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Brasil

Distanciamento continua fundamental, mesmo com vacinação, diz Opas

Caminho até a imunização massiva ainda é longo, alerta especialista

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

No momento em que a vacinação começa nas Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou hoje (19) que ainda haverá um longo caminho até a imunização massiva e, enquanto isso não ocorrer, é fundamental manter as medidas de distanciamento social e de prevenção ao novo coronavírus.

Sete países das Américas já iniciaram seus programas de vacinação: Brasil, Canadá, Estados Unidos, México, Argentina, Chile e Costa Rica. Diante desse contexto, a diretora da Opas, Carissa Etienne, fez um chamado aos governantes da região para não “baixar a guarda” neste momento e salvar vidas.

“As vacinas vão ajudar a salvar vidas. Estamos cientes de que ainda não há doses para atingir o impacto da transmissão [do vírus] no curto prazo. As doses disponíveis são poucas. E esses fatores mostram a necessidade de intensificar as ações do sistema de saúde para limitar a exposição ao vírus. Distanciamento social, evitar aglomeração e lavagem das mãos são nossas melhores esperanças”, disse Carissa, em entrevista coletiva.

De acordo com Carissa, a situação de acesso limitado à vacina deve durar algumas semanas ou meses, mas, ao mesmo tempo em que países já estão começando, é importante manter todas as medidas de proteção. “Para este ano, vamos ter que manter medidas para limitar transmissão intensa”, completou o brasileiro Jarbas Barbosa, diretor assistente da Opas.

Distribuição

As Américas têm cerca de 1 bilhão de pessoas que devem ser protegidas da pandemia. A estimativa é que a região receba, até o início de março, cerca de 20 milhões de doses de vacinas. Para abril, são esperadas mais 35 milhões e, para maio, mais 45 milhões. Todas as nações da região estão no consórcio Covax Facility, articulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A preocupação da Opas, assim como da OMS, é assegurar que a distribuição ocorra para todos os que querem ser vacinados e que se dê de forma equitativa entre as nações, não favorecendo as mais ricas, nem deixando de contemplar as menos desenvolvidas.

Carissa Etienne afirmou que o mecanismo Covax Facility é o caminho mais adequado para a compra de vacinas. Até o momento, o consórcio tem previsão de 2 bilhões de doses e continua negociando com as farmacêuticas que atuam no desenvolvimento de imunizantes, como Astrazeneca e Pfizer.

Diante do envio das vacinas, os representantes da Opas que participaram da entrevista coletiva ressaltaram a necessidade de os países se prepararem adequadamente, o que passa pela elaboração e pelo lançamento dos planos nacionais.

A Opas disponibilizou para os governos documentos para orientá-los na formulação e no monitoramento desses instrumentos. Entre os pontos, destacam-se a definição dos públicos prioritários, a organização da logística de armazenamento, distribuição e aplicação.

Até o momento, 18 países já compartilharam seus planos com a organização. Carissa Etienne ressaltou que ainda há dificuldades em algumas nações das Américas com a preparação para o início dos planos de imunização.

“A maioria dos países não está pronta para começar a vacinar. Os países não deveriam apressar campanhas: estar prontos é mais importante do que ser rápidos. É tempo de os países agirem para estar prontos para distribuir as doses e vacinar as pessoas”, afirmou a diretora da Opas.

Por: Agência Brasil

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Brasil

Polícia investiga desaparecimento do maior castelo inflável da América Latina

A polícia investiga o sumiço de um castelo inflável de 700 m², considerado o maior da América Latina, que desapareceu durante o transporte em Mogi Guaçu, São Paulo

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Maior castelo da América Latina / Foto: Divulgação

Um castelo inflável gigante, considerado o maior da América Latina, desapareceu após ser transportado por um caminhão de frete. O caso ocorreu em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, e está sendo investigado pela Polícia Civil.

Com 700 metros quadrados e um circuito interno de atividades, o brinquedo estava instalado no estacionamento do Buriti Shopping e seria enviado para uma exposição no Rio de Janeiro. O transporte foi realizado na última segunda-feira (18/11), mas o castelo nunca chegou ao destino.

Gil Fagundes Pueri, proprietário do parque inflável, relatou que contratou o serviço de frete por meio de um aplicativo. O brinquedo foi carregado em um caminhão Scania 112 branco, com placa e características que, inicialmente, pareciam ser da empresa contratada. No entanto, descobriu-se que a placa era clonada e que o transporte foi realizado por golpistas.

O caminhão foi visto seguindo em direção aos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. Pueri está oferecendo uma recompensa por informações que ajudem a localizar o brinquedo.

