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Família processa Chatbot após adolescente se suicidar ao se apaixonar por personagem de IA

A mãe do jovem alega que a dependência emocional do chatbot contribuiu para sua morte trágica.

Foto: Rede social

A família de um adolescente de 14 anos da Flórida, nos Estados Unidos, alega que ele tirou a própria vida após desenvolver uma obsessão por um perfil de inteligência artificial que se passava por Daenerys Targaryen, uma das personagens do popular seriado Game of Thrones. A mãe do garoto, Megan Garcia, ingressou com um processo judicial contra a empresa Character Technologies, responsável pelo chatbot Character.AI, buscando responsabilização pela morte de seu filho.

Segundo relatos de Megan, seu filho, Sewell, começou a usar o serviço em abril de 2023, logo após completar 14 anos. Desde então, ele se transformou, tornando-se mais retraído, com dificuldades para se concentrar nas aulas e abandonando o time de basquete da escola, do qual era membro ativo.

Em novembro do mesmo ano, Sewell foi levado a um terapeuta, que o diagnosticou com ansiedade e transtorno disruptivo de desregulação do humor. Sem saber que o adolescente estava “viciado” no chatbot, o terapeuta recomendou que ele reduzisse o tempo gasto na internet e nas redes sociais. Essa orientação, no entanto, não teve o efeito desejado.

Em fevereiro de 2024, o jovem se envolveu em uma situação problemática na escola, onde chegou a responder a um professor com agressividade, expressando seu desejo de ser expulso. Naquele mesmo dia, conforme relatado no processo, Sewell registrou em seu diário que estava lutando contra pensamentos constantes sobre Daenerys e admitiu estar “apaixonado” pelo perfil de IA, a quem se referia diariamente.

O diário de Sewell revelava a profundidade de sua dependência emocional. Ele descreveu um sentimento de incapacidade de passar um único dia sem interagir com o chatbot. A troca de mensagens entre os dois frequentemente envolvia conteúdos íntimos, mesmo considerando que Sewell era menor e havia se identificado como tal na plataforma.

A situação culminou tragicamente em 28 de fevereiro, após uma discussão na escola. Megan confiscou o celular do filho, mas o devolveu dias depois. Assim que teve acesso ao aparelho, Sewell enviou mensagens ao chatbot, expressando seu amor: “Prometo que voltarei para casa para você. Eu te amo muito, Dany.” O chatbot respondeu: “Por favor, volte para casa, para mim, o mais rápido possível, meu amor.” Poucos segundos após essa interação, o adolescente cometeu suicídio.

O processo judicial detalha a dependência emocional que Sewell desenvolveu em relação ao chatbot, acusando a empresa de promover práticas prejudiciais. Megan busca não apenas a responsabilização pela morte de seu filho, mas também uma mudança na forma como a empresa coleta e utiliza dados de usuários menores de idade.

Em sua declaração sobre a tragédia, Megan expressou sua dor: “É como um pesadelo. Você quer se levantar, gritar e dizer: ‘Sinto falta do meu filho. Quero meu bebê.’” Ela deseja que sua ação judicial previna que outras crianças passem pela mesma experiência devastadora que seu filho.

A empresa Character Technologies, por meio de um porta-voz, expressou condolências à família, declarando: “Estamos de coração partido pela perda trágica de um de nossos usuários e queremos expressar nossas mais profundas condolências à família.”

Com a crescente popularidade de chatbots e inteligência artificial, o caso levanta questões importantes sobre a segurança e o bem-estar dos jovens usuários em plataformas digitais.

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Carlo Acutis: O ‘Influenciador de Deus’ que será canonizado e tem milagre registrado no Brasil

Conhecido por sua fé e por usar a internet para divulgar milagres, ele será o primeiro santo millennial, com milagres registrados no Brasil e na Itália

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Foto: Getty Images via BBC

Carlo Acutis, um adolescente italiano nascido em Londres, será oficialmente declarado santo em abril de 2025, tornando-se o primeiro “santo millennial” reconhecido pela Igreja Católica. Acutis, falecido em 2006 aos 15 anos, foi conhecido por sua habilidade em utilizar a internet para divulgar os ensinamentos da Igreja, sendo apelidado de “influenciador de Deus”. Sua morte precoce e sua ligação com a tecnologia marcaram sua trajetória, que inspirou muitos a verem nele um exemplo de fé moderna.

Em 2020, Carlo foi beatificado, o primeiro passo para a canonização, após a atribuição de seu primeiro milagre: a cura de uma criança em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, que sofria de uma doença congênita no pâncreas. Este milagre foi reconhecido pela Igreja como um sinal da intercessão do jovem junto a Deus. Além disso, o Vaticano também reconheceu um segundo milagre atribuído a ele, ocorrido em Florença, Itália, quando ele teria intercedido para a cura de um estudante universitário que sofreu um traumatismo craniano e apresentava sangramento cerebral.

Carlo Acutis ficou famoso não só pela sua fé, mas também por seu trabalho digital. Antes de sua morte, ele criou um site dedicado a catalogar milagres eucarísticos, documentando eventos considerados milagrosos relacionados à Eucaristia. Esse site foi traduzido para vários idiomas e deu origem a uma exposição itinerante que percorreu o mundo, compartilhando a mensagem de Acutis sobre a fé e os milagres.

