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Brasil

Policiamento é mantido nos complexos do Jacarezinho e Muzema, no Rio

Policiais devem permanecer nas duas áreas por tempo indeterminado

Reuters/Alexandre Loureiro

A Polícia Militar (PM) mantém 250 homens na comunidade do Jacarezinho, zona norte da capital, e 100 na comunidade da Muzema, na zona oeste, onde cerca de 1.300 policiais militares e civis realizaram na quarta-feira (19) ações operacionais integradas. A ação visa a retomada de território nas duas áreas da cidade que sofrem influência do tráfico e de milícias. Nos locais, o governo fluminense pretende iniciar a implantação de um programa de segurança pública aliado a intervenções urbanísticas e sociais.

Segundo informou a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, até o momento, não houve alteração nesta quinta-feira (20). Já a Polícia Civil disse que, nesta segunda etapa da operação, ela dá seguimento ao “seu papel de polícia judiciária no processo de inteligência e investigação”, enquanto os policiais militares permanecem baseados nas comunidades.

A ação conjunta na área do Jacarezinho e adjacências foi iniciada ao amanhecer da quarta-feira (19), com o ingresso no terreno de tropas de três unidades do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar: Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Polícia de Choque (BPChq ) e Batalhão de Ações com Cães (BAC).

Foram mobilizadas também tropas da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e de unidades operacionais do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA), responsáveis por parte da zona norte, centro e zona sul do município do Rio de Janeiro.

Mandados

Os policiais civis entraram na comunidade do Jacarezinho para cumprimento de 42 mandados de prisão contra criminosos da facção atuante no tráfico local, 13 de busca e apreensão de adolescentes e um de busca e apreensão de um maior de idade. Uma aeronave da Polícia Civil também foi empregada, fazendo sobrevoos na área para dar apoio aos policiais que atuavam no terreno.

No complexo da Muzema, que engloba as comunidades da Tijuquinha e do Banco, a operação começou por volta das 10h, com a chegada de policiais militares do Comando de Polícia Ambiental (CPAm) e de unidades operacionais do 2º CPA, que atuam na zona oeste e parte da zona norte, além de grande contingente de policiais civis. Na área da Muzema, que sofre influência de milícias, a operação teve como foco o combate ao comércio ilegal de gás de cozinha, crimes ambientais e construções irregulares.

Nas duas ações, a Polícia Militar empregou cerca de 800 policiais e a Polícia Civil em torno de 500 agentes. Foram empregados veículos blindados e houve reforço no patrulhamento das vias expressas, especialmente as mais próximas aos dois complexos de favelas.

As duas ações foram monitoradas em tempo real no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Os policiais devem permanecer nas duas comunidades por tempo indeterminado. Até ontem à noite, dois homens foram presos na Comunidade do Jacarezinho, sendo apreendidos material para embalo de drogas e entorpecentes. Na Muzema, 33 suspeitos foram conduzidos às 16ª e 42ª delegacias policiais.

O governador Cláudio Castro vai anunciar detalhes do programa Cidade Integrada neste  sábado (22), em local e horário ainda a serem definidos.

Por: Agência Brasil

Brasil

Polícia investiga desaparecimento do maior castelo inflável da América Latina

A polícia investiga o sumiço de um castelo inflável de 700 m², considerado o maior da América Latina, que desapareceu durante o transporte em Mogi Guaçu, São Paulo

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Maior castelo da América Latina / Foto: Divulgação

Um castelo inflável gigante, considerado o maior da América Latina, desapareceu após ser transportado por um caminhão de frete. O caso ocorreu em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, e está sendo investigado pela Polícia Civil.

Com 700 metros quadrados e um circuito interno de atividades, o brinquedo estava instalado no estacionamento do Buriti Shopping e seria enviado para uma exposição no Rio de Janeiro. O transporte foi realizado na última segunda-feira (18/11), mas o castelo nunca chegou ao destino.

Gil Fagundes Pueri, proprietário do parque inflável, relatou que contratou o serviço de frete por meio de um aplicativo. O brinquedo foi carregado em um caminhão Scania 112 branco, com placa e características que, inicialmente, pareciam ser da empresa contratada. No entanto, descobriu-se que a placa era clonada e que o transporte foi realizado por golpistas.

O caminhão foi visto seguindo em direção aos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. Pueri está oferecendo uma recompensa por informações que ajudem a localizar o brinquedo.

O caso foi registrado como furto na Delegacia Seccional de Mogi Guaçu. As autoridades seguem em busca de pistas para localizar o castelo inflável.

