Distrito Federal

Eleições do Futuro: Presidente do TSE visita Valparaíso de Goiás

Fim das licitações foi apontado pelo ministro Luís Roberto Barroso como principal vantagem das eleições online

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Foto: Natália Ferreira/O Panorama

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, posou na manhã deste domingo (15), em Valparaíso de Goiás, no entorno do Distrito Federal, para prestigiar as propostas apresentadas para o projeto Eleições do Futuro. O município goiano foi uma das três cidades do Brasil a testarem o sistema de votação online promovido pelo TSE.

Com o objetivo de avançar a tecnologia no sistema eleitoral brasileiro, quatro empresas montaram seus estandes, no Colégio Militar Fernando Pessoa, e demonstraram o funcionamento dos sistemas desenvolvidos para otimizar os pleitos seguintes.

O fim das licitações

De acordo com o ministro, o objetivo é baratear o custo das eleições e evitar os complexos processos com licitações a cada dois anos. “Eliminar o custo da compra das substituições de urnas e o tormento burocrático que tem sido as licitações”, explicou.

“Acabar com o inferno gerencial dessas licitações já será um grande avanço”, afirmou.

Fraude nas votações

Questionado sobre a computação de votos no formato online e possibilidade de fraude no resultado final, Barroso afirmou que sigilo do voto, eficiência e segurança foram critérios estabelecidos para a apresentação dos projetos analisados pela Eleição do Futuro. “Quanto a mudar para o sistema digital, hoje em dia se fazem transações bancárias com milhões de reais, com milhões de dólares, por aplicativos. É só uma questão de estabelecer os mecanismos adequados de segurança”, apontou.

“Mas que é possível, claramente, é! Senão o sistema financeiro não estaria funcionando quase que totalmente digital”.

O ministro ainda incentivou a inserção do digital nas eleições. “Nem tudo que é novo é melhor, mas a gente também não pode ter medo da modernidade, que é digital. Nós não podemos retroagir à cédula impressa”, defendeu.

Coação aos eleitores

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MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO DEBATE SOBRE ELEIÇÕES DO FUTURO | VÍDEO: NATÁLIA FERREIRA/O PANORAMA

Outro ponto de dúvida levantado sobre as votações online é o fato da possibilidade dos eleitores serem coagidos e amedrontados a votarem em certos candidatos, já que portarão seus próprios dispositivos eletrônicos, celulares, tablets e computadores, para realizar a votação. “Eu não tenho certeza que se vá encontrar um mecanismo tecnológico para tornar dispensável a ida do eleitor à seção eleitoral. Eu não tenho certeza. Porque, pela constituição brasileira, o voto tem que ser secreto. Portanto nós temos que ter certeza que o patrão ou o coronel não estão atrás do eleitor”, ressaltou.

“Eu preciso acreditar que hajam mecanismos de segurança suficientes e auditáveis para que se possa fazer a votação online”.

O ministro assegurou o cuidado depositado na construção do novo sistema eleitoral. “Nós somente vamos migrar de um sistema para o outro se nós tivermos certeza de segurança”, garantiu.

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