O caso foi registrado como furto na Delegacia Seccional de Mogi Guaçu. As autoridades seguem em busca de pistas para localizar o castelo inflável.

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Saúde

Células de gordura têm “memória” e podem explicar o efeito sanfona, aponta estudo

Estudo revela que o “efeito sanfona”, que causa o reganho de peso após dietas, pode ser influenciado por mudanças epigenéticas nas células de gordura

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Foto: Divulgação

A recuperação do peso após um processo de emagrecimento é uma realidade para muitos, e o fenômeno conhecido como “efeito sanfona” pode ser explicado por uma descoberta recente. Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurique), na Suíça, identificaram que o DNA das células de gordura pode ter “memória”, o que facilita a recuperação do peso após um período de emagrecimento.

O estudo, publicado na revista científica Nature, sugere que mudanças epigenéticas no DNA das células de gordura podem ser responsáveis pelo “efeito sanfona”. A epigenética, campo da biologia que investiga como fatores externos influenciam a expressão genética sem alterar a sequência do DNA, pode ser a chave para entender a dificuldade de manter a perda de peso a longo prazo.

O estudo em camundongos

Para entender melhor as causas do efeito sanfona, os pesquisadores conduziram experimentos com camundongos. Os animais, que haviam perdido peso após uma dieta restritiva, apresentaram alterações epigenéticas nas células de gordura que persistiram, mesmo após o emagrecimento. Essas células “lembravam” do estado de sobrepeso e, ao retornar a uma dieta rica em gordura, os camundongos recuperaram rapidamente o peso perdido.

Ferdinand von Meyenn, professor de nutrição e epigenética metabólica na ETH Zurique, explicou que esse fenômeno ocorre devido a um “efeito de memória” nas células de gordura. “Após a perda de peso, as células ainda mantêm essa memória, facilitando o retorno ao peso anterior”, afirmou o pesquisador.

Implicações para os seres humanos

Embora o estudo tenha sido realizado em camundongos, os pesquisadores encontraram evidências semelhantes em seres humanos. Biópsias de tecido adiposo de pessoas que passaram por cirurgia bariátrica indicaram mudanças genéticas consistentes com os resultados obtidos nos camundongos.

Contudo, os cientistas ainda não sabem quanto tempo essa “memória” do peso excessivo permanece nas células de gordura e se seria possível, no futuro, apagar essas alterações epigenéticas com medicamentos.

Prevenção continua sendo a melhor estratégia

A descoberta reforça a importância da prevenção. Como as células de gordura podem “lembrar” do estado de obesidade, é fundamental evitar o excesso de peso desde o início. Além disso, os pesquisadores indicam que outras células, como as do cérebro e vasos sanguíneos, também podem ter memórias epigenéticas que contribuem para o efeito sanfona. A próxima etapa da pesquisa será investigar essas possibilidades.

Por enquanto, a principal recomendação dos cientistas é que, para combater o “efeito sanfona”, a prevenção continua sendo o caminho mais eficaz.

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Pai de estudante morto por PM: “O cachorro ainda espera por ele”

Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos, foi morto por um policial militar em São Paulo

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Marco Aurélio foi baleado por um PM durante uma abordagem no hotel / Foto: Rede social

Julio César Acosta, médico e pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos, relatou com dor que o cachorro da família ainda aguarda o retorno do jovem, morto por um policial militar em uma abordagem dentro de um hotel em São Paulo na madrugada de quarta-feira (20/11).

Em entrevista, Julio César afirmou que o único consolo seria um pedido de perdão por parte dos responsáveis pela morte de seu filho. Ao saber do incidente, ele foi até o local, onde, segundo ele, foi ignorado pelos policiais, que não prestaram ajuda e não forneceram informações sobre a gravidade do ocorrido. No hospital, encontrou Marco em estado crítico e, depois, recebeu a triste notícia da morte de seu filho.

Marco Aurélio estava no centro cirúrgico, onde os médicos tentaram salvar sua vida, mas não resistiu aos ferimentos. O pai, indignado, questionou os motivos que levaram ao disparo e lamentou a ausência de ação por parte das autoridades.

O caso gerou repercussão após a divulgação de imagens que contradizem a versão dos policiais. Segundo os PMs, Marco teria tentado roubar uma arma durante a abordagem, mas as imagens mostram que ele foi baleado após ser agredido e desarmado. O caso segue sob investigação.

Marco Aurélio era conhecido como “Bilau” no time de futebol da faculdade e como “MC Boy da VM” nas redes sociais. O estudante era lembrado com carinho por seus amigos e colegas, que prestaram homenagens à sua memória.

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