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O coquetel de anticorpos usado no tratamento de Trump contra a covid-19

Presidente dos Estados Unidos recebeu uma dose de Regn-Cov2, um medicamento autorizado apenas para uso emergencial nos EUA. Testes clínicos preliminares mostram redução da concentração do coronavírus nos pulmões.

Trump deixa o hospital militar onde passou três dias em tratamento | Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pôde receber medicamentos ainda não amplamente liberados durante sua rápida passagem por um hospital militar para o tratamento contra a covid-19.  Entre eles estão, além do antiviral remdesivir , também o Regn-Cov2.

Segundo o médico de Trump, Scott Gottlieb, o presidente recebeu uma dose intravenosa de 8 gramas do medicamento. Trata-se de um coquetel de anticorpos desenvolvido pela empresa americana de biotecnologia Regeneron Pharmaceuticals.

Como funciona o Regn-Cov2?

O Regn-Cov2 é uma das várias drogas experimentais contra a covid-19 que usam os chamados anticorpos monoclonais – cópias sintéticas de anticorpos humanos formados por pacientes nos estágios iniciais da doença.

O medicamento é administrado por via intravenosa e num único tratamento. O coquetel experimental está em fase de testes e ainda não passou pela avaliação de outros cientistas. A Regeneron afirma, contudo, que a droga foi bem-sucedida até aqui quando usada em seres humanos.

O princípio ativo é uma combinação de dois tipos de anticorpos: um fabricado pela empresa e outro oriundo de pacientes que se recuperaram da doença. Tal combinação, segundo a Regeneron, é vantajosa caso haja mutação do coronavírus.

Ao se ligarem aos chamados peplômeros (proteína spike) do Sars-Cov-2, os anticorpos atuam em conjunto, deformando a estrutura do vírus e, assim, limitando a capacidade dele de atacar as células humanas.

Os anticorpos, segundo a empresa, foram selecionados com base numa análise feita em camundongos geneticamente modificados. Ao final do experimento, os cientistas escolheram os dois anticorpos mais potentes e que não competiam entre si.

A Regeneron afirma que estudos pré-clínicos mostraram uma redução na quantidade de vírus nos pulmões de pacientes de covid-19 tratados com Regn-Cov2. Os maiores benefícios, porém, foram observados entre os pacientes que não haviam desenvolvido uma resposta imunológica eficaz por conta própria.

Ainda de acordo com a empresa farmacêutica, o tempo médio para alívio dos sintomas foi de 13 dias para o grupo de placebo, oito dias para o grupo de alta dosagem e seis dias para o grupo de baixa dosagem. Até o momento, 275 pacientes já teriam participado dos testes nos EUA.

A Food and Drug Administration (FDA), agência do governo dos EUA que regulamenta o uso de medicamentos no país, ainda não aprovou a utilização em massa do Regn-Cov2. Seu uso em casos de emergência, porém, foi autorizado antes mesmo de a revisão formal ser concluída.

O prognóstico de Trump

Embora ainda faltem dados sobre a nova droga, o conselheiro da Casa Branca Anthony Fauci disse que ela se mostrou promissora. Nos testes conduzidos pela Regeneron, porém, a idade média dos participantes era de 44 anos. Trump, que é levemente obeso e tem 74 anos, enquadra-se na categoria de alto risco.

Além do Regn-Cov2 e do remdesivir, o tratamento do presidente dos EUA também consiste na administração de zinco, vitamina D, melatonina, aspirina e um remédio para azia.

Em junho, o governo dos EUA concedeu à Regeneron um contrato de fornecimento de 450 milhões de dólares para até 300 mil doses do tratamento de anticorpos.

No ano passado, um plano de tratamento triplo com anticorpos, desenvolvido pela Regeneron, se mostrou eficaz contra o vírus ebola.

Por: Isadora Pamplona

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Rei da Espanha repreende sogra após flagrante de furto no palácio

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, foi advertida por Felipe VI após ser vista levando alimentos do Palácio de Zarzuela para casa, hábito iniciado durante a pandemia

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Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, costumava desfrutar de privilégios no Palácio de Zarzuela, residência oficial da monarquia espanhola, por conta de seu vínculo familiar. No entanto, segundo o portal português Flash!, o que inicialmente parecia ser um gesto de hospitalidade acabou se transformando em uma situação que gerou incômodo no rei Felipe VI.

Funcionários do palácio relataram que Paloma se sentia à vontade para utilizar diversos serviços da Casa Real, incluindo lavanderia e refeições, como se fosse moradora permanente. Embora a presença da enfermeira fosse inicialmente justificada pela proximidade com as netas, a princesa Leonor e a infanta Sofia, o comportamento teria extrapolado os limites aceitáveis.

De acordo com os relatos, o ponto de maior polêmica foi quando Paloma foi flagrada levando comida do palácio para casa, hábito que teria começado durante o período de confinamento imposto pela pandemia. “Ela chegou a pedir que alimentos fossem enviados diretamente para sua residência”, informou o portal.

