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#SeuVoto: Confira a história das cédulas eleitorais no Brasil

A primeira cédula de votação oficial foi criada em 1955, pela Justiça Eleitoral

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Foto: TSE/Divulgação

O terceiro post da série #SeuVoto vai relembrar uma ferramenta muito importante e controversa das eleições no país: as cédulas eleitorais. Desde o primeiro pleito no Brasil e seguindo por décadas, a cédula de votação foi decisiva nas eleições.

Antes da invenção da urna eletrônica, o Brasil utilizava as cédulas para que os eleitores marcassem o candidato que eles queriam que ganhasse. Após isso, elas eram depositadas em uma urna lacrada, que seria aberta apenas após o fim do horário de votos e levada para apuração.

Esse processo, como mencionamos nos dois primeiros posts da série #SeuVoto, não era tão seguro, pois fraudes aconteciam quase que obrigatoriamente em todos os pleitos. Principalmente nas eleições do interior as eleições tinham grandes riscos de serem manipuladas. Apesar de toda controvérsia por trás da cédulas de votação no país, elas exerceram papel importante na democracia brasileira.

Primeira cédula oficial

O voto, seja ele por meio da urna eletrônica ou pela cédula de votação, é a principal ferramenta que o eleitor tem para exercer sua cidadania. Contribuir para a criação de um país mais democrático nunca foi tão fácil quanto votar. Pois, por meio do voto é que o povo escolhe seus representantes na política.

A primeira eleição realizada no Brasil foi em 1532 e os eleitores escolheram representantes para a Câmara Municipal da Capitania de São Vicente. Entretanto, o pleito ocorreu de forma indireta e com baixa adesão de pessoas, visto que havia uma renda mínima como requisita para votar.

Cédula de votação das eleições presidenciais de 1955 Foto: TSE/Divulgação

Do século XVI até o século XX o Brasil passou por vários pleitos, a nível local e nacional. Mas foi apenas em 1955, nas eleições para presidente, que tivemos a primeira cédula oficial. Participaram do pleito: Juarez Távora, Adhemar de Barros, Plínio Salgado e Juscelino Kubitscheck. Para a vice-presidências os eleitores poderiam escolher entre: João Goulart, Milton Campos e Danton Coelho. A vitória foi de Juscelino Kubitschek, com 36% dos votos.

As cédulas eleitorais de 1955 são consideradas como oficiais, pois, até então, as cédulas de votação, eram responsabilidade dos candidatos. Com a mudança, elas passaram a ser feitas exclusivamente pela Justiça Eleitoral.

Cédulas de partidos

Antes do pleito de 1955, vários outros usaram cédulas de votação, porém, confeccionadas pelos próprios candidatos. A cédula abaixo é da eleição de 1945 e criada pelo Partido Social Democrático (PSD). O voto, computado para o candidato a deputado Gustavo Capanema.

Cédula do PSD nas eleições de 1945 Foto: TSE/Divulgação

Ainda em 1945, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) também confeccionou uma cédula eleitoral. À época, lançaram como candidatos Jeová Alvares da Silva e Getúlio Dorneles Vargas. Os dois concorreram como deputados para a Câmara Federal.

Antes da padronização de todas as cédulas eleitorais pela Justiça Eleitoral, a diferença entre elas não era tão visível. Contudo, havia falta de informações. Dessa forma, eles registravam apenas o partido, nome e o órgão para qual se candidatavam.

Cédulas do DF

Décadas após a primeira cédula eleitoral oficial ser criada, a urna eletrônica teve a estreia no pleito de 1996. Contudo, as cédulas de votação voltaram em algumas oportunidades. Em uma delas, em 2002, os eleitores brasilenses puderam votar para presidente, senador e governador.

Esse foi o pleito em que Lula foi eleito presidente, com 61,27% dos votos, totalizando 52.793,364 no segundo turno, contra o tucano José Serra. Abaixo você pode conferir a cédula do primeiro turno, com todos os candidatos dos três cargos públicos.

Cédulas das eleições de 2002 no DF Foto: TSE/Divulgação

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