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Brasil

Conheça a história de 1º de abril, Dia da Mentira

Comemorado mundialmente, Dia dos Tolos tem tradição de pegadinhas

Antonio Cruz/Agência Brasil

Histórias, “causos”, balelas, invencionices ou, simplesmente, mentiras. Celebradas no dia de hoje – 1º de abril -, elas foram contadas durante toda a história da humanidade. Em excesso, podem indicar transtornos psicológicos graves, além de trazer sérias consequências para quem conta. Mas hoje, Dia da Mentira, Dia dos Tolos ou Dia dos Bobos, elas são aceitas e até celebradas.

A tradição de 1º de abril remonta à instituição do Calendário Gregoriano, que substituiu o Calendário Juliano por determinação do Concílio de Trento (conselho ecumênico da Igreja Católica). O Calendário Gregoriano divide o ano em quatro estações distribuídas ao longo de 12 meses, ou 365 dias, de acordo com o movimento da Terra em relação ao Sol e estabelece o primeiro dia do ano em 1º de janeiro.

Com a instituição do novo calendário pelo papa Gregório IX, em 1582, historiadores contam que parte da população francesa se revoltou contra a medida e se recusou a adotar o 1º de janeiro como início do ano. Zombados pelo resto da população, os resistentes às mudanças eram convidados para festas e comemorações inexistentes no 1º de abril. Nascia assim a tradição de zombaria e de pregação de peças.

Há também relatos históricos que relacionam a data ao festival de Hilária – uma festa romana no período anterior ao nascimento de Cristo – que celebrava o equinócio de março em honra à deusa Cibele, a “Mãe dos Deuses”, uma divindade que reunia aspectos das deusas gregas Gaia, Reia e Deméter.

No Brasil, a tradição foi introduzida em 1828, com o noticiário impresso mineiro “A Mentira”, que trazia em sua primeira edição a morte de Dom Pedro I na capa e foi publicado justamente em 1º de abril.

Mentiras históricas

Mas não são apenas as pessoas que contam mentiras no 1º de abril. Empresas entenderam o potencial de marketing e a oportunidade de engajamento das “pegadinhas” para aumentar a visibilidade no mercado e passaram, desde o século passado, a participar da celebração.

Entre os mais conhecidos exemplos está a emissora pública britânica BBC, que tradicionalmente prega peças no público desde a década de 30. Em uma das memoráveis brincadeiras, a BBC afirmou que o governo do Reino Unido trocaria o mecanismo de ponteiros do Big Ben – o relógio mais famoso do mundo e símbolo nacional – por um mostrador digital. A mentira, veiculada em 1980, ainda prometeu que a primeira pessoa a ligar para a rádio ganharia os antigos ponteiros do grande relógio como lembrança.

A ação gerou milhares de ligações e cartas e acabou causando problemas à emissora, que teve que explicar a manobra durante a programação nas semanas seguintes.

Nos Estados Unidos, em 1992, a National Public Radio (NPR), também uma emissora pública de comunicação, veiculou entrevista do comediante Rich Little em que ele se passava pelo ex-presidente Richard Nixon.

No quadro, chamado “Conversa da Nação”, o personagem afirmava categoricamente que se candidataria novamente à Presidência naquele ano. O problema é que Nixon, figura política controversa, havia renunciado durante processo de impeachment em 1974 pelo envolvimento no escândalo de Watergate, o que gerou revolta nos ouvintes. 

A emissora ficou com todas as linhas telefônicas congestionadas até que, em determinado momento, foi anunciada a pegadinha do Dia dos Tolos.

A Amazon, a maior loja online do mundo, também celebra o Dia da Mentira com brincadeiras que, muitas vezes, confundem os usuários. Em 2015, a Amazon reverteu sua página principal para a versão de 1999 – época em que a internet ainda era rudimentar. Até descobrirem a brincadeira, os usuários deveriam passar pela experiência de “túnel do tempo” na navegação do site. 

Mentiroso moderno

Apesar da permissão lúdica no dia 1º de abril, a mentira pode se tornar hábito e degradar relações sociais. Em tempos de ampla difusão de conteúdos na internet, uma mentira pode ser considerada até mesmo fake news – notícias falsas ou com dados manipulados deliberadamente para enganar ou enviesar as conclusões do leitor – e ser punida legalmente.

