conecte-se conosco

Saúde

Mais Médicos tem cerca de 34 mil profissionais inscritos

Atualmente mais de 8 mil médicos atuam no programa

Reuters/Direitos Reservados

O Programa Mais Médicos alcançou um marco significativo, registrando a inscrição de 34.070 profissionais para as 5.970 vagas disponíveis no ciclo atual. O Ministério da Saúde divulgou o balanço nesta quinta-feira (1º) e destacou que esse número representa o maior volume de inscrições já alcançado desde a criação do programa em 2013.

De acordo com o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, foram iniciadas 38 mil inscrições, das quais 34.070 foram concluídas, com a documentação completa e habilitadas para que os profissionais possam escolher duas opções de municípios brasileiros para efetivar a sua inscrição.

O prazo para inscrição, com prioridade para profissionais brasileiros formados no país, encerrou-se na quarta-feira (31). Além dos brasileiros formados no exterior ou estrangeiros que atuam com registro do Ministério da Saúde, em vagas não ocupadas por médicos registrados no país, também puderam se inscrever.

Dos 34.070 inscritos, 30.175 são profissionais brasileiros. O balanço divulgado pelo ministério revela que 19.652 são médicos com registro profissional, 10.523 são brasileiros com registro no exterior, e 3.895 são estrangeiros com registro no exterior.

Fernandes ressalta que “65% dos brasileiros inscritos são profissionais com registro médico no Brasil”, demonstrando o resultado e o desfecho positivos do programa. Ele acrescenta que os aperfeiçoamentos adotados contribuíram para o amadurecimento do programa Mais Médicos, consolidando-o como uma estratégia de Estado.

A próxima etapa consiste na publicação das inscrições validadas, que deve ocorrer ainda hoje. A previsão é que, a partir de 16 de junho, sejam divulgadas as confirmações das vagas e dos locais escolhidos pelos candidatos. A expectativa é que os profissionais comecem a atuar nos municípios até o fim de junho. Na alocação dos médicos, serão levados em consideração critérios como titulação, formação e experiência prévia no projeto. Em caso de empate, terão prioridade os candidatos que residem mais próximos do local de atuação, com maior tempo de formado e de maior idade.

O edital estabelece uma bolsa-formação no valor de R$ 12,3 mil mensais, pelo período de 48 meses, podendo ser prorrogada por igual período. Todos os participantes podem receber incentivos pela permanência no programa, e aqueles alocados em regiões de extrema pobreza e vulnerabilidade, conforme a oferta do edital, receberão um percentual maior.

Atualmente, mais de 8 mil médicos atuam no programa Mais Médicos. O edital mais recente tem como objetivo preencher as vagas ociosas dos últimos quatro anos e também oferecer mil vagas inéditas para a Amazônia Legal. Aproximadamente 45% das vagas estão em regiões de vulnerabilidade social e historicamente com dificuldade de provimento de profissionais. Em 2023, 117 médicos foram convocados para atuar em distritos sanitários indígenas, incluindo o território yanomami, que enfrenta uma situação de emergência sanitária.

O governo federal tem a expectativa de contar com 28 mil profissionais do Mais Médicos atuando em todo o país até o final do ano, principalmente em áreas de extrema pobreza. Com isso, mais de 96 milhões de brasileiros terão garantia de atendimento médico na atenção primária, que é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).

Saúde

Células de gordura têm “memória” e podem explicar o efeito sanfona, aponta estudo

Estudo revela que o “efeito sanfona”, que causa o reganho de peso após dietas, pode ser influenciado por mudanças epigenéticas nas células de gordura

Publicado

on

Foto: Divulgação

A recuperação do peso após um processo de emagrecimento é uma realidade para muitos, e o fenômeno conhecido como “efeito sanfona” pode ser explicado por uma descoberta recente. Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurique), na Suíça, identificaram que o DNA das células de gordura pode ter “memória”, o que facilita a recuperação do peso após um período de emagrecimento.

O estudo, publicado na revista científica Nature, sugere que mudanças epigenéticas no DNA das células de gordura podem ser responsáveis pelo “efeito sanfona”. A epigenética, campo da biologia que investiga como fatores externos influenciam a expressão genética sem alterar a sequência do DNA, pode ser a chave para entender a dificuldade de manter a perda de peso a longo prazo.

O estudo em camundongos

Para entender melhor as causas do efeito sanfona, os pesquisadores conduziram experimentos com camundongos. Os animais, que haviam perdido peso após uma dieta restritiva, apresentaram alterações epigenéticas nas células de gordura que persistiram, mesmo após o emagrecimento. Essas células “lembravam” do estado de sobrepeso e, ao retornar a uma dieta rica em gordura, os camundongos recuperaram rapidamente o peso perdido.

