A JBL, marca de áudio da Harman, comprada pela Samsung em 2016, enfrenta um grande desafio no Brasil: a pirataria. Os produtos da empresa, especialmente caixas de som portátil e fones de ouvido, são copiados por fabricantes asiáticos e vendidos ilegalmente nas praias e na internet. Segundo a Harman, o mercado de falsificados movimenta cerca de R$ 500 milhões por ano no país, prejudicando a receita e a reputação da marca.
Para combater esse problema, a Harman tem investido em ações de fiscalização e conscientização, tanto no âmbito físico quanto no digital. Desde 2018, a empresa tem denunciado e retirado do ar milhares de anúncios de produtos piratas em sites de comércio eletrônico e marketplaces. Além disso, a empresa tem orientado os consumidores a verificar a autenticidade dos produtos antes da compra, por meio de selos holográficos e aplicativos.
A pirataria é um fenômeno que afeta diversos setores da economia e que cresceu durante a pandemia de Covid-19, com o aumento das compras online. De acordo com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação, a pirataria movimentou R$ 345 bilhões em 2022, alta de 17% em relação ao ano anterior. Outras marcas famosas, como a Stanley, também têm sofrido com as cópias ilegais.
Como saber se os produtos da JBL são originais
Para evitar cair em golpes, o presidente da Harman, empresa que controla a JBL, dá algumas dicas de como reconhecer os produtos originais da marca. A primeira delas é desconfiar de preços muito baixos, que podem indicar que o produto é pirata ou foi importado de forma irregular.
Outra forma de verificar a autenticidade do produto é consultar o site oficial da JBL no Brasil e conferir se o modelo está disponível no catálogo da empresa. Segundo o presidente da Harman, os produtos da JBL são fabricados de acordo com as normas técnicas e regulatórias de cada região, e podem não funcionar corretamente se forem trazidos de outros países.
Para facilitar ainda mais a identificação dos produtos originais, a JBL pretende lançar em breve um recurso nos seus aplicativos que permitirá aos usuários saber onde cada produto foi produzido. Ao conectar o dispositivo ao aplicativo, a informação será exibida na tela. Isso ajudará tanto os consumidores quanto os lojistas a evitar produtos falsificados ou inadequados para o mercado brasileiro. O recurso deve estar disponível no próximo ano.
