Fazer mestrado fora do Brasil pode ser o sonho de muitos acadêmicos. Com grande esforço, a brasileira Ana Carla, de 30 anos, está prestes a tornar esse sonho em realidade. Nascida em Brasília, a acadêmica foi aprovada em seis universidades nos Estados Unidos e na Europa, para fazer mestrado em Estudos do Desenvolvimento e Políticas Públicas.
Das várias opções, Ana Carla revela que sua primeira escolha é o concorrido Graduate Institute of International and Development Studies (IHEID).
“Dentre as 6 universidades em que fui aprovada, escolhi como primeira opção o Mestrado em Estudos do Desenvolvimento no renomado Graduate Institute of International and Development Studies (IHEID), em Genebra, Suíça, cidade onde está a sede europeia das Nações Unidas e suas diversas agências”.
Apesar de ter obtido êxito nas aprovações, a universitária não possui condições financeiras de arcar com as despesas para fazer o mestrado no exterior. Atualmente, Ana mora em Salvador e está vendendo livros, roupas, rifas, ministrando aulas de inglês e fazendo uma vaquinha na internet para tentar arrecadar o valor da sua pós-graduação. Segundo Ana Carla, até o momento, já foram arrecadados 13,2 mil francos suíços, o que equivale aproximadamente a R$ 74,5 mil reais no câmbio a 5,6432 atualizado em 26 de maio de 2020. Todo dinheiro arrecadado até agora pela a universitária, corresponde a 47,2% do valor total necessário para a pós na Europa.
“Infelizmente, a desvalorização do Real frente ao Franco Suíço faz com que os custos sejam muito elevados. Ainda faltam cerca de R$ 95 mil. Por isso, decidi criar uma vaquinha virtual”, informa Ana.
Para ajudar Ana Carla a realizar este sonho, os interessados podem fazer doações por meio da campanha criada na plataforma Catarse ou contribuir com as ações desenvolvidas pela universitária. O montante total corresponde a passagens, visto, custos com moradia, alimentação, saúde e transporte para os primeiros 12 meses no país. Confira a tabela abaixo.
Conheça a história de Ana Carla contada por ela mesma e a ajude a dar mais esse passo rumo à transformação por meio da educação
“Olá! Eu sou Ana Carla, e a minha trajetória foi completamente transformada pela educação. Eu nasci em Brasília e, aos 2 anos, após a separação dos meus pais, me mudei com a minha mãe para Cajazeiras, um bairro da periferia de Salvador.
Apesar da ausência paterna, fui criada em um lar repleto de amor, apoio e inspiração. A minha mãe, Ana Cristina, só conseguiu terminar o segundo grau aos 32 anos e, apesar da nossa vida simples, priorizou acima de tudo a educação. Fez o que podia e o que não podia para que eu tivesse acesso a algumas das melhores escolas da cidade, incluindo os Colégios Diplomata e Villa Lobos, e com isso passamos por muitas limitações e dificuldades.
Assim, eu vivia entre dois mundos – estudava em uma escola particular de excelência e convivia com os meus vizinhos na periferia, que sequer tinham acesso a serviços básicos. Eu aprendi da forma mais difícil que não apenas os meus vizinhos, mas 7 em cada 10 brasileiros não puderam ter as mesmas oportunidades educacionais que eu tive.
Essa triste desigualdade me fez perceber desde o início que eu tinha a missão e a responsabilidade de ser uma agente de mudança na minha comunidade, no meu país e no mundo.
Em 2009, comecei a graduação em Relações Internacionais na UNIJORGE e decidi seguir a carreira na área de políticas públicas, para trabalhar ajudando a reduzir a pobreza e a desigualdade que eu via diariamente.
No período da faculdade, trabalhei em vários lugares, vendi capas de celular, fiz tradução e interpretação simultânea, dei aulas de inglês e conquistei 2 intercâmbios, além de ajudar a minha mãe a pagar a faculdade. Fiz também vários trabalhos voluntários e participei do grupo de iniciação científica.
Estagiei ainda na área internacional na Prefeitura de Salvador. Após formada, em 2013, fui convidada para trabalhar em uma empresa de consultoria referência na cidade, onde atuei em um projeto para avaliar os impactos da Copa do Mundo na Bahia. Foi de 2015 a 2019, que realizei um grande sonho: trabalhar no Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), onde eu coordenei uma iniciativa incrível e apaixonante que apoia municípios a garantirem direitos e a reduzirem desigualdades de crianças e adolescentes no semiárido.
Foram anos muito recompensadores, mas eu percebi que era preciso ir muito além. Assim começou um longo processo para realizar o sonho de um mestrado internacional. Após muita dedicação e mais uma vez com a ajuda de muitas pessoas, fui aprovada em 6 universidades de excelência nos Estados Unidos e Europa que figuram entre as melhores do mundo! Hoje conquisto mais uma oportunidade e um sonho que nunca imaginei alcançar: o de estudar em uma das melhores instituições do mundo, o Graduate Institute of International and Development Studies (IHEID), na Suíça.
