Com a pandemia do novo coronavírus e a necessidade de distanciamento social, surgiram novos desafios, dilemas e conflitos, tanto internos quanto externos nos indivíduos e nas famílias. E, claro, as crianças não ficaram de fora deste novo contexto. Com o isolamento e o início das aulas online, muitas delas apresentaram transtornos de humor e até mesmo déficits de desenvolvimento.
A terapia relacional surge como aliada na busca pelo controle emocional e sucesso nas relações familiares como um todo. Segundo a Dra. Sarah Sammy, neuropsicóloga do Instituto de Medicina e Psicologia Integradas (IMPI), essa técnica de terapia é utilizada para trabalhar principalmente com crianças de todas as idades.
Nela, os terapeutas analisam as relações entre uma criança e outra. “Como elas aprendem, como crescem e se desenvolvem com o outro. Em uma terapia comum em consultório com psicopedagogo ou psicólogo, a criança não vai mostrar seus medos, angústias, potencialidades e dificuldades, mas quando você a coloca com outras crianças de outras idades inclusive, ela mostra se é sociável, introspectiva, se tem dificuldades de comunicação, se socializa rápido, se demora a criar vínculos”, detalha.
A neuropsicóloga diz ainda que, na terapia relacional, observam-se as escolhas da criança.
“Que ela escolhe para ter mais proximidade, qual a idade desses escolhidos, se são mais novos ou se são os adultos. Assim conseguimos ver como ela constrói a relação com ela mesma e com o outro”, explica.
Desafios da pandemia
Professor da Secretaria de Educação do Distrito Federal que se dedica a pesquisas científicas sobre infância, jogos e autismo, Juarez Sampaio lembra que, em decorrência da pandemia da Covid-19, as relações e as brincadeiras foram modificadas. “Eu diria até que fragilizadas”, destaca.
“Tudo isso pela ausência de relacionamento com outras crianças. A parte psicomotora, inclusive, também foi afetada por falta de estímulo naquela faixa etária específica”, concorda a dra. Sarah Sammy.
Segundo ela, a terapia relacional pode investigar e trabalhar dificuldades de cada um. O terapeuta não só trata, mas também é responsável por avaliar e trabalhar de maneira preventiva. “Identificado algum problema, nós também conseguimos minimizá-lo ao máximo sem trazer prejuízo para essa criança no futuro”, pontua.
Benefícios para toda a família
A terapia relacional pode trabalhar e aprimorar habilidades emocionais e comportamentais de toda criança. No Instituto de Medicina e Psicologia Integradas (IMPI), a terapia é ofertada para crianças de todas as idades, de maneira integrada entre os pequenos, outras crianças e as famílias. “Sobretudo neste momento crítico, a criança vai se beneficiar desse trabalho emocional porque terá a oportunidade de organizar o seu espaço interno e o seu tempo”, reforça a neuropsicóloga. Segundo ela, o apoio da família é essencial e, por isso, o núcleo familiar também participa ativamente do processo.
“A primeira vida social da criança é na família. Identificamos, por exemplo, o estilo parental dentro de casa e as expectativas de todos os envolvidos. Nos comunicamos semanalmente para cristalizar o aprendizado realizado no Instituto dentro de casa”.
As consultas duram em média uma hora e se dividem em três blocos. Ao chegar, a criança identifica e fala sobre suas emoções primárias. Já em um segundo momento é feito um trabalho físico para vê-la em ação e movimento e, por fim, existe o momento Relaxa Kids, espécie de iniciação à meditação com duração média de sete minutos que pode ser guiada ou musical.
Confira a entrevista completa com a doutora Sarah Sammy, no canal de YouTube do O Panorama, clicando aqui.
Para continuar atualizado sobre saúde, política, cultura pop e outros assuntos, lembre de checar e seguir o nosso perfil do Instagram (@OPanoramaOficial).
