações sobre a classificação dos alunos nas listas de espera, dificultando a escolha do curso para quem desejava tentar uma vaga na repescagem.

Posicionamento do MEC

Até o momento, o Ministério da Educação não se pronunciou sobre os motivos do atraso nem sobre a utilização das planilhas Excel para a divulgação. Também não houve explicações sobre a ausência de dados nas listas de espera. O incidente deste ano segue um histórico de falhas, como ocorreu na edição de 2024, quando uma lista errada foi publicada, causando confusão entre os candidatos.

O que é o Sisu?

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é uma plataforma do MEC que seleciona estudantes para vagas em universidades públicas brasileiras, com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024. Neste ano, o programa oferece 261.779 vagas em 124 instituições de ensino superior em todo o país.

O que fazer após o resultado

  • Se for aprovado: O candidato deve efetuar a matrícula ou o registro acadêmico na instituição de ensino entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2025.
  • Se não for aprovado: O candidato pode manifestar interesse em participar da lista de espera até o dia 31 de janeiro. As universidades divulgarão os resultados da lista de espera individualmente.

Cronograma do Sisu 2025

O cronograma do Sisu 2025 segue as mesmas datas da seleção para o primeiro semestre:

  • Resultados da 1ª chamada: 27 de janeiro de 2025 (atraso em relação à data prevista de 26 de janeiro).
  • Matrículas: 27 a 31 de janeiro de 2025.
  • Manifestação de interesse na lista de espera: de 26 a 31 de janeiro de 2025.
  • Resultado das listas de espera: a data será definida por cada universidade.

Quem pode participar do Sisu 2025?

Podem participar candidatos que realizaram o Enem 2024 e obtiveram nota superior a zero na redação. Candidatos treineiros não são aceitos no programa.

Distribuição das vagas

O Sisu 2025 oferece 261.779 vagas em 6.851 cursos de graduação, distribuídas por instituições públicas de ensino superior de todas as regiões do Brasil. As vagas são distribuídas da seguinte forma:

  • Nordeste: 119.130 vagas
  • Sudeste: 82.737 vagas
  • Sul: 29.225 vagas
  • Centro-Oeste: 20.405 vagas
  • Norte: 10.282 vagas

Entre os estados com mais vagas, destacam-se Minas Gerais (34.049), Rio de Janeiro (28.424), Bahia (22.889), Paraíba (21.268) e Pernambuco (16.523). As universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fluminense (UFF) lideram em termos de número de vagas, com 9.050 e 8.683, respectivamente. Além disso, o Instituto Federal do Ceará (IFCE) tem o maior número de vagas entre os institutos federais, com 6.022.

Educação

Nobel da Educação: Professor brasileiro finalista do Global Teacher Prize 2025 usa inteligência artificial para resgatar contos populares

Helder Guastti da Silva, de João Neiva (ES), é o único brasileiro entre os 50 finalistas do prêmio e é reconhecido por seu projeto inovador que mistura tradição e inteligência artificial com alunos de escola pública

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Helder Guastti da Silva, um professor de João Neiva, no norte do Espírito Santo, está entre os finalistas do Global Teacher Prize 2025, considerado o “Nobel da Educação”. Ele é o único brasileiro entre os 50 escolhidos entre mais de 5 mil inscritos de 89 países. O prêmio, com uma premiação de US$ 1 milhão, reconhece professores inovadores de todo o mundo.

O projeto “Como Diz o Outro”, idealizado por Helder, é um exemplo de como ele combina tradição e tecnologia em suas aulas. Em 2023, ele implementou o projeto com alunos do 5° ano, onde os estudantes resgataram contos populares brasileiros e os modernizaram com o uso de inteligência artificial, transformando a tradicional prática de oralidade em uma experiência interativa e contemporânea.

“Foi um projeto simples, mas com um diferencial importante: a participação ativa das crianças em todas as decisões. Queríamos mostrar que a tecnologia pode ser usada de maneira positiva”, explica Helder, que também valorizou a colaboração dos alunos na pesquisa de histórias de suas próprias famílias.

O prêmio Global Teacher Prize, criado em 2014 pela Varkey Foundation e em parceria com a Unesco, é uma das mais prestigiadas premiações da área educacional. Helder destaca que, embora o reconhecimento seja importante, seu foco sempre foi na transformação do ensino e na valorização do potencial dos alunos, especialmente em escolas públicas.

“Estar entre os finalistas já é uma grande conquista. Não fazemos educação para validação, mas é um reconhecimento do esforço coletivo. O prêmio também serve para mostrar que a educação pública no Brasil tem potencial, apesar das dificuldades”, declara.

Além de sua atuação na sala de aula, Helder também impacta sua comunidade por meio do “Espaço de Leitura Confabulando”, um projeto criado com sua mãe, Rogéria Guastti. No espaço, localizado na garagem de sua casa, oferecem empréstimos de livros, aulas culturais e atividades para incentivar a leitura e o aprendizado na comunidade.

Helder viajará para Dubai em fevereiro para participar de uma imersão com outros finalistas. O vencedor será anunciado no final do ano. Para ele, ser finalista já é uma grande realização: “O prêmio não é só meu, é de todos que fazem parte dessa jornada, dos alunos e da comunidade.”

