A policial civil Valderia da Silva Barbosa Peres, de 45 anos, que foi morta a tiros pelo ex-companheiro na última sexta-feira (11), em Brasília, recebeu as últimas homenagens nesta segunda-feira (14). O velório aconteceu no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, com a presença de familiares, amigos e colegas de trabalho. O corpo foi levado em um caminhão do Corpo de Bombeiros e será cremado em Formosa, em Goiás.
O autor do crime, Leandro Peres Ferreira, foi localizado e morto pela Polícia Militar de Goiás, na madrugada desta segunda-feira, na cidade de Porangatu. Segundo a Polícia Civil do DF, ele estava foragido desde o dia do assassinato e foi encontrado graças à colaboração de diferentes unidades policiais e dicas da comunidade.
Uma das pistas que levaram ao paradeiro do suspeito foi dada por um motorista de aplicativo, que desconfiou após Ferreira lhe oferecer R$ 3 mil em dinheiro para uma viagem até o Maranhão. A PMGO iniciou um patrulhamento nas imediações do endereço informado e nas principais vias de acesso da cidade de Porangatu. Ao ser abordado, o suspeito reagiu e foi baleado pelos policiais. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. Um vídeo mostra o momento em que a ambulância chegou com ele no hospital.
Valderia era lotada na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) e trabalhava há 20 anos na corporação. Ela deixou dois filhos, um de 18 anos e outro de 10 anos. Ela havia terminado o relacionamento com Ferreira há cerca de dois meses, mas ele não aceitava o fim da união. No dia do crime, ele invadiu a casa dela, no Riacho Fundo II, e atirou várias vezes contra ela. Em seguida, fugiu em um carro roubado.
A policial civil foi socorrida por vizinhos e levada ao Hospital Regional do Paranoá, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado como feminicídio e chocou a comunidade policial e a sociedade. A PCDF divulgou uma nota de pesar pela morte da servidora e prestou solidariedade aos familiares e amigos.
