conecte-se conosco

Política

No Japão, Lula se reúne com Macron e outros chefes de Estado

Invasão da Ucrânia é prioridade do presidente brasileiro no G7

Reuters/Direitos Reservados

Na noite desta quinta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou no Japão, onde participará do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7. A reunião, que reúne líderes das sete maiores economias do mundo – Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá – contará com a presença de Lula, que também terá encontros bilaterais com pelo menos sete chefes de Estado e governo, incluindo o presidente da França, Emmanuel Macron.

Lula busca apoio para a negociação de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, assunto que ele tem tratado pessoalmente com diversos líderes mundiais. A conversa com Macron estava sendo planejada há algum tempo, e os dois estiveram juntos na coroação do Rei Charles, em Londres, no início do mês, mas não tiveram a oportunidade de se reunir em particular.

“Alguém neste mundo tem que se preocupar com a paz, tomar uma decisão e tentar convencer aqueles que estão em guerra a pararem com a guerra, sentarem e negociar”, afirmou Lula a jornalistas em Londres. O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, que também é ex-chanceler, já viajou para a Rússia e Ucrânia para se reunir pessoalmente com líderes dos dois países e conhecer suas principais exigências para iniciar as negociações de paz.

A invasão da Ucrânia pela Rússia teve início em fevereiro de 2022 e já resultou em milhares de mortes e refugiados, além de causar impactos na produção e distribuição global de alimentos e energia.

Esse assunto é uma das principais prioridades do presidente Lula durante sua participação no G7, em Hiroshima, e na própria cúpula de líderes do grupo. Além da questão da guerra, serão abordados temas como segurança alimentar, problemas causados pela inflação e alto endividamento das nações em desenvolvimento, ações de combate às mudanças climáticas e fortalecimento do sistema mundial de saúde, entre outros.

Agenda

Na tarde desta sexta-feira, às 17h (5h no horário de Brasília), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma importante reunião com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese.

No sábado, dia 20, às 8h45 (20h45 de sexta-feira no Brasil), Lula se encontrará com Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão e anfitrião do evento como presidente temporário do G7. Durante esse encontro bilateral, serão abordados temas como a expansão dos fluxos comerciais e de investimentos entre os dois países, cooperação na área de descarbonização e a integração da comunidade brasileira no Japão.

Às 10h de sábado (22h de sexta-feira no Brasil), o presidente brasileiro terá a terceira bilateral da viagem, dessa vez com o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Logo após o almoço, às 15h (3h de sábado no Brasil), terá início a primeira sessão de trabalho da cúpula do G7, com a participação dos líderes dos países membros e dos oito convidados, incluindo o Brasil. Nessa sessão, serão discutidos os principais desafios contemporâneos, como segurança alimentar, saúde, gênero e democracia.

Em seguida, às 17h55 (5h55 no Brasil), Lula terá uma importante reunião com o presidente francês, Emmanuel Macron. E às 18h25 (6h25 no Brasil), ocorrerá a segunda sessão de trabalho, que abordará questões ambientais, mudanças climáticas e transição energética, contando com a participação de todos os líderes presentes na cúpula.

O último compromisso do sábado será às 20h (8h no Brasil), quando o presidente brasileiro se reunirá com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.

Na manhã de domingo, às 9h40 (21h40 de sábado no Brasil), todos os chefes de delegação farão uma visita ao Parque Memorial da Paz de Hiroshima, onde haverá uma cerimônia de deposição de flores em homenagem às vítimas da bomba atômica lançada durante a Segunda Guerra Mundial.

Em seguida, às 10h30 (22h30 de sábado no Brasil), ocorrerá a terceira e última reunião de trabalho da cúpula do G7 com os países convidados, com foco em paz, prosperidade e desenvolvimento.

Após o almoço, às 14h30 (2h30 de domingo no Brasil), o presidente Lula se reunirá com António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em seguida, às 15h15 (3h15 no Brasil), Lula encontrará o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh. E às 17h (5h no Brasil), terá um encontro com um grupo de empresários japoneses e representantes do banco de financiamento JBIC.

