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Economia

Reserva de ações da Eletrobras com recursos do FGTS começa hoje

Até 8 de junho, trabalhador poderá pedir compra de papéis da estatal

Reuters/Pilar Olivares

A partir de hoje (3) até a próxima quarta-feira (8), os trabalhadores com carteira assinada poderão manifestar interesse em comprar ações da Eletrobras com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Começa o prazo para reservar ações da companhia estatal, que passa por processo de privatização.

A operação não representa a compra efetiva das ações, que ocorrerá somente quando for realizado o leilão da companhia elétrica. O procedimento, no entanto, é necessário para confirmar o interesse pelas ações da estatal. Com a privatização, o governo federal quer reduzir a participação na Eletrobras de 72% para, no máximo, 45%.

O trabalhador poderá usar de R$ 20 mil a R$ 50 mil do FGTS na operação. Também existe um limite de 50% do saldo da conta do Fundo de Garantia. Dessa forma, quem tiver saldo de R$ 40 mil no FGTS só poderá destinar R$ 20 mil para a compra das ações da Eletrobras. No caso de o empregado ter mais de uma conta no FGTS, poderá usar até 50% do saldo de cada uma.

O pedido de reserva deverá ser feito diretamente nas páginas de bancos e de corretoras que mantêm Fundos Mútuos de Privatização ligados ao FGTS (FMP-FGTS). Atualmente, as instituições financeiras têm páginas na internet com o prospecto preliminar e os avisos ao mercado.

Autorização para consulta

Antes de fazer a operação de reserva, o trabalhador deverá autorizar que as instituições financeiras consultem os saldos do FGTS e efetuem a reserva dos valores para a aplicação no FMP-FGTS. O procedimento deve ser feito no aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal, disponível para smartphones e tablets.

Ao abrir o aplicativo, o trabalhador deve clicar no botão “Autorizar bancos a consultarem seu FGTS”. Em seguida, deve escolher a opção “Aplicação nos fundos mútuos de privatização FGTS”, selecionar a opção “FMP Eletrobras” e escolher uma das dezenas de administradoras (bancos e corretoras que operam o FMP) que aparecerem. A instituição financeira escolhida deve ser a mesma em que o trabalhador fará a reserva.

Na mesma tela, é possível simular a aplicação no FMP-FGTS. O próprio aplicativo esclarece que só é permitida a aplicação com valores inteiros. Dessa forma, o saldo máximo de 50% do valor de cada conta vinculada do FGTS deve ser arredondado para baixo, desconsiderando os centavos.

Precificação

O preço de cada ação na oferta será definido apenas em 9 de junho, um dia após o fim do prazo de reserva. Ontem (2), a ação da estatal encerrou o dia cotada em torno de R$ 43 na bolsa, mas o valor da oferta só será definido após negociações entre os fundos de investimento (entre os quais os FMP), os bancos e a Eletrobras. As pessoas físicas não participação do processo.

A Eletrobras destinou R$ 6 bilhões para a venda de ações a investidores que pretendem usar recursos do FGTS. O uso do Fundo de Garantia representa apenas uma das formas pelas quais pessoas físicas podem participar do leilão, previsto para ocorrer no segundo semestre. Caso a pessoa física queira comprar ações diretamente no dia do leilão, sem usar o FGTS, poderá desembolsar entre R$ 1 mil e R$ 1 milhão, cada uma.

Variação e riscos

O trabalhador deve ficar atento aos riscos da operação. Como o mercado de ações é variável, os papéis da Eletrobras estarão sujeitos às oscilações do mercado financeiro. Será preciso ter paciência e observar a evolução dos papéis no longo prazo, antes de vender as ações quando as cotações baixarem e sair no prejuízo.

O investimento tem prazo mínimo de um ano. Quem comprar ações da Eletrobras com o FGTS terá de esperar pelo menos 12 meses para desfazer-se dos papéis. Após a venda, o dinheiro voltará para a conta do FGTS e só poderá ser sacado nas regras atuais, como demissão sem justa causa, financiamentos de imóveis, doenças graves ou o saque aniversário (saque que ocorre uma vez por ano em troca de não ter direito a receber o saldo em caso de demissão).

Por: Agência Brasil

Economia

Aumento na conta de luz pode chegar a 13% com bandeira vermelha

Economistas ajustam previsões, destacando impacto significativo na tarifa de energia e nas projeções de inflação para 2024

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Contas de luz ficarão mais caras por causa da seca que afeta os reservatórios das hidrelétricas — Foto:Divulgação

A recente decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de implementar a bandeira vermelha patamar 2 para o setor elétrico pode elevar a conta de luz em até 13% neste mês, conforme previsão de economistas. Esse ajuste é influenciado por fatores como o consumo médio de energia por parte dos consumidores.

A bandeira vermelha 2, a mais alta da escala, foi acionada devido ao baixo nível dos reservatórios e à necessidade de acionar termelétricas, que apresentam um custo mais elevado. Esta decisão foi inesperada, especialmente por ter sido feita uma transição direta do patamar verde para o nível mais crítico.

