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Tempo de tela excessivo pode atrasar o desenvolvimento de crianças, diz estudo

O estudo relacionou o tempo de tela das crianças com o atraso no desenvolvimento de habilidades motoras, pessoais e sociais

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Foto: Reprodução

Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association Pediatrics (JAMA) revela que crianças de um ano que passam mais de quatro horas por dia na frente de telas apresentam atrasos no desenvolvimento de habilidades de comunicação e resolução de problemas aos 2 e 4 anos de idade.

A pesquisa foi realizada por cientistas do Japão e envolveu 7.097 crianças de um a quatro anos, que foram expostas a diferentes níveis de tempo de tela. A maioria das crianças ficava menos de duas horas por dia diante das telas, enquanto 18% ficavam entre duas e quatro horas e 4% ficavam mais de quatro horas.

Os resultados mostraram que as crianças de um ano que ficavam mais tempo nas telas tinham atrasos de dois anos no desenvolvimento de habilidades motoras, pessoais e sociais, em comparação com as que ficavam menos tempo.

Segundo os pesquisadores, os atrasos não são causados pelas telas em si, mas pela perda de interações com os pais e outras pessoas, que são fundamentais para o desenvolvimento dos bebês. As brincadeiras e as conversas face a face ensinam diversas informações sociais, como expressões faciais, palavras, tom de voz e feedback físico, que não são transmitidas pelas telas.

David J. Lewkowicz, psicólogo do desenvolvimento do Yale Child Study Center, afirma que sua recomendação para os pais é: “Fale com seu filho o máximo que puder, cara a cara, o máximo que puder”.

O estudo não diferencia o tempo de tela destinado a atividades educacionais ou de entretenimento, por isso os próximos estudos devem focar no tipo de conteúdo visto nas telas.

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