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Brasil

Milícias obrigam consumo de cigarro falsificado e impõem punições a quem comprar outra marca

Organizações criminosas dominam a venda de cigarros ilegais e ameaçam matar moradores que consumirem produtos de outras marcas

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As milícias no Rio de Janeiro, inicialmente formadas por ex-policiais, evoluíram para organizações criminosas bem estruturadas, focadas em lucrar com atividades ilegais e extorsivas. Além do tráfico de drogas, essas facções têm expandido seus domínios com práticas que envolvem desde a venda de gás de cozinha até o controle de transportes alternativos, buscando sempre aumentar sua fonte de renda.

Recentemente, um dos principais braços financeiros dessas milícias tem sido o comércio de cigarros falsificados. Essa prática, que envolve a produção e distribuição de marcas de cigarro adulteradas, tornou-se extremamente rentável. Para os moradores das comunidades, a punição por comprar qualquer outra marca que não seja a fornecida pelas milícias pode ser fatal.

Inicialmente, as milícias ganharam espaço ao tomarem o controle de comunidades que eram dominadas pelo Comando Vermelho (CV), e passaram a explorar o mercado ilegal de gás e transporte. Com o tempo, tornaram-se ainda mais poderosas, com organizações criminosas que se estruturaram para garantir lucros por meio de serviços ligados à extorsão.

De acordo com autoridades, o mercado de cigarro falsificado movimenta bilhões de reais, sendo que uma significativa parte dos cigarros vendidos no Brasil é ilegal. Milicianos cariocas, em particular, conseguiram ganhar uma fatia considerável desse mercado, falsificando marcas estrangeiras, como uma popular marca paraguaia, e criando um produto de baixa qualidade, mas altamente lucrativo. Comerciantes locais, sob forte ameaça, são forçados a comercializar apenas a “marca” controlada pela milícia.

Estudos apontam que as milícias são responsáveis por boa parte da distribuição de cigarros falsificados no Brasil, movimentando bilhões de unidades anualmente. No Rio de Janeiro, elas já controlam pelo menos 45 municípios, onde a venda de produtos ilegais é uma das fontes de renda mais lucrativas.

Investigações da Polícia Civil e Federal revelaram o nome de Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, como o principal chefe por trás desse monopólio do cigarro ilegal. As autoridades apontam que ele é responsável por diversas mortes, desaparecimentos e crimes relacionados ao mercado ilegal de cigarro, que geram uma onda de violência nas comunidades. Diligências recentes resultaram em várias prisões, com mais de 70 mandados de prisão emitidos para aqueles envolvidos diretamente com a quadrilha.

Com a intensificação dessa prática criminosa, as milícias não só dominam a venda de cigarros falsificados, como também têm ampliado seu controle por meio de extorsões e ameaças, subjugando a população local.

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Motorista que devolveu R$ 131 milhões por engano busca direito à recompensa judicial

Antonio Pereira alega danos emocionais e cobra 10% do valor indevido; audiência será realizada em fevereiro

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Antonio Pereira do Nascimento, motorista de Goiás, entrou com uma ação judicial contra o banco Bradesco após receber, por engano, R$ 131 milhões em sua conta. Quando percebeu o erro, o motorista devolveu o valor, mas agora busca uma recompensa de 10% do montante, ou seja, R$ 13 milhões, alegando danos emocionais e financeiros causados pela situação. A audiência está marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025.

O advogado Thiago Perez, que não representa o motorista na ação cível, explicou ao g1 que a questão envolve a interpretação do artigo 1.234 do Código Civil, que garante direito à recompensa a quem devolve algo perdido, levando em consideração o esforço para encontrar o dono. Perez explicou que, embora a devolução seja um dever, o contexto, especialmente em situações digitais, pode influenciar a decisão judicial.

A defesa de Pereira alega que o motorista não apenas devolveu os R$ 131 milhões de forma voluntária e honesta, mas também foi tratado de maneira ríspida pela instituição financeira, sendo pressionado a comparecer à agência para regularizar a transação. Além disso, o advogado destacou que o caso gerou “abalos emocionais e constrangimentos” para Pereira, exacerbados pela exposição midiática.

O banco também enfrentou críticas por cobrar taxas indevidas após o erro. Pereira relatou que a tarifa mensal de sua conta foi aumentada sem justificativa após a devolução do dinheiro, passando de R$ 36 para R$ 70. Perez afirmou que o banco deve restituir essa cobrança indevida em dobro.

A decisão final sobre o direito à recompensa será tomada pelo Judiciário, que avaliará o contexto da devolução e as circunstâncias do caso. A audiência de fevereiro promete definir um importante precedente para o reconhecimento da boa-fé nas situações envolvendo erros financeiros digitais.

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Bebê é encontrado morto em saco de lixo em frente a UPA em Aparecida de Goiânia

Corpo do bebê estava em avançado estado de decomposição e placenta foi encontrada junto ao cadáver; Polícia investiga o caso

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Bebê foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de um saco de lixo, em frente à UPA Brasicon, em Aparecida de Goiânia, no último domingo / Foto: Divulgação

Um bebê foi encontrado morto dentro de um saco de lixo em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, em Aparecida de Goiânia (GO), no domingo (2/2). Moradores que passavam pelo local notaram a sacola plástica e imediatamente acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para confirmar o óbito. Ao chegar no local, a Polícia Científica de Goiás informou que o corpo do bebê já estava em estado avançado de decomposição e que a placenta também foi encontrada junto ao cadáver.

A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios, está conduzindo as investigações para identificar a pessoa responsável por deixar o bebê no local e esclarecer as circunstâncias da morte. O caso segue em apuração.

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Garimpo subterrâneo ilegal na Amazônia é desativado após causar R$ 1 bilhão em destruição

Operação da PF descobre exploração clandestina com trabalho escravo e contaminação ambiental

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Um garimpo ilegal subterrâneo, localizado em Maués, no Amazonas, foi desativado pela Polícia Federal entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro. A operação Mineração Obscura 2 revelou que, além de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, a atividade clandestina provocou danos ambientais estimados em R$ 1 bilhão, incluindo desmatamento e contaminação de lençóis freáticos.

A ação foi conduzida por uma força-tarefa que reuniu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Esta foi a primeira vez que a PF desativou um garimpo subterrâneo no país. Diferente das explorações a céu aberto, mais comuns na região amazônica, esse modelo utilizava minas subterrâneas, tornando a fiscalização ainda mais desafiadora e ampliando os riscos ambientais e trabalhistas.

As investigações tiveram início após denúncias sobre exploração de mão de obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro. A operação foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado atividades criminosas semelhantes na região.

Durante a ação, os agentes confirmaram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a condições mínimas de segurança e direitos básicos. O caso segue sob investigação.

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