Quarta-feira, 25 de novembro, oficialmente, falta um mês para o natal. O ano de 2020 praticamente já passou e alguns planos ficaram para trás por causa da pandemia causada pela covid-19. Há quem esperava fazer a viagem dos sonhos, conquistar o tão suado diploma ou, simplesmente, comer canjica na festa junina. Com os sonhos adiados, a internet desabafou as frustrações e desejos nas redes sociais.
Entre os desabafos, internautas imploraram pela vacina contra o novo coronavírus e especularam como será o formato do natal deste ano. “Já escrevi 100 cartas pro Papai Noel pedindo a vacina para a COVID-19”, disse um usuário. Yasser Samha, 24 anos, diz não ter entendido ainda que 2020 começou. E também há espaço para arrependimento. “Nunca mais peço para emendar o natal com o carnaval”, brincou uma usuária em referência ao período de isolamento social.
Por que sentimos nostalgia no fim do ano
Apesar de parecer um simples compartilhamento dos fatos, a nostalgia sentida justamente na época de fim de ano tem fundamento científico. Em entrevista ao site American Psychological Association, Krystine Batcho, PhD considerada expert em nostalgia, confirmou que esse sentimento é recorrente nos últimos meses do ano. Com a chegada das festas, segundo ela, a nostalgia desencadeia efeitos psicológicos sobre as pessoas, às vezes bons, às vezes ruins.
Segundo a psicóloga Mônica Carvalho, o ano de 2020 acentuou ainda mais esse sentimento, já que os planos foram pausados por causa da pandemia. “[por causa desse] sentimento que nós acabamos sentindo, normalmente, no fim do ano, a pessoa faz um balanço dos compromissos, do que tinha em mente e, [então], vê que ficou sobrecarregada e que muitas coisas não foram possíveis”.
Mônica concluiu ao dizer que a propensão da nostalgia ocorre durante o período de festividade por causa da reflexão das pessoas sobre o que queriam ter feito e não conseguiram. A psicóloga ainda alertou para o aumento do estresse por causa da nostalgia.