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Política

Congresso garante compensação fiscal a emissoras nas eleições

Parlamentares derrubaram o veto do presidente Jair Bolsonaro

Fábio Rodrigues/Agência Brasil

O Congresso Nacional derrubou hoje (8) o veto do presidente Jair Bolsonaro à compensação fiscal para emissoras de rádio e TV em função do retorno da propaganda partidária. Em sessão conjunta, deputados e senadores decidiram retomar a medida extinta em 2017.

Segundo o Palácio do Planalto, o trecho foi vetado porque a compensação às emissoras “ofende a constitucionalidade e o interesse público” por instituir benefício fiscal com consequente renúncia de receita.

O projeto de lei que regula a propaganda partidária no rádio e na TV foi sancionado com vetos em janeiro.

Extinta desde 2017, a propaganda partidária voltará nas eleições deste ano. O instrumento é usado para as legendas divulgarem suas ações e é diferente da propaganda eleitoral, divulgada nos horários gratuitos, em anos de eleições, para apresentar candidatos e suas propostas.

Tratamento de câncer

Congressistas mantiveram o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que garante o fornecimento de tratamento oral domiciliar contra o câncer a pacientes com planos de saúde.

O veto havia sido derrubado pelos senadores, mas foi mantido pelos deputados. Para que fosse rejeitado, precisaria ser derrubado por ambas as Casas. De acordo com deputado Claudio Cajado (PP-BA), a matéria foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro pois a Medida Provisória 1067/21 já amplia os direitos a pacientes com câncer.

“O governo é favorável à proposta e, por isso, enviou a medida provisória que está tramitando. Não tem sentido termos votado a matéria em acordo na Câmara, com o Senado prestes a votar, e analisar o veto que não complementa o que a MP contempla”, disse.

Para o senador Reguffe (Podemos-DF), a medida agilizaria o acesso ao medicamento. A proposta previa que, após a prescrição médica, o remédio deveria ser disponibilizado em até 48 horas. “Existem hoje mais de 50 mil pacientes com câncer que esperam esta votação”, argumentou.

Saúde menstrual

Antes da sessão, parlamentares decidiram retirar de pauta a análise de outros 17 vetos. Entre eles, estava o veto parcial ao programa de proteção e promoção da saúde menstrual (PL 4.968/2019) que gerou críticas dos congressistas.

Para a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), a matéria não deveria ter sido retirada de pauta.

“Se já era grave o veto em si, feito pelo próprio Bolsonaro, em um país em que uma a cada quatro jovens já faltou à escola por estarem menstruadas e sem acesso a higiene menstrual, ‘sentar em cima’ do veto e não deixar que haja a possibilidade de derrubá-lo depois de campanhas e muita mobilização contra o veto, é cruel. Enquanto isso, muitas mulheres seguem sofrendo com a pobreza menstrual”, disse.

Segundo o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), o governo vai se posicionar no momento adequado. A previsão do parlamentar é que o veto seja analisado em sessão no dia 16 de março.

Por meio das redes sociais, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também criticou o adiamento da análise do veto.

“Mais uma vez, lamentavelmente, a base do governo no Congresso Nacional decidiu postergar a apreciação do veto ao PL que garante absorvente às pessoas mais vulneráveis e combate a pobreza menstrual. Novamente o Congresso Nacional se coloca em uma posição vexatória, em favor do atraso!”

Por: Agência Brasil

Política

Servidores públicos federais propõem piso salarial de R$ 6,8 mil em reunião com o MGI

A iniciativa visa estabelecer planos de cargos e carreiras e abordar distorções salariais no setor público.

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Servidores públicos federais / Foto: Reprodução

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef) planeja apresentar uma proposta de criação de um piso salarial para os servidores públicos federais durante uma reunião com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), marcada para 21 de novembro. O objetivo do encontro é discutir a formulação de planos de cargos e carreiras para o setor público.

A demanda por um piso salarial surge em um contexto de insatisfação entre os servidores, especialmente após o governo encerrar mesas de negociação específicas sobre reajustes salariais. Segundo informações do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, a expectativa é de que o aumento salarial impacte em R$ 16,8 bilhões o orçamento do próximo ano.

A proposta da Condsef/Fenadsef é que o piso salarial seja estabelecido em R$ 6.802,88, conforme o cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para julho de 2024. Atualmente, cerca de 28% dos servidores ativos e 42% dos aposentados e pensionistas recebem menos do que esse valor.

Além da criação do piso salarial, os representantes dos servidores também discutirão a necessidade de limitar a diferença entre os menores e maiores salários no serviço público, sugerindo que essa relação não ultrapasse seis vezes. Os tópicos a serem abordados incluem:

  • Estratégias para corrigir distorções salariais;
  • Criação de um piso salarial;
  • Implementação de um teto salarial equivalente ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF);
  • Rejeição de conceitos que possam resultar na exclusão de cargos de nível médio e auxiliar;
  • Fortalecimento de concursos públicos.

