O medo do desconhecido é uma reação humana comum, tanto em nossa vida pessoal quanto profissional. A desconfiança pode ter consequências positivas e negativas, dependendo da situação. No entanto, estamos testemunhando algo novo: uma desconfiança generalizada de milhares de pesquisadores e empresários em relação à tecnologia.
A saída recente de Geoffrey Hinton do Google trouxe à tona novamente a discussão sobre o futuro da Inteligência Artificial. Hinton, vencedor do Prêmio Turing de 2018, é conhecido por ter construído uma rede neural – um sistema matemático que aprende com dados – que é a base para o desenvolvimento de programas baseados em IA, como o ChatGPT.
O pesquisador defende que enquanto não houver uma clara compreensão dos meios de controlar a tecnologia, a pesquisa deve ser interrompida. Hinton tem dois principais receios: que o uso indevido da tecnologia acelere a disseminação de notícias falsas em todo o mundo e que ela acabe com funções de trabalho, levando a uma grande onda de desemprego.
Enquanto alguns questionam e debatem os avanços da inteligência artificial, outros discutem a necessidade de regulamentação das redes sociais. Embora haja diferentes pontos de vista entre pesquisadores, empresas privadas e governos, uma coisa é clara: ninguém sabe ao certo os impactos a longo prazo dessas tecnologias, e é preciso atenção para evitarmos surpresas desagradáveis no futuro.