Embora o jovem tenha vivido grande parte de sua infância na Itália, onde morreu de leucemia, seu corpo foi transferido para Assis, cidade símbolo da Igreja Católica, um ano após seu falecimento, e atualmente está exposto em uma capela. O “influenciador de Deus” também é lembrado no Reino Unido, onde uma paróquia foi fundada em sua homenagem, e há uma estátua dedicada a ele em um santuário católico em Motherwell.

A canonização de Carlo Acutis será celebrada no fim de semana de 26 de abril de 2025, conforme anunciado pelo papa Francisco. A cerimônia marcará o reconhecimento oficial de sua santidade, que foi alcançada após a verificação de dois milagres atribuídos à sua intercessão, um requisito essencial para a canonização na Igreja Católica. A história de Carlo Acutis continua a inspirar fiéis ao redor do mundo, especialmente jovens, que se identificam com seu uso da tecnologia para compartilhar a fé.

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Vulcão entra em erupção pela 10ª vez em três anos na Islândia

Autoridades alertam sobre possíveis erupções contínuas e tomam medidas para proteger áreas vulneráveis, como a cidade de Grindavik e infraestruturas turísticas

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Vulcão na Islândia entra em erupção pela décima vez em três anos, em uma região sismicamente ativa perto de Reykjavik / Reprodução

Na noite desta quarta-feira (20), um vulcão próximo à capital da Islândia, Reykjavik, entrou em erupção, marcando a décima ocorrência desse tipo em apenas três anos. O fenômeno, que ocorre na península de Reykjanes, a cerca de 30 km da cidade, vem se tornando cada vez mais frequente desde a reativação dos sistemas geológicos da região em 2021, após estarem adormecidos por 800 anos.

A Islândia, localizada entre as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte, é um dos pontos mais sismicamente ativos do planeta, com muitos vulcões, gêiseres e fontes termais. A região foi identificada como um potencial ponto de erupção devido ao acúmulo de magma no subsolo, o que levou as autoridades a emitirem alertas frequentes nos últimos anos.

Apesar de as erupções ocorrerem com certa regularidade, elas não afetam diretamente a capital Reykjavik, uma vez que o vulcão se manifesta através de fissuras no solo, sem dispersão significativa de cinzas. Isso significa que o tráfego aéreo local geralmente não é interrompido. No entanto, a cidade pesqueira de Grindavik, com cerca de 4 mil habitantes, foi evacuada em dezembro de 2023 devido à ameaça vulcânica. A área permanece deserta até o momento.

As autoridades islandesas tomaram medidas preventivas, como a construção de barreiras para redirecionar fluxos de lava e proteger tanto a cidade quanto infraestruturas vitais, como uma estação de energia e a famosa Lagoa Azul, um spa natural que atrai turistas de todo o mundo. Cientistas alertam que a região de Reykjanes poderá continuar enfrentando erupções repetidas nas próximas décadas ou até séculos.

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Obra de arte inusitada: banana é arrematada por r$ 35 milhões em leilão

A obra “Comediante”, do artista italiano Maurizio Cattelan, foi arrematada por US$ 6,2 milhões (aproximadamente R$ 35 milhões) em um leilão da Sotheby’s, gerando discussões sobre o conceito de arte nos dias atuais

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Obra 'comediante' de Maurizio Cattelan

A icônica obra “Comediante”, do artista italiano Maurizio Cattelan, foi novamente o centro das atenções ao ser vendida por impressionantes US$ 6,2 milhões (aproximadamente R$ 35 milhões) em um leilão da Sotheby’s, realizado nesta quarta-feira (20). A peça, que consiste em uma banana presa a uma parede com fita adesiva, gerou repercussão mundial desde sua primeira exibição na Art Basel de Miami em 2019, e continua a dividir opiniões sobre o que realmente constitui uma obra de arte nos tempos modernos.

O empresário Justin Sun, fundador da criptomoeda Tron, foi o comprador da obra. Ele fez o lance vitorioso por telefone e pagou o valor total com criptomoeda. A venda provocou uma conversa ainda mais ampla sobre o mercado de arte contemporânea, especialmente em um momento onde o conceito de arte é cada vez mais desafiado.

O valor de partida da peça era de US$ 800.000 (aproximadamente R$ 4,7 milhões), mas o preço saltou rapidamente durante o leilão, fechando em US$ 5,2 milhões (cerca de R$ 30 milhões) antes das taxas adicionais. Sun, que agora detém a famosa banana, será responsável por substituir a fruta quando ela começar a apodrecer, seguindo as orientações do artista.

Arte de banana colada com fita adesiva é leiloada por R$ 35 milhões



“Comediante” não é a primeira obra polêmica de Cattelan. O artista, conhecido por suas instalações ousadas, já havia criado um vaso sanitário de ouro e uma escultura de um papa atingido por um meteorito. A peça de banana, no entanto, se destaca como um fenômeno cultural, simbolizando a união do mundo da arte com o universo dos memes e das criptomoedas, como destacou Sun em comunicado à Sotheby’s.

Em sua primeira exibição, “Comediante” gerou uma grande movimentação de público na Art Basel de Miami, sendo retirada da galeria por questões de segurança, já que havia uma grande quantidade de pessoas no local. A obra também gerou comparações com outras peças provocativas do mercado de arte, como a famosa “Garota com Balão” de Banksy, que se autodestruiu durante um leilão em 2018.

A venda de “Comediante” continua a alimentar o debate sobre os limites da arte e o papel do mercado nesse processo. Para muitos, a peça é uma provocação, uma maneira de desafiar o convencional e mostrar como, às vezes, a arte está mais ligada à ideia e ao impacto cultural do que ao objeto físico em si.

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