Com estas reivindicações, os servidores públicos buscam garantir uma remuneração mais justa e adequada às suas funções, buscando equidade dentro da carreira pública.

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Política

Lula sanciona lei que cria o Dia Nacional da Música Gospel e assiste a coral Cristolândia

O presidente destaca a importância da música religiosa para a transformação social durante evento com autoridades e apresentação do coral Cristolândia

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Foto: Reprodução / Metrópoles

Nesta terça-feira (15/10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei n° 3090/2023, que estabelece o Dia Nacional da Música Gospel, a ser celebrado anualmente em 9 de junho. A data foi escolhida em homenagem ao nascimento de Frida Vingren, missionária sueca e uma das fundadoras da Assembleia de Deus no Brasil. Além de seu trabalho missionário, Vingren foi cantora e compositora, responsável por criar diversos hinos que marcaram a história da música evangélica no país.

Após a sanção do projeto, o presidente assistiu a uma apresentação do coral Cristolândia, uma organização evangélica que trabalha com a recuperação e ressocialização de dependentes químicos. A Cristolândia desenvolve diversos projetos sociais, incluindo a educação musical, que foi destaque durante a apresentação no Palácio do Planalto.

O evento contou com a presença de importantes autoridades, como o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o advogado-geral da União, Jorge Messias, além dos deputados federais Otoni de Paula (MDB-RJ), representando a Frente Parlamentar Evangélica, e Benedita da Silva (PT-RJ).

Durante a cerimônia, o presidente Lula ressaltou a importância da música gospel no cenário cultural e religioso brasileiro, destacando seu papel como ferramenta de inclusão e transformação social. “A música gospel é uma expressão de fé e esperança que toca milhões de brasileiros, especialmente nas camadas mais vulneráveis da sociedade. Com esta data, queremos celebrar essa contribuição e incentivar o trabalho de grupos como a Cristolândia, que transformam vidas por meio da música”, afirmou Lula.

O deputado Otoni de Paula, um dos principais defensores da aprovação do projeto, celebrou a sanção da lei, destacando o impacto positivo da música gospel na vida de muitos brasileiros. “Esta é uma vitória não só para a comunidade evangélica, mas para todos que reconhecem o poder da música como instrumento de cura e transformação”, declarou.

O Dia Nacional da Música Gospel será celebrado a partir de 2024, promovendo eventos e atividades que valorizam o papel da música religiosa no país.

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Política

ONU revela crimes contra a humanidade por parte do governo Maduro em novo relatório

O documento destaca violações de direitos humanos, prisões arbitrárias e a situação alarmante de vulnerabilidade de diversas vítimas na Venezuela

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Foto: Divulgação

A Missão Internacional Independente de Investigação da ONU divulgou, nesta terça-feira (15/10), um relatório alarmante que revela um aumento significativo nas violações de direitos humanos na Venezuela, com foco nas ações repressivas do governo de Nicolás Maduro após as eleições presidenciais de 28 de julho. O documento afirma que o presidente venezuelano cometeu crimes contra a humanidade.

O relatório, uma ampliação de um documento anterior publicado em 20 de setembro, detalha as múltiplas e crescentes violações cometidas por autoridades venezuelanas, forças de segurança e grupos civis armados pró-governo antes, durante e após a controversa eleição. Segundo a missão da ONU, houve uma intensificação da repressão contra aqueles que se opõem ao governo, gerando um ambiente de medo entre a população.

Aumento da Repressão Após as Eleições

Após as eleições de julho, as autoridades venezuelanas intensificaram a repressão de maneira violenta, visando silenciar opositores e críticos. O relatório destaca que a repressão, realizada tanto por agentes estatais quanto por grupos armados que atuam com a conivência do Estado, continua a ser uma tática comum para intimidar a população.

Entre as vítimas desse cenário de violência estão mulheres, crianças e pessoas com deficiência. O documento revela que muitos presos políticos são submetidos a ameaças de tortura para que se auto-incriminem em crimes graves, sem acesso a advogados e sem evidências concretas de suas acusações. Essa situação torna as vítimas particularmente vulneráveis, já que a auto-incriminação pode resultar em penas severas.

A ONU conclui que as graves violações de direitos humanos foram cometidas com intenção discriminatória e configuram perseguição política. O relatório aponta que, desde as eleições, 25 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas, enquanto milhares foram detidas apenas por exercerem seu direito à liberdade de expressão.

A missão da ONU reforçou seu apelo para a libertação imediata de todos os detidos arbitrariamente, exigindo o respeito à integridade física e psicológica dos prisioneiros, além do direito ao devido processo legal. O relatório também destaca a necessidade de proteção especial para os direitos das crianças em meio a essa crise.

As investigações sobre a situação dos direitos humanos na Venezuela, incluindo a atuação de grupos armados conhecidos como “colectivos”, continuarão conforme solicitado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU. A missão da ONU permanece comprometida em documentar e relatar essas graves violações, buscando justiça e proteção para as vítimas.

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