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Brasil

Menino de 9 anos ferido por bala perdida no Ano Novo enfrenta desafios com projétil alojado no pescoço

Garoto perdeu parte dos movimentos do braço e da perna direita; caso é investigado como tentativa de homicídio pela Polícia Civil

Matheus Souza Hohne


Após ser atingido por uma bala perdida durante as comemorações de Ano Novo, Matheus Souza Hohne, de apenas 9 anos, tenta se adaptar a uma nova rotina marcada por limitações físicas. O projétil, que permanece alojado na coluna cervical, comprometeu parte dos movimentos do braço e da perna direita do garoto.

Matheus ficou internado por nove dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) antes de receber alta. Agora, de volta ao lar, na Zona Leste de São Paulo, o menino relata as dificuldades de sua recuperação. “Tô me sentindo, assim, mais acomodado, mas… dói tudo, braço, perna, bumbum, corpo”, disse ele.

A avó do menino, dona Francisca, expressa alívio por tê-lo em casa, mas ainda enfrenta as marcas emocionais do incidente. “Eu vou ser bem sincera, ainda não estou 100% recuperada de tudo, mas estou bem mais aliviada, mais feliz de ele estar aqui. Está fácil? Não, ainda não, mas estamos conseguindo ajudar ele a se recuperar. Tenho muita fé de que tudo vai dar certo, que ele vai voltar a andar e fazer tudo aquilo que ele gosta de fazer.”

Projétil e tratamento

O tiro atingiu a vértebra C7, uma região sensível da coluna cervical, o que levou os médicos a decidirem não remover a bala no momento. O ortopedista Robert Meves, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, ressalta que o caso requer acompanhamento constante e reabilitação intensiva devido à perda de sensibilidade e força motora.

Para estimular a recuperação, a família tenta envolver Matheus em atividades que ele já apreciava, como jogar videogame, visando fortalecer os movimentos e a coordenação da mão direita.

O que aconteceu?

O disparo ocorreu na madrugada de 1º de janeiro, enquanto Matheus brincava na calçada com o pai, após assistir à queima de fogos na Avenida Tenente Lauro Sodré, no bairro Jardim Santa Adélia. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o menino caiu ao ser atingido pela bala às 0h12.

A avó relembra o susto: “Nós estávamos no portão, assistindo aos fogos. Acabaram, e ele e o pai ficaram brincando com aquelas bolinhas que fazem barulho, a ‘biribinha’. Chamamos para entrar, e quando ele estava vindo, caiu. Na hora, o pai já pegou ele, e a mãe também. Começou a sair muito sangue.”

Levado ao Hospital Sapopemba, Matheus recebeu os primeiros cuidados e foi transferido para o Hospital Vila Alpina, onde exames revelaram o projétil alojado no pescoço. Posteriormente, ele foi encaminhado ao Hospital Santa Helena, em São Bernardo do Campo, devido ao convênio médico.

Investigação

O caso foi registrado como tentativa de homicídio no 69º Distrito Policial de Teotônio Vilela. A Polícia Civil investiga a origem do disparo e busca identificar o responsável. Uma das hipóteses aponta para uma praça próxima à casa de Matheus, que estava cheia de pessoas celebrando a chegada de 2025.

Enquanto as investigações seguem, a família de Matheus foca na recuperação do menino, com esperança e determinação de que ele volte a ter uma vida normal.

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Motorista que devolveu R$ 131 milhões por engano busca direito à recompensa judicial

Antonio Pereira alega danos emocionais e cobra 10% do valor indevido; audiência será realizada em fevereiro

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Antonio Pereira do Nascimento, motorista de Goiás, entrou com uma ação judicial contra o banco Bradesco após receber, por engano, R$ 131 milhões em sua conta. Quando percebeu o erro, o motorista devolveu o valor, mas agora busca uma recompensa de 10% do montante, ou seja, R$ 13 milhões, alegando danos emocionais e financeiros causados pela situação. A audiência está marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025.

O advogado Thiago Perez, que não representa o motorista na ação cível, explicou ao g1 que a questão envolve a interpretação do artigo 1.234 do Código Civil, que garante direito à recompensa a quem devolve algo perdido, levando em consideração o esforço para encontrar o dono. Perez explicou que, embora a devolução seja um dever, o contexto, especialmente em situações digitais, pode influenciar a decisão judicial.

A defesa de Pereira alega que o motorista não apenas devolveu os R$ 131 milhões de forma voluntária e honesta, mas também foi tratado de maneira ríspida pela instituição financeira, sendo pressionado a comparecer à agência para regularizar a transação. Além disso, o advogado destacou que o caso gerou “abalos emocionais e constrangimentos” para Pereira, exacerbados pela exposição midiática.

O banco também enfrentou críticas por cobrar taxas indevidas após o erro. Pereira relatou que a tarifa mensal de sua conta foi aumentada sem justificativa após a devolução do dinheiro, passando de R$ 36 para R$ 70. Perez afirmou que o banco deve restituir essa cobrança indevida em dobro.

A decisão final sobre o direito à recompensa será tomada pelo Judiciário, que avaliará o contexto da devolução e as circunstâncias do caso. A audiência de fevereiro promete definir um importante precedente para o reconhecimento da boa-fé nas situações envolvendo erros financeiros digitais.

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Bebê é encontrado morto em saco de lixo em frente a UPA em Aparecida de Goiânia

Corpo do bebê estava em avançado estado de decomposição e placenta foi encontrada junto ao cadáver; Polícia investiga o caso

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Bebê foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de um saco de lixo, em frente à UPA Brasicon, em Aparecida de Goiânia, no último domingo / Foto: Divulgação

Um bebê foi encontrado morto dentro de um saco de lixo em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, em Aparecida de Goiânia (GO), no domingo (2/2). Moradores que passavam pelo local notaram a sacola plástica e imediatamente acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para confirmar o óbito. Ao chegar no local, a Polícia Científica de Goiás informou que o corpo do bebê já estava em estado avançado de decomposição e que a placenta também foi encontrada junto ao cadáver.

A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios, está conduzindo as investigações para identificar a pessoa responsável por deixar o bebê no local e esclarecer as circunstâncias da morte. O caso segue em apuração.

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Garimpo subterrâneo ilegal na Amazônia é desativado após causar R$ 1 bilhão em destruição

Operação da PF descobre exploração clandestina com trabalho escravo e contaminação ambiental

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Um garimpo ilegal subterrâneo, localizado em Maués, no Amazonas, foi desativado pela Polícia Federal entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro. A operação Mineração Obscura 2 revelou que, além de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, a atividade clandestina provocou danos ambientais estimados em R$ 1 bilhão, incluindo desmatamento e contaminação de lençóis freáticos.

A ação foi conduzida por uma força-tarefa que reuniu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Esta foi a primeira vez que a PF desativou um garimpo subterrâneo no país. Diferente das explorações a céu aberto, mais comuns na região amazônica, esse modelo utilizava minas subterrâneas, tornando a fiscalização ainda mais desafiadora e ampliando os riscos ambientais e trabalhistas.

As investigações tiveram início após denúncias sobre exploração de mão de obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro. A operação foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado atividades criminosas semelhantes na região.

Durante a ação, os agentes confirmaram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a condições mínimas de segurança e direitos básicos. O caso segue sob investigação.

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