Ferdinand von Meyenn, professor de nutrição e epigenética metabólica na ETH Zurique, explicou que esse fenômeno ocorre devido a um “efeito de memória” nas células de gordura. “Após a perda de peso, as células ainda mantêm essa memória, facilitando o retorno ao peso anterior”, afirmou o pesquisador.

Implicações para os seres humanos

Embora o estudo tenha sido realizado em camundongos, os pesquisadores encontraram evidências semelhantes em seres humanos. Biópsias de tecido adiposo de pessoas que passaram por cirurgia bariátrica indicaram mudanças genéticas consistentes com os resultados obtidos nos camundongos.

Contudo, os cientistas ainda não sabem quanto tempo essa “memória” do peso excessivo permanece nas células de gordura e se seria possível, no futuro, apagar essas alterações epigenéticas com medicamentos.

Prevenção continua sendo a melhor estratégia

A descoberta reforça a importância da prevenção. Como as células de gordura podem “lembrar” do estado de obesidade, é fundamental evitar o excesso de peso desde o início. Além disso, os pesquisadores indicam que outras células, como as do cérebro e vasos sanguíneos, também podem ter memórias epigenéticas que contribuem para o efeito sanfona. A próxima etapa da pesquisa será investigar essas possibilidades.

Por enquanto, a principal recomendação dos cientistas é que, para combater o “efeito sanfona”, a prevenção continua sendo o caminho mais eficaz.

Continue lendo

Saúde

Cientista brasileiro embarcará em missão espacial em busca de avanços no tratamento de autismo e Alzheimer

Brasileiro viajará ao espaço em missão pioneira para acelerar pesquisas sobre tratamentos para autismo e Alzheimer usando organoides cerebrais

Publicado

on

Muotri também expressou interesse em colaborar com o governo brasileiro para que futuros tratamentos possam ser disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

O professor Alysson Muotri, líder do Muotri Lab na Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), se prepara para integrar uma missão espacial da NASA entre o final de 2025 e o início de 2026. O objetivo da expedição é investigar o impacto da microgravidade no cérebro humano, buscando soluções terapêuticas e, possivelmente, curas para casos graves de transtorno do espectro autista e Alzheimer.

O projeto envolve o uso de organoides cerebrais — estruturas em miniatura que simulam o cérebro humano, criadas a partir de células-tronco. Conhecidos como “minicérebros”, esses organoides serão analisados no ambiente espacial para acelerar estudos sobre o envelhecimento e o desenvolvimento neurológico.

Aceleração do tempo no espaço

Estudos anteriores revelaram que os organoides envelhecem cerca de 10 anos em apenas 30 dias no espaço. Esse fenômeno possibilita aos cientistas observar estágios avançados de doenças em um período muito mais curto, permitindo análises que, na Terra, levariam décadas para serem realizadas.

A novidade desta missão será a interferência manual dos cientistas durante os experimentos, algo inédito até então. Durante o voo, serão testados compostos bioativos derivados da floresta amazônica diretamente nos organoides, em busca de agentes que possam proteger o cérebro contra o Alzheimer.

Colaboração com a Amazônia

A missão tem uma parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), garantindo que descobertas relacionadas a medicamentos derivados da floresta revertam parte dos lucros para as comunidades indígenas e a preservação ambiental.

Muotri também expressou interesse em colaborar com o governo brasileiro para que futuros tratamentos possam ser disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso às terapias desenvolvidas.

A viagem ao espaço, embora breve, representará um marco tanto para a ciência brasileira quanto para as pesquisas sobre doenças neurológicas, trazendo novas esperanças para pacientes e suas famílias.

Continue lendo

Brasil

Mpox: OMS aprova primeira vacina para uso emergencial em crianças

Publicado

on

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a inclusão da vacina LC16m8 contra a mpox à lista de insumos de uso emergencial. Este é o segundo imunizante aprovado pela entidade para controle e prevenção da doença, declarada emergência global em agosto.

Dados da entidade revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas. A República Democrática do Congo, país mais atingido, responde pela maioria de casos suspeitos.

Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças menores de 1 ano que vivem em localidades onde se registra surtos de mpox.

“Este é um passo vital para proteger populações vulneráveis, principalmente crianças, à medida em que a mpox continua a se espalhar”, escreveu.

Segundo Tedros, ao longo dos últimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na República Democrática do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. “O número total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas”.

No post, o diretor-geral da OMS alertou que os surtos da doença no Burundi e em Uganda estão em plena expansão. A entidade convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo.

Continue lendo

Popular

Copyright © 2020 O Panorama