Este reconhecimento é uma prova de que, com dedicação, é possível transformar realidades e criar um impacto significativo, tanto na sala de aula quanto fora dela, promovendo a educação como ferramenta de mudança social.

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Educação

Mirella Archangello, a “repórter mirim”, tira 960 na redação do Enem e agora segue seu sonho no jornalismo

Inspirada por Glória Maria, Mirella compartilha sua trajetória e oferece dicas valiosas para quem está se preparando para o vestibular

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Mirella Archangello com a jornalista Glória Maria

Mirella Archangello, a estudante de 18 anos que ficou famosa ao ser reconhecida como a “repórter mirim” de Ribeirão Preto, SP, conquistou uma impressionante nota de 960 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A jornada da jovem, que começou brincando de jornalista aos 11 anos, ganhou ainda mais destaque quando, em 2017, teve a oportunidade de entrevistar sua grande inspiração, a jornalista Glória Maria.

Em entrevista, Mirella compartilhou sua felicidade com o resultado da prova e o quanto a dedicação de três anos de preparação trouxe frutos. “Fiquei muito feliz e grata. Foi incrível ver o resultado do meu esforço diário. Às vezes, a gente se pergunta se vai conseguir, mas com persistência, consegui alcançar uma ótima nota”, afirmou.

Agora, Mirella se prepara para ingressar na faculdade de jornalismo em Ribeirão Preto, mantendo seu vínculo com a família. Apesar da possibilidade de estudar em outra cidade, ela preferiu ficar para garantir a proximidade com os entes queridos. “Tenho um forte apego à minha família, e morar sozinha ainda não é uma realidade que consigo conciliar com meus estudos”, explica.

Com um histórico de jornalismo amador, a jovem não vê a faculdade como um simples passo, mas uma chance de crescer no meio profissional. “Durante todos esses anos, só fiz a parte prática do jornalismo. Agora, estou ansiosa para aprender a teoria e ver como tudo se encaixa na academia”, conta Mirella, que sente uma mistura de ansiedade e empolgação para os novos desafios.

A preparação para o vestibular foi construída em uma rotina de estudos baseada na leitura diária, aliada à prática constante de provas antigas. Mirella revela que o segredo foi a paciência, equilibrando os momentos de lazer com o esforço acadêmico.

Sobre o tema da redação, “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”, Mirella se sentiu muito conectada, dado seu trabalho nas redes sociais sobre a valorização de histórias e personagens negros. Ela mencionou que, embora a pressão do momento tenha sido intensa, a prática e a calma ajudaram a expressar suas ideias de forma clara. “Fiquei muito feliz com minha escrita, foi uma ótima oportunidade para abordar algo tão relevante.”

Com uma trajetória de dedicação e conquistas, Mirella também deixou uma mensagem importante para futuros vestibulandos: a paciência e o foco nos estudos são fundamentais para alcançar o sucesso. Ela destaca que cada um deve buscar o seu próprio caminho, respeitando o tempo e as limitações.

Para quem deseja melhorar nos estudos, Mirella recomenda diversificar a leitura. “Intercalar livros obrigatórios com os que você realmente gosta ajuda muito. Isso foi um dos segredos para minha boa nota no Enem”, conclui.

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Educação

Lula sanciona lei que limita o uso de celulares nas escolas; veja as novas regras

A nova legislação limita o uso de smartphones em sala de aula, garantindo exceções para necessidades pedagógicas, de saúde ou segurança

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Lula sanciona projeto que restringe uso de celulares nas escolas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta segunda-feira (13) o projeto de lei que restringe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas de todo o Brasil. A sanção foi realizada em uma cerimônia fechada no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, e outros representantes da área educacional.

A nova norma proíbe o uso de celulares durante as aulas, bem como nos intervalos e recreios. No entanto, ela permite o porte dos aparelhos para situações excepcionais, como casos de emergência ou para necessidades pedagógicas. A medida se aplica à educação básica, que inclui a pré-escola, o ensino fundamental e o ensino médio.

A lei também especifica que os dispositivos móveis podem ser utilizados, desde que seja para fins didáticos, para garantir a acessibilidade ou atender a condições de saúde dos alunos. O objetivo é assegurar a inclusão e os direitos fundamentais dos estudantes.

A implementação da nova norma deverá ser regulamentada, com as orientações específicas previstas para o final de janeiro, permitindo que as escolas adotem as medidas a partir de fevereiro, no início do próximo ano letivo. A fiscalização sobre o uso dos celulares dependerá da estrutura de cada instituição, e será determinado o local onde os dispositivos poderão ser guardados, como em mochilas ou áreas específicas.

O projeto foi aprovado com base em estudos que mostram o impacto negativo do uso excessivo de smartphones no desempenho dos estudantes. Relatórios do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) apontam que alunos que passam mais de cinco horas diárias conectados têm uma média significativamente mais baixa em matemática, além de estarem mais propensos a problemas de saúde mental relacionados ao uso excessivo de redes sociais.

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