Para o psiquiatra Ilton Castro, existem diferentes níveis de mentira: há aquelas que suavizam realidades e as que são usadas para usufruir benefícios em detrimento de outras pessoas. Há também a condição psicológica conhecida como mitomania, definida pelo uso compulsivo de mentiras.

“No jogo social, é normal mentir ou omitir alguma coisa, mas existem casos considerados sérios. A mentira aparece como um hábito. O mitomaníaco mente e acredita no que diz. A fantasia vira realidade e ganha enredos intermináveis. A mentira cresce”, explicou o psiquiatra.

O uso exacerbado de mentiras pode indicar transtorno de personalidade e fragilidades psicológicas que necessitam ser trabalhadas, acrescentou.

Por: Agência Brasil

Brasil

Morre Peter Rodenbeck, responsável por trazer Mcdonald’s, Outback e Starbucks ao Brasil

Seu legado impactou significativamente o setor de alimentação no país, onde atuou por mais de quatro décadas

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Peter Rodenbeck, empresário responsável por trazer marcas icônicas para o Brasil

Morreu na tarde desta sexta-feira (18) o empresário Peter Rodenbeck, responsável por trazer marcas icônicas como McDonald’s, Outback Steakhouse e Starbucks para o Brasil. Ele tinha 85 anos e faleceu em decorrência de um câncer, conforme confirmado pela Bloomin’ Brands, empresa na qual atuava como membro do conselho.

Natural do estado de Michigan, nos Estados Unidos, Rodenbeck graduou-se em administração bancária, finanças e contabilidade pela New York University, além de ter completado estudos em administração de saúde e tecnologia de informações pela Harvard Extension School.

Sua trajetória no Brasil começou em 1979, quando introduziu o McDonald’s no país, onde atuou por quase duas décadas, tornando-se um brasileiro naturalizado. Em 1996, em parceria com Salim Maroun e Giancarlo Zanolini, Rodenbeck trouxe o Outback Steakhouse para o Brasil. Desde então, a rede de restaurantes de temática australiana se expandiu consideravelmente, contando atualmente com 173 unidades em todo o país.

Peter Rodenbeck também ocupava uma posição como conselheiro da Bloomin’ Brands, grupo detentor de várias marcas, incluindo Outback Steakhouse, Abbraccio e Aussie.

A Bloomin’ Brands expressou suas condolências em nota, afirmando que “seu legado viverá em cada uma das marcas que ajudou a implantar e no impacto que causou no setor de alimentação no Brasil. A companhia está neste momento solidária e prestando todo o suporte à família”.

A contribuição de Rodenbeck ao setor alimentício brasileiro será lembrada por muitos, refletindo sua visão empreendedora e seu compromisso com o mercado nacional.

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Economia

Black Friday sob suspeita: 43,5% dos consumidores duvidam das promoções

Apesar do ceticismo, plataformas online ainda são as preferidas para compras

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Foto: Divulgação

A Black Friday, um dos eventos de compras mais esperados do ano, enfrenta um crescente ceticismo por parte dos consumidores. De acordo com uma pesquisa realizada pela Wake, consultoria digital especializada em varejo e indústria, 43,5% dos brasileiros não acreditam que as promoções anunciadas durante a Black Friday sejam realmente novas, considerando-as apenas repetições de ofertas dos meses anteriores.

Desconfiança em Números

O estudo revelou que 34,8% dos consumidores sentem que as ofertas não são vantajosas, enquanto 20% expressam desconfiança em relação à veracidade dos preços apresentados durante as promoções. Essa falta de confiança pode impactar as vendas, já que os consumidores se mostram mais cautelosos em relação às compras.

Preferências de Compra

Apesar desse ceticismo, o comércio eletrônico continua a ser o canal de vendas mais popular. A pesquisa indica que 58,2% dos consumidores planejam realizar suas compras online, seguidos por 47,8% que pretendem utilizar marketplaces e 44,3% que optam por aplicativos. As lojas físicas, embora ainda relevantes, são a escolha preferida de quase 30% dos consumidores.

