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Brasil

Covid-19 já é endemia, diz secretário de Saúde do Rio

Cidade aboliu ações restritivas como uso de máscaras

Tomaz Silva/Agência Brasil

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse hoje (11) que a covid-19 já pode ser considerada uma endemia e que é improvável pensar que ela será erradicada. A cidade aboliu praticamente todas as medidas restritivas de prevenção à doença, inclusive o uso de máscaras em locais  fechados, e mantém apenas a exigência de passaporte vacinal para o acesso a ambientes fechados. 

“A gente já pode considerar a pandemia de covid-19 como uma endemia, uma doença que vai estar presente ao longo do tempo”, disse Soranz, em entrevista à Agência Brasil e à Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

O secretário esteve na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no Rio de Janeiro, para participar do telejornal Repórter Rio, da TV Brasil, e comentou a decisão tomada nesta semana que desobrigou o uso de máscaras em todos os locais fechados da cidade. 

“A pandemia, agora, já virou uma endemia. Ela se mantém ao longo de um tempo muito grande. Se não aparecer nenhuma nova variante, como aconteceu com a variante Ômicron, a gente vai ter um cenário de muito mais normalidade nos próximos dias”, disse ao Repórter Rio.

A pandemia de covid-19 foi declarada pela Organização Mundial da Saúde há dois anos, em 11 março de 2020, e especialistas explicam que, apesar de governos locais poderem retirar as medidas restritivas, somente a organização pode declarar o fim da pandemia.

Dose de reforço

Apesar da expectativa positiva em relação ao cenário epidemiológico, o secretário fez um apelo para que os 670 mil cariocas que estão com a dose de reforço atrasada busquem os postos para completar o esquema vacinal. 

“O que a gente sabe hoje é que as pessoas vacinadas têm um risco muito pequeno de adoecer gravemente e ir a óbito, mas é importante que elas saibam que a proteção vacinal não dura para sempre, ela dura determinado tempo. Quem fez a sua segunda dose com ao menos quatro meses precisa fazer a dose de reforço, ela é essencial para essa proteção”, explicou. “A gente viu que a dose de reforço protege muito, tem uma capacidade de proteção muito superior à segunda dose. Fica nosso apelo aos cariocas”. 

Soranz afirmou, ainda, que o Rio chegou a uma taxa de positividade de apenas 1,4% nos testes de covid-19, o que significa que há uma média de menos de dois testes positivos em cada 100 realizados. Além disso, a cidade está com uma taxa de transmissão de 0,31, o que indica que 100 casos de covid-19 transmitem a doença para apenas 31, causando uma redução no número de infectados. 

Mesmo assim, a preocupação da prefeitura é com as pessoas que não completaram o esquema vacinal ou não se vacinaram. A exigência do passaporte vacinal só deve ser suspensa quando a cidade atingir 70% da população adulta com a dose de reforço. Atualmente, o percentual está em 55%. 

“[Algumas pessoas] estão adoecendo gravemente e muitas delas demandando serviços hospitalares. Então, a gente precisa muito que elas continuem a se vacinar, acreditem na vacina e continuem a proteger suas vidas e as vidas das pessoas que as cercam”, afirmou. 

Aglomerações no carnaval

Como o cenário de queda nos casos se manteve mesmo com as aglomerações registradas no carnaval, o secretário de Saúde espera que os desfiles na Marquês de Sapucaí, marcados para abril, aconteçam sem problemas.

“O carnaval não foi um problema na data original, mesmo com as aglomerações, e a gente espera que o carnaval na Sapucaí aconteça normalmente, que as pessoas possam voltar a ser felizes, estar juntas e voltar um pouco o jeito carioca de ser”, disse ele. “Com esse cenário epidemiológico favorável, a gente tem muita segurança de que dá para fazer [o carnaval], desde que os cariocas continuem a se vacinar e a tomar a dose de reforço”, acentuou.

Apesar de praticamente todas as medidas restritivas terem sido suspensas na cidade, Daniel Soranz  pondera que elas podem voltar caso alguma nova variante mude o cenário epidemiológico. Ele destacou que ainda não há evidências de que um aumento de casos poderia ser causado pela variante Deltacron, detectada no exterior, e chamou a atenção dos pesquisadores porque ela combina características das variantes Delta e Ômicron. 

“Temos sempre que estar acompanhando qualquer mudança de cenário no Brasil e no mundo, e, se necessário, mudar as medidas restritivas. Mas, nesse momento, a gente tem um cenário muito positivo, de queda permanente”, finalizou.

Por: Agência Brasil

Tecnologia

WhatsApp lança ferramenta que converte áudios em textos: veja como ativar

O WhatsApp lançou uma nova função que converte áudios em textos, ajudando usuários a economizarem tempo. Saiba como ativar o recurso e transcrever suas mensagens de voz

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A partir desta quinta-feira (21), o WhatsApp começou a liberar um novo recurso que transforma mensagens de áudio em texto. A funcionalidade promete ajudar os usuários a economizar tempo, permitindo que leiam o conteúdo de uma gravação em vez de ouvi-la, algo especialmente útil em ambientes ruidosos ou em situações onde o áudio não pode ser reproduzido.

O recurso pode ser ativado nas configurações do aplicativo e aplicado a mensagens específicas. Ele garante praticidade ao oferecer uma alternativa rápida para acessar o conteúdo dos áudios, sem comprometer a privacidade, já que as transcrições ficam armazenadas no dispositivo e são protegidas por criptografia de ponta a ponta, segundo o WhatsApp.

