Sonhamos na maioria das vezes quando estamos na fase REM (Rapid Eye moviment) do sono. Estudos recentes mostram que também sonhamos quando estamos em alguns estágios do NREM. Segundo Nielsen (2000) de 25% a 50% do sono NREM (Nom Rapid Eye Moviment) também sonhamos, porém, são muito mais difíceis de serem lembrados. Nestes momentos existem a reorganização da memória, eliminando informações desnecessárias e armazenando aquelas que estão associadas a cargas emocionais. Os sonhos são provenientes de uma descarga elétrica que provocam alterações cerebrais que restabelecem o equilíbrio psíquico e quando chegam a consciência influenciam a forma de pensar e agir das pessoas. A análise e a interpretação dos sonhos é uma prática na Psicologia Analítica e na Psicanálise, e entre os estudiosos estão Freud e Jung, que aprofundou os trabalhos de Freud e ampliou as possibilidades interpretativas.
Os sonhos para Carl Gustav Jung, sempre tiveram relevância, pois são um processo psíquico natural, que aparecem de forma espontânea, sem nossa intervenção e alheia à nossa vontade. “A função geral dos sonhos é tentar restabelecer a nossa balança psicológica, produzindo um material onírico que reconstitui, de maneira sutil, o equilíbrio psíquico total. É ao que chamo função complementar (ou compensatória) dos sonhos na nossa constituição psíquica. Explica por que pessoas com ideias pouco realísticas, ou que têm um alto conceito de si mesmas, ou ainda que constroem planos grandiosos em desacordo com a sua verdadeira capacidade, sonham que voam ou que caem.” (Jung, 2008, p. 56). Na psicoterapia junguiana, a análise dos sonhos é importante, pois contém imagens e associações de pensamentos inconscientes. São um elo entre duas instâncias psíquicas (consciente e inconsciente) e por isso devemos dar uma atenção especial, pois são um instrumento para o nosso autoconhecimento. Segundo Jung:
Os sonhos são expressões simbólicas,envoltas de afetos e contém conteúdos compensatórios. Sendo esse caráter compensatório individual e com função trazer para a consciência todos os elementos que ainda não foram alcançados. Há três maneiras possíveis de ver o sonho como atividade compensatória – primeiro como uma mensagem, compensando distorções temporárias do ego e dirigindo a pessoa a um entendimento de uma situação da vida, inclusive reconhecendo o complexo que foi ativado. Segundo, como representação da psique, mostrando ao ego que é necessária uma mudança para o caminho da individuação e terceiro,uma tentativa de alterar alguma estrutura na qual o ego se apoia. A análise dos sonhos significa a compreensão dos símbolos que estão presentes nas imagens oníricas para o melhor entendimento dos processos psicológicos que estão sendo manifestados. Nos ensina a ouvir a voz interior. Fazemos isso seguindo etapas -primeiro buscamos compreender os detalhes do sonho, depois fazemos associações, relações e amplificamos em ordem progressiva (pessoal, cultural e arquetípica), por fim colocamos o sonho no contexto da situação de vida.
O trabalho com os sonhos, segundo Von Franz (2011), nos proporciona um autodiagnóstico dinâmico e contínuo, esclarecem flutuações menores, atitudes momentâneas e equivocadas, ou modos específicos de reação. Quando buscamos entender nossos sonhos dialogamos com o nosso inconsciente, ampliamos nossa consciência e vamos em direção ao processo de individuação (nosso destino a cumprir).
Os sonhos são recursos riquíssimos no tratamento psicoterapêutico dentro da abordagem Analítica, proporciona saúde mental promovendo a diminuição de sintomas e o autoconhecimento.
