Um relatório recente do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) revela que o Brasil ocupa a posição de líder mundial no pagamento de juros sobre sua dívida pública. Com uma dívida bruta equivalente a 84,67% do Produto Interno Bruto (PIB) e juros básicos de 11,25%, o país destina 5,97% do seu PIB exclusivamente para encargos com juros.

O estudo, elaborado com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), JPMorgan e Banco de Compensações Internacionais (BIS), coloca o Brasil à frente de países como México e Índia, cujas dívidas representam, respectivamente, 53,09% e 82,75% do PIB, com encargos de juros de 5,83% e 5,27%.

Embora o Brasil seja o líder no pagamento de juros, o Japão figura com a maior dívida absoluta, chegando a 252,36% do PIB, seguido por países como Argentina, Itália, Estados Unidos e França.

A análise do FSB também ressalta o aumento da dívida pública após a pandemia, causado por políticas fiscais expansionistas e a desaceleração econômica global. O relatório alerta sobre os riscos financeiros para países emergentes e de baixa renda, que podem enfrentar maiores dificuldades com o aumento da dívida e os encargos com juros.

A vacina brasileira desenvolvida para o tratamento do câncer de próstata começou a ser testada nos Estados Unidos, marcando um avanço significativo na luta contra essa doença. Criada pelo médico gaúcho Fernando Kreutz, a vacina, que já passou por anos de pesquisa no Brasil, recebeu a aprovação da FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA) para ser testada em 280 pacientes.

O tratamento utiliza células modificadas do próprio tumor do paciente para estimular o sistema imunológico a combater a doença. A esperança é que, com os resultados positivos dos testes, a vacina possa ser registrada nos próximos dois anos, oferecendo uma nova opção terapêutica para homens diagnosticados com câncer de próstata.

Este é um passo importante não apenas para o Brasil, mas para o mundo, já que o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, com altos índices de mortalidade. A pesquisa, que é acompanhada com grande expectativa, promete abrir novas portas para tratamentos mais eficazes e personalizados.

Ao mesmo tempo, no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) está investigando as particularidades do câncer de próstata no país, com estudos sobre a genética do homem brasileiro, que podem contribuir para a criação de tratamentos ainda mais adequados para essa população.


Informações: Fantástico

A suspensão no fornecimento de carne ao Carrefour por grandes frigoríficos brasileiros, como JBS e Masterboi, ocorreu em retaliação ao boicote anunciado pelo CEO global da rede varejista, Alexandre Bompard, contra carnes oriundas do Mercosul.

Na quinta-feira (21), a JBS, que responde por cerca de 80% das carnes vendidas no Carrefour, interrompeu as entregas à rede. No dia seguinte, a Masterboi também suspendeu o envio de 250 toneladas de carne. Apesar disso, o Carrefour Brasil afirmou que suas lojas seguem abastecidas, sem registro de desabastecimento imediato.

“A comercialização ocorre normalmente. Nenhuma loja está desabastecida”, informou o Carrefour Brasil em nota, lamentando a decisão dos frigoríficos e destacando seu impacto nos clientes. A empresa declarou ainda estar em busca de soluções para restabelecer o fornecimento o mais rápido possível.

Contexto do boicote

A decisão do CEO francês, que controla mais de 60% das operações do Carrefour Brasil, veio em solidariedade ao agronegócio francês. Agricultores locais se opõem ao acordo entre Mercosul e União Europeia, alegando que produtores do bloco sul-americano têm vantagens competitivas devido à falta de regulação ambiental mais rígida.

O anúncio gerou fortes reações no Brasil. Representantes de 44 entidades da cadeia produtiva divulgaram, no sábado (23), uma carta aberta repudiando as declarações de Bompard. O comunicado destacou a produtividade e sustentabilidade da pecuária brasileira, mencionando que, nos últimos 30 anos, a produção aumentou 172%, enquanto a área de pastagem diminuiu 16%.

Além disso, a carta apontou que a exclusão de produtos do Mercosul no mercado francês poderia provocar inflação e aumentar emissões de carbono, devido ao transporte de mercadorias locais menos eficientes.

“Se a carne brasileira não serve para o Carrefour na França, é difícil entender como ela seria adequada para outros mercados”, concluiu o texto.

Especialistas indicam que, com o tempo, o impacto da interrupção no fornecimento será sentido, sobretudo em carnes in natura, que possuem um giro rápido de estoque. Mesmo com tentativas de compra emergencial, a falta do produto nas lojas do Carrefour poderá se tornar evidente nos próximos dias.