Incentivos para Comprar

Os principais fatores que podem incentivar os consumidores a aproveitar as promoções da Black Friday incluem a oferta de cupons e a possibilidade de cashback. A pesquisa aponta que 43,4% dos entrevistados consideram esses aspectos como decisivos para a realização de suas compras. Esses incentivos podem ser cruciais para atrair clientes em um cenário de desconfiança generalizada.

O Impacto do Ceticismo

O aumento da desconfiança em relação às promoções da Black Friday pode resultar em uma mudança nas estratégias de marketing adotadas por varejistas e plataformas de e-commerce. É fundamental que as empresas trabalhem para aumentar a transparência e a credibilidade de suas ofertas, a fim de reconquistar a confiança dos consumidores.

Em resumo, a pesquisa da Wake revela um cenário desafiador para a Black Friday deste ano, com uma parcela significativa dos consumidores duvidando da autenticidade das promoções. Em um ambiente de desconfiança, as plataformas online ainda se destacam como preferidas, mas será necessário um esforço conjunto para reverter essa tendência e garantir uma experiência de compra mais positiva para todos.

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Saúde

Mulher descobre condição rara de dois úteros após seis anos tentando engravidar

O diagnóstico ocorreu após a identificação de uma massa que parecia um tumor, mas que na verdade era o segundo útero

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Kelsi Baldwin, de 33 anos, descobre que tem útero didelfo, uma condição rara que resulta na formação de dois úteros

Após uma longa jornada de seis anos tentando engravidar, Kelsi Baldwin, de 33 anos, finalmente obteve respostas sobre sua condição de saúde. Em 2023, após procurar ajuda médica, ela foi diagnosticada com útero didelfo, uma má-formação rara que resulta na presença de dois úteros e pode afetar a fertilidade feminina.

A descoberta veio após Kelsi se submeter a exames médicos que inicialmente levantaram preocupações sobre a possibilidade de um tumor do tamanho de uma bola de basquete. Essa massa, que parecia ser um câncer, foi, na verdade, um segundo útero. O diagnóstico de útero didelfo, embora raro, trouxe à luz as dificuldades que Kelsi enfrentava em sua busca por engravidar.

“Foi um choque. No início, fiquei muito envergonhada e não queria contar a ninguém. Me sentia sozinha, porque não consegui encontrar muitas pessoas como eu e havia pouca informação na internet”, compartilhou Kelsi, refletindo sobre a dificuldade de lidar com a condição.

O útero didelfo se forma quando os dois ductos que normalmente se fundem para criar um útero único não se juntam durante o desenvolvimento embrionário. Isso resulta em dois úteros separados, cada um com seu próprio colo. Essa condição pode dificultar a fertilização e a implantação do embrião, além de causar menstruações intensas, como Kelsi experimentou ao longo dos anos. Ela também enfrentou dois abortos espontâneos e tentou diversos tratamentos de fertilidade, como a inseminação intrauterina, todos sem sucesso.

Com a nova compreensão de sua condição, Kelsi e seu marido, Matt, estão agora se concentrando na fertilização in vitro (FIV). O procedimento permitirá que os médicos transfiram embriões diretamente para o útero maior, aumentando as chances de uma gravidez bem-sucedida. Além disso, Kelsi terá que realizar exames preventivos regulares para monitorar a saúde de ambos os colos dos úteros e reduzir o risco de câncer.

Ao compartilhar sua história, Kelsi espera oferecer suporte e encorajamento a outras mulheres que possam enfrentar desafios semelhantes. “É importante para mim compartilhar minha experiência para que outras pessoas não se sintam tão sozinhas. Quero que exista o máximo de recursos e informações disponíveis para quem foi diagnosticado com essa condição e está lutando contra ela ou com dificuldades para engravidar”, afirmou em entrevista ao Daily Mail.

O relato de Kelsi não apenas lança luz sobre uma condição rara, mas também sublinha a importância de buscar ajuda médica e a necessidade de uma rede de apoio para aqueles que enfrentam lutas semelhantes.

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