Por: Cláudia Boselli Couto
IMPI – Instituto de Medicina e Psicologia Integradas
Flávio Dino autoriza retomada do pagamento de emendas parlamentares
Decisão do STF visa garantir transparência nas execuções de recursos, com medidas específicas para diferentes tipos de emendas, visando destravar votações no Congresso
Ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF),
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (2/12) a retomada do pagamento das emendas parlamentares, que haviam sido suspensas desde agosto devido à necessidade de adequação às normas constitucionais de transparência e rastreabilidade. A medida visa garantir mais controle sobre a destinação dos recursos públicos.
Agora, os parlamentares terão que seguir novas exigências. As emendas de relator (RP 9) e de comissão (RP 8) poderão ser liberadas, mas com a devida identificação dos parlamentares responsáveis. Já as emendas Pix necessitarão de um plano de trabalho prévio para serem pagas, enquanto as emendas anteriores a 2025 terão até 60 dias para regularizar qualquer pendência nesse sentido. No caso das emendas de bancada, será exigida a individualização de cada uma delas, e, daqui em diante, as emendas só serão aprovadas com planos de trabalho claros e depósitos em contas específicas.
Com essa liberação, espera-se que o Congresso possa avançar nas votações de pautas prioritárias para o governo, como a revisão dos gastos públicos e a análise das duas principais leis orçamentárias: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Flávio Dino destacou, na decisão, a gravidade da situação de recursos públicos que, no passado, circulavam sem a devida rastreabilidade: “BILHÕES DE REAIS do Orçamento da Nação tiveram origem e destino incertos e não sabidos”, afirmou o ministro, que apontou a falta de documentação clara para a execução de emendas.
A decisão segue a mobilização do Congresso sobre o tema, especialmente após a criação de uma proposta pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), que foi aprovada na Câmara dos Deputados em novembro e estabelece normas para garantir a transparência na execução das emendas parlamentares.
Um homem de 24 anos foi preso no domingo (1/12) em Itajaí (SC), sob suspeita de matar a própria mãe e o padrasto. O crime aconteceu no dia 23 de novembro, quando o suspeito fez uma ligação para os bombeiros, afirmando ter encontrado Pedro Ramiro de Souza e Susimara Gonçalves de Souza desacordados em sua residência. No entanto, as investigações indicam que o crime pode ter sido premeditado, com o objetivo de que o jovem ficasse com a herança do casal.
O rapaz foi detido após a polícia identificar indícios de que o assassinato foi planejado, e que as vítimas foram asfixiadas, amarradas e amordaçadas. Além disso, a Justiça autorizou buscas em vários endereços associados ao suspeito. Durante as apreensões, foram encontrados dois celulares, computadores e roupas. O inquérito segue em andamento e a polícia não descarta a possibilidade de envolvimento de outra pessoa no crime.
A investigação também busca esclarecer todos os detalhes do homicídio, enquanto o suspeito permanece preso aguardando o andamento do processo.
Um bebê de apenas dois meses, fruto de uma relação incestuosa entre pai e filha, faleceu em Campinorte, Goiás, após ser vítima de maus-tratos. A mãe da criança foi presa, e o pai, que também era avô da vítima, morreu em um confronto com a polícia.
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, a mãe levou o bebê sem vida ao hospital da cidade na sexta-feira (29), alegando que a criança havia se engasgado. No entanto, ao ser atendido, o médico percebeu marcas roxas pelo corpo da vítima. A perícia confirmou que a morte foi causada por “ação externa e contundente”.
A mulher, inicialmente acompanhada por um homem que alegou ser primo da criança, foi identificada como mãe da vítima. O homem foi reconhecido como o avô da criança e pai da mulher. Ele possuía um mandado de prisão por feminicídio, em aberto, emitido pela Justiça da Bahia.
Testemunhas informaram à polícia que a mulher teve outros dois filhos com o pai. Ela foi presa no sábado (30), enquanto o homem, que estava armado com uma pistola calibre .22, morreu em uma troca de tiros com a polícia durante uma tentativa de prisão na zona rural de Campinorte. O nome do homem não constava nas certidões de nascimento das filhas.