Infelizmente, apesar de ter me dedicado e juntado dinheiro por muito tempo, não tenho condições de financiar integralmente o meu sonho. Por isso, peço o seu apoio para juntos fazermos com que esse projeto se transforme realidade”. (O texto apresentado acima é de autoria de Ana Carla e está disponível no site Catarse, plataforma utilizada para arrecadar doações)
Mais de 15% da população indígena do Brasil é analfabeta, aponta Censo 2022 do IBGE / Foto: Divulgação
De acordo com os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta sexta-feira (4), mais de 255 mil indígenas brasileiros são analfabetos, representando 15,05% da população indígena total no país. Este percentual revela uma situação preocupante, especialmente ao se considerar que a taxa de analfabetismo entre os indígenas é mais que o dobro da média da população brasileira, que foi de 7% em 2022.
O levantamento mostrou que, no total, 1.694.836 pessoas se identificavam como indígenas no Brasil em 2022. O analfabetismo foi definido pelo IBGE como a incapacidade de ler ou escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que o indivíduo conhece.
Quando o foco é exclusivamente a população residente em Terras Indígenas, a situação é ainda mais alarmante: a taxa de analfabetismo sobe para 20,8%. Apesar desse panorama desafiador, os dados também indicam um crescimento na taxa de alfabetização entre os indígenas desde a pesquisa anterior, realizada em 2010. A taxa de analfabetismo entre essa população diminuiu de 23,4% para 15,05% em um período de 12 anos. Nas Terras Indígenas, o índice passou de 32,3% para 20,8%.
A pesquisa revela ainda que a proporção de analfabetismo é mais alta entre os mais velhos e entre as mulheres. Em 2022, 42,88% dos indígenas com 65 anos ou mais foram considerados analfabetos, enquanto a taxa para aqueles entre 60 e 64 anos foi de 29,21%. A menor taxa de analfabetismo, por sua vez, foi registrada entre os jovens de 18 a 19 anos, com apenas 5,5% não alfabetizados.
Em termos de gênero, 14,32% dos homens indígenas não sabiam ler ou escrever, enquanto o percentual entre as mulheres indígenas é um pouco maior, chegando a 15,74%. Esses dados ressaltam a necessidade de políticas públicas voltadas para a educação e inclusão da população indígena no Brasil, visando a redução do analfabetismo e a promoção da equidade social.
Hoje, sexta-feira (16), encerra-se o prazo de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. O exame será realizado nos dias 5 e 12 de novembro. Os interessados em participar ainda têm a oportunidade de se cadastrar na Página do Participante. É importante ressaltar que a taxa de inscrição no valor de R$ 85 deve ser paga até o dia 21 de junho.
O edital contendo o cronograma e as diretrizes para o Enem 2023 foi divulgado no início deste mês. Além de fornecer informações sobre as datas e horários das provas, o documento detalha os documentos necessários e as obrigações dos participantes, incluindo as situações em que um candidato pode ser eliminado.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) também incluiu no edital critérios para a correção das provas e procedimentos para pessoas que necessitam de cuidados especiais durante a realização do exame.
Os gabaritos das provas objetivas serão disponibilizados no dia 24 de novembro, no portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados em 16 de janeiro de 2024, também no mesmo site.
A partir desta segunda-feira (5), os estudantes interessados em participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão realizar suas inscrições. O certame está programado para ocorrer nos dias 5 e 12 de novembro, e o prazo para se cadastrar na Página do Participante se estenderá até o dia 16 de junho. É importante ressaltar que a taxa de inscrição é de R$ 85 e deve ser quitada até o dia 21 de junho.
O edital do Enem 2023, contendo o cronograma completo e as regras para a realização do exame, foi divulgado no início deste mês. Além de apresentar as datas e horários das provas, o documento detalha os documentos necessários para a inscrição e as responsabilidades do participante, incluindo as circunstâncias que podem levar à sua eliminação.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) também incluiu no edital critérios para a correção das provas e procedimentos especiais para candidatos que necessitam de cuidados especiais durante o concurso.
Os gabaritos das provas objetivas serão disponibilizados no dia 24 de novembro no portal do Inep. Já os resultados individuais estão previstos para serem divulgados no dia 16 de janeiro de 2024, também no mesmo site.
Com a abertura das inscrições, é essencial que os estudantes se preparem adequadamente para esse importante desafio educacional, que pode abrir portas para o ingresso no ensino superior. Fiquem atentos aos prazos e boa sorte a todos os participantes do Enem 2023!