Como ativar o recurso de transcrição de áudio no WhatsApp

  1. Acesse as “Configurações” do WhatsApp.
  2. Selecione a opção “Conversas”.
  3. Ative “Transcrição de mensagens de voz”.
  4. Escolha o idioma desejado.

Com o recurso configurado, basta pressionar uma mensagem de áudio e selecionar “Transcrever” para acessar a versão em texto.

Disponibilidade e suporte a idiomas

A atualização será lançada gradualmente e estará disponível para todos os usuários nas próximas semanas. Inicialmente, apenas alguns idiomas serão suportados, mas o WhatsApp planeja expandir o suporte nos meses seguintes.

Alternativas para quem ainda não recebeu a novidade

Enquanto o recurso não está disponível para todos, aplicativos de terceiros podem ser utilizados para transcrever mensagens de áudio. Entre eles estão:

  • ViraTexto: Transcreve áudios em português de até 4 minutos. Disponível pelo número (31) 97228-0540.
  • LuzIA: Usa inteligência artificial para transcrever mensagens de até 10 minutos. Disponível no número (11) 97255-3036.
  • Zapia: Oferece transcrição sem limite de tempo, embora áudios maiores possam demorar mais para serem processados. Número: (11) 3230-2407.

Essas ferramentas podem ser úteis enquanto o novo recurso do WhatsApp não está acessível para todos.

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Política

Bolsonaro e aliados são indiciados por tentativa de golpe: veja o papel de cada um

Relatório da PF detalha núcleos organizados para plano antidemocrático

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Bolsonaro e aliados

Além de Jair Bolsonaro, a Polícia Federal indiciou ex-ministros, assessores e políticos ligados ao ex-presidente por suspeita de tentativa de golpe de Estado. O grupo teria se dividido em seis núcleos, como “Desinformação”, “Jurídico” e “Inteligência Paralela”.

Quem são os indiciados e seus papéis

Jair Bolsonaro
Segundo a PF, Bolsonaro participou da elaboração e tentativa de execução do golpe, incluindo a análise de um decreto para intervenção no TSE. A defesa nega envolvimento.

Walter Braga Netto
O ex-ministro é acusado de incitar membros das Forças Armadas a aderirem ao golpe. Ele nega as acusações, chamando-as de “invenção”.

Augusto Heleno
Teria sugerido ações contra instituições e infiltrado agentes da Abin em campanhas eleitorais. Não se manifestou.

Anderson Torres
Acusado de guardar a minuta de decreto golpista encontrada em sua casa e de coordenar ações com outros investigados. Ele alega que o documento seria descartado.

Valdemar Costa Neto
Suspeito de usar a estrutura do PL para ataques às urnas. Foi preso por posse ilegal de arma e usurpação de bens.

Filipe Martins
Ex-assessor, teria levado minutas golpistas a Bolsonaro e viajado para Orlando de forma irregular para evitar a aplicação da lei penal.

Almir Garnier
Ex-comandante da Marinha, teria apoiado o plano golpista e incentivado ações para consumar o golpe.

Tércio Arnaud e Marcelo Costa Câmara
Ex-assessores de Bolsonaro, atuaram no “gabinete do ódio” e no monitoramento ilegal de adversários.

Outros indiciados incluem militares e integrantes de núcleos logísticos do plano, como Bernardo Correa Netto e Ronald Ferreira Junior.

Próximos passos

O caso será analisado pelo STF, sob relatoria de Alexandre de Moraes. As penas podem ultrapassar 30 anos para os crimes apontados.

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Brasil

Jovem simula sequestro para pagar dívida de R$ 35 mil em apostas e é presa no Rio

Outro caso semelhante também foi registrado pela polícia

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A Polícia Civil prendeu uma jovem de 23 anos suspeita de simular o próprio sequestro para extorquir familiares e amigos. O caso foi investigado pela Delegacia Antissequestro (DAS), que descobriu que a jovem havia criado a farsa para conseguir dinheiro e quitar dívidas de apostas.

Segundo as autoridades, a jovem enviou mensagens ao pai, parentes e amigos na última terça-feira, simulando o sequestro. Ela chegou a gravar um vídeo em um suposto cativeiro, pedindo R$ 50 mil como resgate. Preocupado, o pai procurou a DAS, que iniciou as investigações e localizou a jovem no centro do Rio no mesmo dia. Ela foi presa em flagrante.

Em depoimento, a jovem confessou que era viciada em jogos de aposta e havia contraído uma dívida de R$ 35 mil com agiotas. Após perder o dinheiro emprestado, decidiu forjar o sequestro para obter a quantia necessária para quitar os débitos.

Segundo caso no mesmo dia

Ainda na terça-feira, a DAS prendeu um homem em São Gonçalo que também forjou o próprio sequestro. Ele havia alugado uma motocicleta e alegou ao dono do veículo que estava sendo mantido em cativeiro por traficantes do Complexo do Alemão. Durante as investigações, a polícia descobriu que a história era falsa e prendeu o homem, que exigia R$ 2 mil de resgate.

Penalidades e investigações

William de Medeiros Pena, delegado titular da DAS, explicou que os suspeitos responderão por extorsão na modalidade de falso sequestro, cuja pena varia de 4 a 10 anos de prisão. Ele destacou que, se a vítima da extorsão for idosa, a pena pode ser aumentada.

— Todos os casos de sequestro forjado foram resolvidos pela DAS, e os envolvidos foram presos em flagrante — afirmou o delegado.

A polícia segue investigando outros possíveis envolvidos nos dois casos e alerta para os perigos e penalidades de práticas como essa.

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