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Saúde

Células de gordura têm “memória” e podem explicar o efeito sanfona, aponta estudo

Estudo revela que o “efeito sanfona”, que causa o reganho de peso após dietas, pode ser influenciado por mudanças epigenéticas nas células de gordura

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Foto: Divulgação

A recuperação do peso após um processo de emagrecimento é uma realidade para muitos, e o fenômeno conhecido como “efeito sanfona” pode ser explicado por uma descoberta recente. Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurique), na Suíça, identificaram que o DNA das células de gordura pode ter “memória”, o que facilita a recuperação do peso após um período de emagrecimento.

O estudo, publicado na revista científica Nature, sugere que mudanças epigenéticas no DNA das células de gordura podem ser responsáveis pelo “efeito sanfona”. A epigenética, campo da biologia que investiga como fatores externos influenciam a expressão genética sem alterar a sequência do DNA, pode ser a chave para entender a dificuldade de manter a perda de peso a longo prazo.

O estudo em camundongos

Para entender melhor as causas do efeito sanfona, os pesquisadores conduziram experimentos com camundongos. Os animais, que haviam perdido peso após uma dieta restritiva, apresentaram alterações epigenéticas nas células de gordura que persistiram, mesmo após o emagrecimento. Essas células “lembravam” do estado de sobrepeso e, ao retornar a uma dieta rica em gordura, os camundongos recuperaram rapidamente o peso perdido.

Ferdinand von Meyenn, professor de nutrição e epigenética metabólica na ETH Zurique, explicou que esse fenômeno ocorre devido a um “efeito de memória” nas células de gordura. “Após a perda de peso, as células ainda mantêm essa memória, facilitando o retorno ao peso anterior”, afirmou o pesquisador.

Implicações para os seres humanos

Embora o estudo tenha sido realizado em camundongos, os pesquisadores encontraram evidências semelhantes em seres humanos. Biópsias de tecido adiposo de pessoas que passaram por cirurgia bariátrica indicaram mudanças genéticas consistentes com os resultados obtidos nos camundongos.

Contudo, os cientistas ainda não sabem quanto tempo essa “memória” do peso excessivo permanece nas células de gordura e se seria possível, no futuro, apagar essas alterações epigenéticas com medicamentos.

Prevenção continua sendo a melhor estratégia

A descoberta reforça a importância da prevenção. Como as células de gordura podem “lembrar” do estado de obesidade, é fundamental evitar o excesso de peso desde o início. Além disso, os pesquisadores indicam que outras células, como as do cérebro e vasos sanguíneos, também podem ter memórias epigenéticas que contribuem para o efeito sanfona. A próxima etapa da pesquisa será investigar essas possibilidades.

Por enquanto, a principal recomendação dos cientistas é que, para combater o “efeito sanfona”, a prevenção continua sendo o caminho mais eficaz.

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Pai de estudante morto por PM: “O cachorro ainda espera por ele”

Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos, foi morto por um policial militar em São Paulo

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Marco Aurélio foi baleado por um PM durante uma abordagem no hotel / Foto: Rede social

Julio César Acosta, médico e pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos, relatou com dor que o cachorro da família ainda aguarda o retorno do jovem, morto por um policial militar em uma abordagem dentro de um hotel em São Paulo na madrugada de quarta-feira (20/11).

Em entrevista, Julio César afirmou que o único consolo seria um pedido de perdão por parte dos responsáveis pela morte de seu filho. Ao saber do incidente, ele foi até o local, onde, segundo ele, foi ignorado pelos policiais, que não prestaram ajuda e não forneceram informações sobre a gravidade do ocorrido. No hospital, encontrou Marco em estado crítico e, depois, recebeu a triste notícia da morte de seu filho.

Marco Aurélio estava no centro cirúrgico, onde os médicos tentaram salvar sua vida, mas não resistiu aos ferimentos. O pai, indignado, questionou os motivos que levaram ao disparo e lamentou a ausência de ação por parte das autoridades.

O caso gerou repercussão após a divulgação de imagens que contradizem a versão dos policiais. Segundo os PMs, Marco teria tentado roubar uma arma durante a abordagem, mas as imagens mostram que ele foi baleado após ser agredido e desarmado. O caso segue sob investigação.

Marco Aurélio era conhecido como “Bilau” no time de futebol da faculdade e como “MC Boy da VM” nas redes sociais. O estudante era lembrado com carinho por seus amigos e colegas, que prestaram homenagens à sua memória.

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