“Ainda Estou Aqui” faz história com 3 indicações ao Oscar 2025
“Ainda Estou Aqui” faz história com indicações ao Oscar nas categorias Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Filme Internacional, destacando o talento brasileiro no cenário cinematográfico global
Pela primeira vez, um filme brasileiro concorre à principal categoria do Oscar. Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado nesta quinta-feira (23) ao prêmio de Melhor Filme. Além disso, a produção original Globoplay também disputa nas categorias Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com Fernanda Torres.
A cerimônia do Oscar 2025 acontecerá no dia 2 de março, em Los Angeles, com apresentação de Conan O’Brien.
Reconhecimento internacional
O filme, uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, narra a jornada da mãe do autor – uma dona de casa dos anos 1970 que se torna uma importante ativista de direitos humanos após o assassinato do marido pela ditadura militar. A atuação de Fernanda Torres, que revive esse papel marcante, garantiu a ela uma indicação ao prêmio de Melhor Atriz, repetindo o feito de sua mãe, Fernanda Montenegro, indicada em 1999 por Central do Brasil.
Favoritos ao Oscar
O drama musical francês Emilia Pérez lidera as indicações ao Oscar deste ano, com 13 menções, seguido por O Brutalista, com 10. Veja os indicados às principais categorias:
Melhor Filme:
Ainda Estou Aqui
Anora
O Brutalista
Um Completo Desconhecido
Conclave
Duna: Parte 2
Emilia Pérez
Nickel Boys
A Substância
Wicked
Melhor Atriz:
Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui)
Mikey Madison (Anora)
Demi Moore (A Substância)
Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez)
Cynthia Erivo (Wicked)
Melhor Filme Internacional:
Ainda Estou Aqui (Brasil)
Emilia Pérez (França)
Flow (Letônia)
A Garota da Agulha (Dinamarca)
A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha)
O impacto de “Ainda Estou Aqui”
O longa já havia se destacado ao vencer o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e ao ser indicado ao BAFTA. Para Manuel Belmar, executivo da Globo, as indicações ao Oscar reforçam a importância de valorizar histórias nacionais.
“É um orgulho imenso ver nosso primeiro filme original concorrer à maior premiação cinematográfica do mundo. Esse reconhecimento destaca o talento e a cultura brasileira”, afirmou Belmar.
Com as indicações de Ainda Estou Aqui, o Brasil marca sua quinta participação na categoria de Melhor Filme Internacional, após O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996), O Que É Isso, Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999). Será este o momento da tão aguardada vitória brasileira?
O quadro Odontologia Para Todos recebe o Cirurgião Dentista Frederico Rodger para uma conversa sobre botox, preenchimento, bioestimuladores de colágenos e muito mais.
Frederico Rodger é especialista e mestre em Implantodontia; Pós Graduado em Prótese na Universidade Loma Linda – EUA; e Presidente da Comissão de Harmonização Orofacial CRO-DF.
O cirurgião dentista ressaltou a importância do botox, colágeno e bioestimuladores para quem procura envelhecer bem.
“Esses procedimentos têm sido os queridinhos do momento. Há uma grande procura no consultório da harmonização orofacial. O botox tem seu uso há bastante tempo. Os bioestimuladores retardam o envelhecimento precoce. Costumo dizer que são a base para uma estruturação facial” disse.
Na ocasião, Frederico abordou também o treinamento desses procedimentos em cadaveres.
“Existem projetos em Brasília para gente trabalhar com os cadáveres frescos. Sem dúvida nenhuma, isso veio para ficar e quem tiver a oportunidade vai estar se destacando e se diferenciando como profissional”, afirmou.
O cirurgião classificou a interferência da mídia como uma reserva do mercado.
“Isso tem sido muito discutido. O que a gente percebe que atrás dessa preocupação existe uma reserva de mercado. Por vezes, a mídia traz isso de forma difamatória e desleal. Existem dados relevantes quando se fala de mortes provocadas por classe médica, mas isso não é divulgado pela mídia. O que cabe a população e o que cabe a mídia é destacar os bons profissionais para que os pacientes possam encontrar profissionais capacitados”, salientou.
Segundo Frederico, a pandemia aumentou a procura pelos procedimentos estéticos.