Antes de embarcar de volta para o Brasil, na segunda-feira (22), o presidente Lula concederá uma coletiva de imprensa às 8h (20h de domingo no horário de Brasília), onde poderá compart

Política

Suprema Corte do Colorado decide que Trump não pode concorrer à Presidência

Decisão aplica-se apenas às primárias republicanas do estado, mas pode afetar campanha do ex-presidente nas eleições gerais de 2024.

Publicado

on

Foto: Reprodução

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofreu um duro golpe em sua tentativa de retornar à Casa Branca em 2024. A Suprema Corte do Colorado decidiu, na terça-feira (19), que ele está inapto para ocupar o cargo de presidente por ter incitado uma insurreição contra o Congresso americano em 2021.

A corte estadual se baseou em uma cláusula da Constituição dos EUA que impede que pessoas que participaram de “insurreição ou rebelião” contra o governo possam exercer cargos públicos. O tribunal considerou que Trump se enquadra nessa categoria por ter estimulado seus apoiadores a invadirem o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, para tentar impedir a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.

Com essa decisão, Trump se torna o primeiro candidato presidencial na história dos EUA a ser declarado inelegível para a presidência por esse motivo. Ele também fica impedido de disputar as primárias republicanas no Colorado, que ocorrerão em 5 de março de 2024. O estado é considerado um reduto democrata e deve votar em Biden nas eleições gerais de 5 de novembro de 2024.

A decisão do tribunal do Colorado pode ter repercussões em outros estados e na esfera federal, já que há uma discussão sobre a aplicabilidade da cláusula constitucional que desqualifica Trump. Alguns grupos e eleitores contrários ao ex-presidente esperam que o caso chegue até a Suprema Corte dos EUA, que tem a última palavra sobre questões constitucionais.

Um dos autores da ação que levou à decisão do tribunal do Colorado foi o grupo Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington, que defende a transparência e a ética na política. O professor de direito da Notre Dame, Derek Muller, que apoia o grupo, disse que a decisão pode inspirar outras iniciativas semelhantes. “Acho que isso pode encorajar outros tribunais ou secretários estaduais a agirem agora que o curativo foi arrancado”, afirmou.

Trump, por sua vez, não aceitou a decisão e anunciou que vai recorrer à Suprema Corte dos EUA. Ele alega que não cometeu nenhum ato de insurreição e que suas declarações no dia da invasão do Capitólio foram protegidas pela liberdade de expressão. Ele também acusa o tribunal do Colorado de ser tendencioso e antidemocrático.

“A Suprema Corte do Colorado emitiu uma decisão completamente errada esta noite e iremos rapidamente apresentar um recurso à Suprema Corte dos Estados Unidos e um pedido simultâneo para a suspensão desta decisão profundamente antidemocrática”, disse o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, em comunicado.

Continue lendo

Política

Argentina: Milei suspende propaganda oficial e reduz cargos públicos

A propaganda oficial será suspensa por um ano. Já os chamados cargos federais foram cortados em 34%

Publicado

on

Foto: Reprodução

O presidente da Argentina, Javier Milei, cumpriu uma de suas promessas de campanha e suspendeu por um ano a veiculação de publicidade oficial nos meios de comunicação do país. A medida foi anunciada pelo porta-voz do governo, Manuel Adorni, em uma coletiva de imprensa na Casa Rosada.

Adorni também informou que o governo reduziu em 34% o número de cargos federais, mas não especificou quanto isso representaria em economia para os cofres públicos. Segundo ele, as nomeações e os contratos estão sendo revisados desde que Milei assumiu o poder.

A redução de cargos envolveu a diminuição de 18 para 9 ministérios, de 106 para 54 secretarias e de 182 para 140 subsecretarias. “O objetivo é fazer o impossível no curtíssimo prazo para evitar a catástrofe”, afirmou o porta-voz.

Adorni também disse que o governo irá investigar possíveis “contratações irregulares” feitas pelo governo anterior, de Alberto Fernández, e que exigirá 100% de presença dos funcionários públicos. Ele ainda declarou que “o emprego militante acabará”.

Outra promessa de campanha de Milei foi a privatização de três meios de comunicação estatais: a TV Pública, a Rádio Nacional e a Télam. Milei acusou a TV Pública de ser um “mecanismo de propaganda” e de ter divulgado informações falsas e negativas sobre seu partido durante a campanha eleitoral.

