Distrito Federal

Gerente de banco é preso suspeito de desviar R$ 1,5 milhão de contas

Além do gerente, outras duas pessoas tiveram a prisão preventiva decretada por envolvimento no esquema criminoso, segundo a Corpatri

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Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (6/7), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Gerência do Crime, resultando no cumprimento de três mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. O alvo principal foi um gerente de banco e outros dois suspeitos, todos investigados pelo suposto desvio de R$1,5 milhão de contas de terceiros em uma instituição financeira. As ações ocorreram nas regiões de Santo Antônio do Descoberto, Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires, Setor de Rádio e TV Norte, além da cidade de Anápolis (GO).

De acordo com a Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), responsável pelas investigações, o gerente de um banco localizado no Núcleo Bandeirante teria desviado o montante de R$1,5 milhão e direcionado os recursos para sua própria conta e de outros envolvidos. Os crimes teriam sido cometidos entre agosto e novembro do ano anterior.

O delegado Tiago Carvalho, da Corpatri, explicou que a polícia tomou conhecimento do caso no final do ano passado e iniciou as apurações. O gerente, na época dos fatos, teria utilizado a matrícula de outro gerente para realizar oito transferências, totalizando o valor desviado de uma pessoa jurídica que mantinha conta na instituição bancária. Além de beneficiar a si mesmo, o suspeito também direcionou os valores para outras pessoas jurídicas.

Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra o gerente e seus comparsas, incluindo tanto aqueles que realizaram os desvios quanto os receptores dos valores. As ordens de busca resultaram na apreensão de quatro veículos adquiridos ilicitamente pelos suspeitos, além de aproximadamente US$13 mil em espécie e uma máquina de contar dinheiro. A presença da máquina indica uma possível linha de investigação relacionada à lavagem de dinheiro.

Durante a operação, também foi realizado o bloqueio judicial de R$4,6 milhões pertencentes aos investigados. O delegado Carvalho ressaltou que o valor bloqueado supera o prejuízo de R$1,5 milhão, levando em consideração a possibilidade de existirem outros valores nas contas. O bloqueio visa possibilitar a reparação patrimonial das vítimas afetadas pelo esquema criminoso.

Segundo o delegado, a investigação encontra-se em estágio avançado, uma vez que as prisões preventivas foram decretadas pelo Poder Judiciário. Isso indica que há elementos suficientes para uma possível denúncia com base nas provas já apuradas. O próximo passo é identificar se existem outros envolvidos ou se o grupo cometeu outros crimes. A operação contou com o apoio do setor de inteligência do Banco Santander, que colaborou com as investigações financeiras.

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