“Vivemos um momento onde a estética está sendo muito demandada pelos profissionais. A procura tem aumentado bastante. A própria rede social ajudou a popularizar o procedimento com a facilidade das informações”, disse o cirurgião.
Rodger falou também sobre as intercorrências que podem ocorrer no procedimento.
“A intercorrência está embutida e pode ocorrer. O profissional que submete a fazer os procedimentos tem que estar preparado para lidar com as intercorrências. Cabe ao profissional saber tratá-las. A parte dos primeiros socorros faz parte da carga horária de estudo da especialização”, comentou.
Por fim, o cirurgião fez algumas previsões para o futuro da harmonização facial.
“A harmonização facial cresce rapidamente. Ela tem sido consolidada pra nossa classe e não vejo que vamos retroceder. Portanto, cabe ao cirurgião dentista se capacitar. É preciso acabar com a cultura errônea que o dentista só trata dente. O dentista harmoniza a face desde o início. Sempre foi o dentista quem tratou a simetria facial, trauma de face, oriundos de acidentes ou de patologias na especialidade buco-maxilo. O que fazemos hoje é só a concretização de tudo o que a gente já fazia”, disse.
Acompanhe a entrevista completa com o doutor cirurgião dentista Frederico Rodger acesse o canal do O Panorama no YouTube.
Para continuar atualizado sobre saúde, política, cultura pop e outros assuntos, lembre de checar nosso site e seguir o nosso perfil do Instagram (@OPanoramaOficial).
Em entrevista exclusiva dada ao Dr. Ricado Paulin, o deputado Martins Machado conta um pouco da sua vida. Radialista por formação, Martins chegou em Brasília em 1995. Na capital foi onde constituiu família e participou de trabalhos sociais que o motivaram a entrar na vida política. Em 2018 se candidatou e obteve sucesso nas eleições.
“Na rádio você acaba recebendo pedidos fora do programa. Pessoas que pedem passagem de ônibus, pessoas que pedem consultas. Então você acaba tendo que ter um relacionamento com as pessoas mais humildes, mais carentes”.
Candidato mais bem votado em 2018, Martins diz que o sucesso da sua campanha se deve ao conjunto dos seus ideais. Uma base forte, o valor dado à família e a garra.
“Durante a campanha as agendas começavam às 7h da manhã e terminava às 22h, tinha dia que terminava meia noite”.
Com o apoio da família, Martins conseguiu defender sua principal pauta: em defesa da família. O deputado resgata memórias de sua mãe:
“Quando a coisa pegava para os vizinhos […] procuravam logo a dona Silvia. Então eu via muito ela fazer esse papel naturalmente. Fazendo o bem sem olhar a quem.”
Com ela fazendo esse papel social na comunidade ele diz que sua mãe foi um referencial, aliado ao seu bom casamento e sua vida como pastor.
Sobre a pandemia, o deputado observa que ela trouxe a reflexão de certos valores a pais que tiveram que ficar mais tempo em casa e mães que passaram a observar mais os detalhes. E isso levou a uma aproximação maior da família.
“No momento da dor o homem começa a fazer a sua reflexão”.
Nesses dois anos como deputado distrital, Martins teve mais de dez leis aprovadas. Na saúde, ele destaca as principais. Diz que como eleito, deve fazer algumas visitas a hospitais para checagem. Notou macas retidas que dificultavam os processos e logo criou um projeto de lei para proibir a retenção de macas. Martins fala também sobre a importância da igreja nessa pandemia.
“A gente vê a igreja como hospital espiritual, tudo bem que não pode ter aglomeração, mas não precisa fechar”, destaca.
Em relação a odontologia, Martins foi um dos responsáveis pela aprovação de duas importantes para a classe. Uma delas que leva o ortodontista para dentro das escolas públicas e outra que restringe o material de uso profissional.
“A odontologia, ela tem uma participação social fundamental.”
Acompanhe a entrevista completa em nosso canal no YouTube. Mantenha-se informado sobre tudo o que acontece no Brasil e no mundo por meio do nosso perfil no Instagram (@OPanoramaOficial).