Impactos na Inflação e Expectativas Econômicas

Com a aplicação da bandeira vermelha patamar 2, o acréscimo será de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o que poderá pressionar a inflação. O índice de preços ao consumidor (IPCA), que já havia alcançado o teto da meta de 4,5% até julho, poderá ultrapassar essa margem. A projeção para o IPCA de 2024 aumentou pela sétima semana consecutiva, passando de 4,25% para 4,26%, sem incluir ainda o impacto da nova bandeira.

O economista Homero Guizzo, da Terra Investimentos, estima um aumento de cerca de 13% no custo da energia em setembro, o que poderá adicionar 0,52 ponto percentual ao IPCA deste mês, resultando em uma inflação de 0,72%. Por outro lado, Mateus Cavaliere, da PSR Consultoria, prevê uma alta média de 10% nas contas de luz, com um aumento de R$ 16 para uma conta de 200 kWh/mês.

Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, antecipa um acréscimo de 12% e acredita que a bandeira não retornará ao patamar verde neste ano. Leonardo Costa, da ASA Investments, projeta um aumento médio de 11,5% na tarifa devido à seca prolongada, que afetou a geração de energia.

Perspectivas e Ajustes

Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, espera um impacto de 0,43 ponto percentual na inflação, mas vê possibilidade de retorno à bandeira amarela até o final do ano, o que reduziria o impacto. Andréa Angelo, da Warren Investimentos, acredita que a bandeira vermelha 2 pode se repetir em outubro, com retorno ao nível amarelo nos últimos meses do ano, projetando uma inflação de 4,45% para 2024.

Maikon Perin, especialista da Ludfor Energia, prevê um reajuste superior a 10% em setembro devido ao acionamento da bandeira vermelha patamar 2. Ele observa que, embora os preços no mercado livre estejam altos, a situação pode incentivar a migração para esse ambiente de negociação mais competitivo.

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Economia

Governo prevê R$ 700 milhões em arrecadação com nova taxa sobre compras internacionais

A taxa, de 20% sobre produtos importados abaixo de US$ 50, complementa o ICMS sobre importações e faz parte de um pacote maior para equilibrar o orçamento

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Foto:Divulgação

A equipe econômica do governo brasileiro projeta arrecadar R$ 700 milhões neste ano com a implementação da nova taxa sobre compras internacionais, popularmente chamada de “taxa das blusinhas”. A cobrança, que se aplica a produtos importados com valor abaixo de US$ 50 (aproximadamente R$ 250), foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de junho e está em vigor desde agosto.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, destacou que a previsão de arrecadação consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025, recentemente enviado ao Congresso Nacional. “O Remessa Conforme já foi aprovado e permitirá uma entrada adicional de cerca de R$ 700 milhões, o que é essencial para equilibrar o orçamento”, afirmou Durigan em coletiva de imprensa.

A nova taxa visa compensar parte dos custos relacionados à desoneração da folha de pagamentos, um benefício que abrange 17 setores econômicos e municípios com até 156 mil habitantes. O custo total desse benefício foi estimado em R$ 26 bilhões para 2024, podendo atingir até R$ 35 bilhões. A desoneração total está prevista para custar R$ 55 bilhões até 2027.

Além da taxa sobre compras internacionais, continua a vigorar o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para importações. O governo também enviou ao Congresso uma proposta para aumentar a alíquota do imposto de renda sobre juros sobre capital próprio (JCP) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), com a expectativa de arrecadar R$ 20,947 bilhões.

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Economia

Volkswagen pode fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez para reduzir custos

Volkswagen enfrenta desafios econômicos e avalia o fechamento de fábricas na Alemanha após 87 anos, em meio a dificuldades na transição para veículos elétricos

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Foto: Rede social

A Volkswagen AG, uma das maiores montadoras do mundo, está considerando fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez em seus 87 anos de história. A medida, que visa reduzir custos, marca uma ruptura significativa no acordo existente com os sindicatos, que previa a manutenção de empregos até 2029.

A decisão surge em meio a desafios econômicos crescentes e à pressão de novos concorrentes no mercado europeu. Segundo Oliver Blume, CEO do Grupo Volkswagen, a Alemanha está perdendo competitividade como um polo de negócios. “O ambiente econômico tornou-se ainda mais difícil e novos atores estão pressionando na Europa”, afirmou Blume.

A Volkswagen, que enfrenta dificuldades na transição para veículos elétricos e uma queda nos gastos dos consumidores, tem buscado alternativas para cortar despesas, especialmente na sua principal marca de automóveis. As possíveis ações incluem o fechamento de pelo menos uma grande fábrica de automóveis e um centro de componentes na Alemanha, além de alterações nos acordos salariais.

Com cerca de 300 mil trabalhadores na Alemanha, a Volkswagen está no centro de uma potencial crise trabalhista, já que metade do conselho de supervisão da empresa é composta por representantes dos trabalhadores. Daniela Cavallo, chefe do comitê dos trabalhadores no Conselho de Administração, criticou a direção da VW, afirmando que as decisões recentes poderiam resultar em prejuízos para a empresa.

Conflitos sindicais anteriores já derrubaram altos executivos da Volkswagen, e este novo embate pode representar um grande desafio para a liderança atual. A empresa busca formas de aumentar a eficiência em suas operações domésticas, mas enfrenta resistência significativa dos sindicatos e do estado da Baixa Saxônia, que detém uma participação de 20% na companhia.

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