Política

Governo vai apoiar CPMI de atos golpistas

Anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Padilha

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José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou hoje que o governo irá apoiar uma possível comissão no Congresso para investigar os atos golpistas que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano. Na ocasião, os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto foram invadidos e depredados por vândalos.

Segundo Padilha, o governo está comprometido em enfrentar o debate político criado por aqueles que tentaram minimizar os atentados terroristas do dia 8 de janeiro. Ele ressaltou que o governo continuará apoiando as ações da Polícia Federal e do Judiciário na apuração de evidências e na identificação dos culpados, incluindo agentes públicos que possam ter envolvimento nos atos.

O ministro se reuniu nesta semana com os líderes do governo no Congresso para orientá-los a indicar membros da base aliada para participarem da investigação parlamentar. A expectativa é que na próxima quarta-feira, dia 26 de abril, seja lido o requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos.

A decisão do governo de apoiar a comissão parlamentar aconteceu após a divulgação de imagens, na quarta-feira, pela imprensa, que mostram o general Gonçalves Dias, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, e outros funcionários da pasta, no interior do Palácio do Planalto, interagindo com os vândalos no dia 8 de janeiro. Ainda na quarta-feira, Dias pediu demissão do cargo, que foi aceita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, assumiu interinamente a chefia do GSI. Padilha acredita que o vazamento das imagens, que ele afirma terem sido editadas, criam uma nova situação política. Ele criticou aqueles que tentam construir uma teoria absurda da conspiração, culpando as vítimas dos atos terroristas pelo ocorrido. Para o ministro, a democracia e o resultado eleitoral foram as verdadeiras vítimas daquela ação terrorista.

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