Uma tragédia familiar chocou a cidade de Indiana, nos Estados Unidos, na última semana. Ashley Summers, de 35 anos, faleceu em decorrência de um edema cerebral causado por hiponatremia, uma condição que ocorre quando há baixa concentração de sódio no sangue devido ao consumo excessivo de água.
Segundo o jornal New York Post, Ashley estava viajando com o marido e os dois filhos em um dia de calor intenso, com temperaturas acima dos 30º C. Ela se sentiu desidratada e resolveu beber cerca de dois litros de água em apenas 20 minutos. “Ela estava tentando se hidratar, mas acabou se hidratando demais”, disse o irmão da vítima, Devon Miller, à emissora WRTV.
Logo após ingerir a água, Ashley começou a se sentir mal, com tontura e dor de cabeça. Ela voltou para casa, mas desmaiou na garagem antes de entrar. Levada às pressas para o hospital, ela não resistiu e teve morte cerebral.
A hiponatremia é um distúrbio que afeta o equilíbrio dos eletrólitos no organismo. Os eletrólitos são substâncias que conduzem a eletricidade nos fluidos corporais e são essenciais para o funcionamento das células. Quando há excesso de água no sangue, os eletrólitos se diluem e causam sintomas como náuseas, cãibras, confusão mental e convulsões. Em casos graves, pode haver inchaço do cérebro e coma.
A morte por hiponatremia é considerada rara, mas já houve outros casos registrados no mundo. Em 2007, uma mulher de 28 anos morreu após participar de um concurso de rádio que consistia em beber a maior quantidade de água possível sem ir ao banheiro. Em 2014, um adolescente de 17 anos faleceu depois de beber três litros de água em duas horas para aliviar uma ressaca.
Os especialistas alertam que não há uma quantidade ideal de água a ser consumida por dia, pois isso depende de fatores como peso, idade, atividade física e clima. No entanto, recomenda-se evitar beber mais do que um litro por hora e observar a cor da urina, que deve ser amarelo-clara. Se a urina estiver incolor ou muito pálida, pode ser um sinal de excesso de água.