“Setenta e cinco por cento do que foi dito sobre nosso lado foi de maneira negativa, com mentiras e apoiando a campanha do medo. Não vou aderir a essas práticas de ter um ministério da propaganda”, disse Milei, defendendo uma comunicação governamental mais transparente e equitativa.

Continue lendo

Política

Câmara dos EUA aprova abertura de processo de impeachment contra Biden

Republicanos acusam presidente dos EUA de ter lucrado com os negócios da família no exterior

Publicado

on

Foto: Reprodução

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (14) a resolução que formaliza o inquérito de impeachment contra o presidente Joe Biden, iniciado em setembro pelo líder da oposição republicana, Kevin McCarthy. O processo se baseia em acusações infundadas de que Biden teria se beneficiado dos negócios de seu filho Hunter Biden em países estrangeiros.

A resolução, que teve o apoio de todos os republicanos e o voto contrário de todos os democratas, define as regras e os procedimentos para a continuação das investigações, que estão sendo conduzidas por três comitês da Câmara. Desde setembro, os comitês ouviram vários funcionários do governo e obtiveram documentos e registros bancários relacionados à família Biden.

Os republicanos alegam que a formalização do inquérito fortalece a legitimidade e a autoridade das intimações emitidas pelos comitês, e que é uma resposta à resistência da Casa Branca em cooperar com as investigações. No entanto, os democratas acusam os republicanos de abusarem do poder legislativo para promover uma caça às bruxas política contra o presidente.

O foco das investigações é o envolvimento de Hunter Biden em negócios na China e na Ucrânia, e a possível influência de seu pai, que era vice-presidente na época, nessas transações. Os republicanos tentam provar que Biden usou sua posição para favorecer os interesses de seu filho e de sua família, e que recebeu pagamentos indevidos deles.

Na semana passada, o comitê de supervisão da Câmara, um dos que lideram o inquérito, divulgou um relatório que mostrava cheques emitidos por Hunter Biden e por seu tio, James Biden, para Joe Biden, quando este não ocupava nenhum cargo público. O relatório, porém, omitia o fato de que esses cheques eram reembolsos de despesas pessoais, como a compra de um carro, e não provas de corrupção.

Apesar de terem intensificado as intimações e os depoimentos nas últimas semanas, inclusive convocando Hunter Biden e James Biden para testemunhar, os republicanos ainda não apresentaram nenhuma evidência concreta que sustente as acusações contra o presidente. A única audiência pública realizada até agora, em outubro, contou com a participação de especialistas jurídicos, que reconheceram que o inquérito carece de fundamentos legais e fatuais.

Os democratas, por sua vez, têm defendido o presidente e refutado as acusações dos republicanos, que consideram falsas e sem credibilidade. Eles afirmam que não há nenhuma prova de que Biden tenha agido de forma ilegal ou antiética em relação aos negócios de seu filho, e que os republicanos estão tentando desviar a atenção dos problemas reais do país.

Biden reage e denuncia “golpe político”

O presidente Joe Biden reagiu à aprovação da resolução que formaliza o inquérito de impeachment contra ele, e denunciou o que chamou de “golpe político” dos republicanos. Em um pronunciamento à nação, Biden disse que os republicanos estão desperdiçando o tempo e os recursos do Congresso com um processo sem fundamento, em vez de trabalharem pelo bem-estar dos americanos.

“Em vez de fazerem algo para ajudar a melhorar a vida dos americanos, eles estão obcecados em me atacar com mentiras”, disse Biden. “Em vez de se dedicarem aos temas urgentes que precisam ser resolvidos, eles estão optando por perder tempo com esse golpe político que até mesmo os republicanos no Congresso admitem não ter base em fatos”, afirmou.

Biden disse que confia na Justiça e na Constituição, e que está tranquilo quanto à sua inocência. Ele também pediu aos americanos que não se deixem enganar pelas falsas acusações dos republicanos, e que continuem apoiando seu governo, que tem trabalhado para enfrentar os desafios da pandemia, da economia e do clima.

Continue lendo

Popular

Copyright © 2020 O Panorama