O rei Felipe VI tolerou a situação durante a pandemia, compreendendo as dificuldades do momento. No entanto, o prolongamento desse comportamento levou o monarca a demonstrar sua insatisfação. Ele teria conversado com pessoas próximas e, eventualmente, dado um ultimato à sogra para encerrar a prática.

O episódio veio à tona em meio a outras polêmicas envolvendo a família real, incluindo rumores sobre um caso extraconjugal da rainha Letizia. Essas questões têm alimentado debates sobre a vida privada dos membros da monarquia espanhola e suas relações familiares.

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Dominique Pelicot é condenado a 20 anos de prisão por drogar ex-mulher para estupros em série

Caso histórico envolve mais de 50 réus e revela década de abusos na França

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Sua ex-mulher, Gisèle Pelicot

Dominique Pelicot recebeu a pena máxima de 20 anos de prisão nesta quinta-feira (19/12) após ser considerado culpado por drogar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, e permitir que dezenas de homens a estuprassem ao longo de dez anos. O julgamento, realizado em Avignon, no sul da França, ganhou repercussão internacional pela gravidade dos crimes e pelo número de envolvidos.

As investigações mostraram que Dominique drogava a vítima repetidamente e facilitava os abusos, que eram registrados em vídeo. Outros 50 homens também foram condenados, com penas entre 3 e 15 anos de prisão. Apesar das sentenças, familiares e ativistas criticaram a Justiça, afirmando que as punições ficaram abaixo do esperado para a gravidade dos crimes.

Repercussões e impacto
O caso veio à tona em 2020, quando Dominique foi preso por importunação sexual em um mercado. Durante as investigações, a polícia encontrou imagens que revelaram os abusos contra Gisèle, casada com ele por cinco décadas. Somente após essas descobertas ela soube das agressões.

Na saída do tribunal, Gisèle agradeceu o apoio recebido e afirmou que tornar o caso público foi essencial para “mudar a vergonha de lado”. Manifestantes demonstraram solidariedade à vítima, carregando cartazes com mensagens de apoio, enquanto gritavam “justiça” do lado de fora do tribunal.

Decisões e novos passos legais
A defesa de Dominique anunciou que pretende recorrer da sentença, assim como outros réus. No total, as penas aplicadas aos 51 condenados somam 428 anos de prisão, marcando um dos maiores julgamentos de violência sexual da história recente da França.

O caso é visto como um marco no combate à violência contra mulheres e reforça a necessidade de ampliar discussões sobre proteção e justiça para vítimas de crimes sexuais.

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Prefeitura dos EUA pede fim de adesivos de olhos em esculturas públicas

A prática viralizou nas redes sociais, mas gera custos com remoção e pode causar danos permanentes às obras de arte

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Nos últimos dias, esculturas espalhadas pela cidade de Bend, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, têm sido alvo de uma intervenção inusitada: adesivos de olhos “engraçados” têm aparecido fixados em diversas obras de arte pública. A ação rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou tanto risos quanto polêmica entre os moradores.

A prefeitura de Bend compartilhou imagens das esculturas modificadas, parte da chamada “Rota de Arte das Rotatórias”, em suas redes sociais. Entre as intervenções, destaca-se uma escultura de dois cervos com olhos adesivos e outra de uma esfera igualmente decorada. Apesar do tom descontraído da ação, os responsáveis pelos atos, apelidados de “Bandido dos Olhinhos” (Googly Eye Bandit), ainda não foram identificados.

Embora a ideia tenha conquistado simpatia de muitos moradores, a prefeitura alertou que a remoção dos adesivos exige cuidado para evitar danos às obras, algumas das quais são feitas de materiais como bronze e aço. Até o momento, a administração já gastou cerca de US$ 1.500 (aproximadamente R$ 9,3 mil) na limpeza de sete das oito peças afetadas. Uma escultura chamada “Phoenix Rising” pode, inclusive, precisar de repintura completa.

Nas redes sociais, a publicação oficial sobre o tema gerou discussões calorosas. Muitos moradores elogiaram a criatividade e a alegria trazidas pelas intervenções. “Minha filha e eu demos uma boa risada ao ver os olhos na galinha flamejante”, comentou um usuário, referindo-se ao apelido da obra “Phoenix Rising”. Outros, no entanto, argumentaram que o dinheiro gasto na remoção poderia ser investido em problemas mais urgentes, como o enfrentamento à falta de moradia.

Rene Mitchell, diretora de comunicações de Bend, explicou que, ao longo dos anos, as esculturas da cidade já foram decoradas com itens sazonais, como chapéus de Natal e guirlandas, que não são removidos. Contudo, os adesivos são tratados de forma diferente, pois podem causar danos permanentes às obras.



“Incentivamos nossa comunidade a interagir com a arte e a se divertir, mas precisamos proteger nosso acervo”, afirmou Mitchell. Ela também reforçou que a intenção da prefeitura não era adotar uma postura rigorosa, mas conscientizar os moradores sobre os impactos negativos da prática.

A história ganhou destaque nacional, chegando a ser mencionada em programas de TV como The Late Show with Stephen Colbert. Apesar da controvérsia, muitos moradores disseram esperar com entusiasmo pelas próximas intervenções criativas que possam surgir durante as festas de fim de ano.

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