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Brasil

Rio começa imunizar idosos contra a covid-19

Vacinação é feita em 236 clínicas da família e centros de saúde

Anvisa cria comissão para avaliar vacinas
Foto: Rayra Paiva Franco/O PANORAMA.

O município do Rio de Janeiro começou hoje (1º) a vacinação contra a covid-19 em idosos com idade acima de 99 anos. Até o dia 27 de fevereiro, vão receber as doses pessoas a partir de 80 anos. A imunização está sendo feita em 236 clínicas da família e centros municipais de saúde, além de postos no sistema drive-thru. Conforme o cronograma, em cada dia desta primeira semana haverá uma idade específica até chegar os idosos acima de 95 anos, ou seja, na terça-feira (2), serão vacinados aqueles com 98 anos; na quarta-feira (3), os que possuem 97 anos; na quinta-feira (4), os com 96 anos, e assim se seguirá nos outros dias. O idoso que for se vacinar precisa levar seu documento de identidade e, se possível, a caderneta de vacinação.

Drive-thru

Entre os postos de drive-thru, o maior, com capacidade para imunizar mais de mil pessoas por dia, foi instalado na Universidade de Estado de Saúde, no bairro do Maracanã, zona norte da cidade. Neste local, as vacinas serão aplicadas das 9h às 15h, de segunda a sexta. Nos outros postos drive-thru, o funcionamento será aos sábados, das 8h às 12h, nas policlínicas Lincoln de Freitas Filho, em Santa Cruz e Guilherme Manoel da Silveira em Bangu; no Centro Municipal de Saúde Belizário Penna, em Campo Grande; e no Parque Olímpico, na zona oeste. Há drive-thru ainda no Sambódromo, região central do Rio, na Cidade Universitária e no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em Botafogo, na zona sul; no Parque Madureira e no Estádio do Engenhão, na zona norte.

Vacinação simbólica

O prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, participaram ontem (31) da cerimônia que marcou o início da vacinação de idosos com mais de 80 anos no Rio de Janeiro contra a Covid-19. O compositor, cantor, pesquisador de MPB, artista plástico e, baluarte e presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, Nélson Sargento, de 96 anos, o intérprete do Seu Peru, da Escolinha do Professor Raimundo, Orlando Drummond, de 101, e mais três idosos foram vacinados no Palácio da Cidade, em Botafogo, zona sul da capital.

Para o prefeito Eduardo Paes, o início da vacinação ocorreu exatamente por aqueles que têm que ser priorizados, que são os idosos. “É emocionante ver o Nélson Sargento, e saber que ele vai poder continuar vivendo e cantando a sua poesia; é emocionante ver o seu Peru, personagem marcante do ator Orlando Drummond, que encheu de alegria nossas vidas na televisão e no rádio; é uma alegria ver pessoas anônimas que, para suas famílias, seus entes queridos, são tão importantes. Hoje é um dia em que a gente parte para o mais importante, que é vacinar priorizando as pessoas mais velhas”, disse.

Paes acrescentou que a intenção da prefeitura é estender a vacinação a pessoas até 60 anos, o que vai depender do fluxo de recebimento das doses. “Nosso sonho é que ao longo de dois meses, isso vai depender da chegada da vacina, a gente possa vacinar todas as pessoas acima de 60 anos de idade, que é a população mais vulnerável”, afirmou.

O compositor Nélson Sargento se emocionou ao receber a vacina e entoou os primeiros versos da música “Agoniza mas não morre”, composta por ele. O baluarte tem planos para voltar à rotina em futuro próximo. “Estava pensando muito nesse momento e graças a Deus estou aqui. Estou sentindo falta da música. Estou aqui para ser vacinado e poder trabalhar” comentou, destacando que a mulher dele, Evonete Matos, de 71 anos, que o acompanhava ainda ia esperar pela vacina. “Ela quer se vacinar já, mas é uma jovem ainda”, disse sorrindo.

O ator Orlando Drummond, que foi o primeiro a ser vacinado no Palácio da Cidade, considerou a imunização um batismo. “Espero que todos tenham a mesma esperança que eu”, completou.

Entre as outras três pessoas vacinadas ontem, a dona de casa Neiva Gomes Brandão, 95 anos, contou ter ficado desde o início da pandemia, em casa, fazendo crochê. “Sinto falta da praia e de visitar os amigos. Não estava indo a canto nenhum. Estou torcendo para que essa campanha seja um sucesso e que todos possam ser vacinados”, completou.

A dona de casa Dulcinéia Gomes Pedrada, 97 anos, também não estava saindo de casa. “Até meus exames eu fiz em casa. Agora a vida vai melhorar”, disse esperançosa.

Para a costureira Sebastiana Farnezi da Conceição, 98 anos, foi um dia especial. “Minha filha até enrolou meu cabelo pra eu vir tomar a vacina. Tenho certeza de que não vou pegar a doença”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, garantiu que a cidade tem doses suficientes para esta etapa de vacinação. “A gente tem as vacinas aqui no Rio para o início dessa etapa dos idosos”, afirmou, acrescentando que a vacinação simbólica ontem foi um momento muito emocionante para toda a sociedade. “Para quem vai poder vacinar seus avós, seus pais, sua família. Infelizmente, eu não pude. Perdi minha avó por covid-19”.

Para os idosos acamados e que não podem ser deslocados até um local de vacinação, a recomendação é procurar no Onde Ser Atendido a unidade de referência e entrar em contato para informar. A equipe fará o cadastro e passará as orientações sobre a vacinação, que deverá ser feita na residência.

Niterói

Em Niterói, na região metropolitana do Rio, a prefeitura alterou o calendário de vacinação para iniciar hoje também a imunização de idosos com mais de 90 anos. A decisão do Gabinete de Crise foi resultado do limitado número de doses de vacina ainda disponíveis antes da chegada de um novo lote, previsto para a próxima quarta-feira (3).

Conforme o esquema da Secretaria Municipal de Saúde de Niterói doses serão aplicadas em quatro policlínicas da cidade: Barreto, Vital Brazil, Itaipu e São Lourenço. Para a administração municipal, os idosos acima de 90 anos deveriam ter prioridade por causa da vulnerabilidade.

“Esse grupo deveria ser prioritário em relação aos demais profissionais de saúde que não estão na linha de frente e não são do grupo de risco. A vacinação dos profissionais de saúde acima de 60 será retomada assim que novas doses forem entregues pelo Ministério da Saúde à cidade”, informou.

Por: Agência Brasil

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Motorista que devolveu R$ 131 milhões por engano busca direito à recompensa judicial

Antonio Pereira alega danos emocionais e cobra 10% do valor indevido; audiência será realizada em fevereiro

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Antonio Pereira do Nascimento, motorista de Goiás, entrou com uma ação judicial contra o banco Bradesco após receber, por engano, R$ 131 milhões em sua conta. Quando percebeu o erro, o motorista devolveu o valor, mas agora busca uma recompensa de 10% do montante, ou seja, R$ 13 milhões, alegando danos emocionais e financeiros causados pela situação. A audiência está marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025.

O advogado Thiago Perez, que não representa o motorista na ação cível, explicou ao g1 que a questão envolve a interpretação do artigo 1.234 do Código Civil, que garante direito à recompensa a quem devolve algo perdido, levando em consideração o esforço para encontrar o dono. Perez explicou que, embora a devolução seja um dever, o contexto, especialmente em situações digitais, pode influenciar a decisão judicial.

A defesa de Pereira alega que o motorista não apenas devolveu os R$ 131 milhões de forma voluntária e honesta, mas também foi tratado de maneira ríspida pela instituição financeira, sendo pressionado a comparecer à agência para regularizar a transação. Além disso, o advogado destacou que o caso gerou “abalos emocionais e constrangimentos” para Pereira, exacerbados pela exposição midiática.

O banco também enfrentou críticas por cobrar taxas indevidas após o erro. Pereira relatou que a tarifa mensal de sua conta foi aumentada sem justificativa após a devolução do dinheiro, passando de R$ 36 para R$ 70. Perez afirmou que o banco deve restituir essa cobrança indevida em dobro.

A decisão final sobre o direito à recompensa será tomada pelo Judiciário, que avaliará o contexto da devolução e as circunstâncias do caso. A audiência de fevereiro promete definir um importante precedente para o reconhecimento da boa-fé nas situações envolvendo erros financeiros digitais.

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Bebê é encontrado morto em saco de lixo em frente a UPA em Aparecida de Goiânia

Corpo do bebê estava em avançado estado de decomposição e placenta foi encontrada junto ao cadáver; Polícia investiga o caso

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Bebê foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de um saco de lixo, em frente à UPA Brasicon, em Aparecida de Goiânia, no último domingo / Foto: Divulgação

Um bebê foi encontrado morto dentro de um saco de lixo em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, em Aparecida de Goiânia (GO), no domingo (2/2). Moradores que passavam pelo local notaram a sacola plástica e imediatamente acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para confirmar o óbito. Ao chegar no local, a Polícia Científica de Goiás informou que o corpo do bebê já estava em estado avançado de decomposição e que a placenta também foi encontrada junto ao cadáver.

A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios, está conduzindo as investigações para identificar a pessoa responsável por deixar o bebê no local e esclarecer as circunstâncias da morte. O caso segue em apuração.

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Garimpo subterrâneo ilegal na Amazônia é desativado após causar R$ 1 bilhão em destruição

Operação da PF descobre exploração clandestina com trabalho escravo e contaminação ambiental

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Um garimpo ilegal subterrâneo, localizado em Maués, no Amazonas, foi desativado pela Polícia Federal entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro. A operação Mineração Obscura 2 revelou que, além de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, a atividade clandestina provocou danos ambientais estimados em R$ 1 bilhão, incluindo desmatamento e contaminação de lençóis freáticos.

A ação foi conduzida por uma força-tarefa que reuniu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Esta foi a primeira vez que a PF desativou um garimpo subterrâneo no país. Diferente das explorações a céu aberto, mais comuns na região amazônica, esse modelo utilizava minas subterrâneas, tornando a fiscalização ainda mais desafiadora e ampliando os riscos ambientais e trabalhistas.

As investigações tiveram início após denúncias sobre exploração de mão de obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro. A operação foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado atividades criminosas semelhantes na região.

Durante a ação, os agentes confirmaram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a condições mínimas de segurança e direitos básicos. O caso segue sob investigação.

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