O fim do ano está chegando e as decorações de natal já começaram a aparecer no comércio brasileiro. Com a pandemia, os comerciantes têm se reinventado para poder continuar vendendo, e essa época é fundamental para alavancar as vendas no e-commerce. Dois exemplos são: Black Friday e Natal. Com a pandemia ainda em alta, o e-commerce no Brasil cresceu exponencialmente e promete vender ainda mais no fim de 2020.
Dados da pesquisa feita pela Rakuten Advertising apontam que 87% das pessoas querem ir às compras para o Natal. Também mostra que 57% consideram participar da Black Friday neste ano. Além disso, o estudo revela ainda que 86% dos entrevistados desejam fazer compras pela internet. Logo, a oportunidade de utilizar as plataformas de vendas online tem aumentado entre os varejistas.
Aumento de vendas online
O e-commerce brasileiro tem visto seus números aumentarem cada vez mais, considerando que o isolamento social trouxe barreiras para o comércio físico. Sendo assim, ele obrigou os comerciantes e empresários a pensarem em estratégias e soluções para vender seus produtos e serviços de forma online. Segundo o diretor executivo da Syscoin Commerce, Hugo Cândido a estimativa é que haja um crescimento 50% maior nessa Black Friday, se comparado a 2019. E para isso, será preciso fazer ajustes na infraestrutura para suportar o volume de tráfego que será gerado.
Para colher bons frutos, Cândido apresenta orientações de como as empresas podem ter êxito nessa grande ação de vendas.
“Minha sugestão é para não aproveitar apenas o dia da Black Friday, mas sim o mês inteiro. Criar uma esteira de promoções para ir aquecendo seu público e deixar a melhor oferta para o grande dia”, defende.
Para ele, o comércio eletrônico deve traçar estratégias de vendas para suportar o aumento da demanda de clientes a fim de não perder nenhum negócio.
Direito do Consumidor
Os consumidores devem ficar atentos, pois com o aumento de vendas do e-commerce, também cresce a possibilidade de algo dar errado nos pedidos. Sendo assim, saber os seus direitos é fundamental nessas horas. O advogado especializado em direitos do consumidor, Glauber Vieira dos Santos Sampaio explica que o Código de Defesa do Consumidor garante alguns direitos aos clientes. Por exemplo, em compras efetuadas fora do estabelecimento comercial, seja por internet, telefone ou outro meio, existe, por lei, o Direito de Arrependimento. “Nessas situações, o consumidor tem até sete dias para se arrepender da compra. Independente do motivo, ele pode optar pelo cancelamento, conforme o art. 49 do CDC”, explica Sampaio.
Todo produto que o cliente trocar por erro da empresa, terá o frete pago pelo estabelecimento. Na maioria dos casos, o cliente paga mas é ressarcido integralmente. Porém, o cliente paga todo o custo de envio do produto em casos de troca por outros motivos. O CDC entende que a troca será feita por questões pessoais e não por má-fé da empresa.
Medidas judiciais
Caso se sinta lesado por uma empresa que agir de má-fé, o cliente pode procurar o Procon e abrir uma reclamação. Com isso, o órgão poderá solucionar o problema judicialmente. Sampaio lembra que há um outro modo de o consumidor fazer valer seus direitos, mas de forma online. “E a mais recente e inovadora ferramenta disponibilizada para sanar os impasses nas relações do consumo é o consumidor.gov.br. De fato, uma excelente iniciativa”, afirma Sampaio.
Diante de casos não solucionados, o advogado recomenda procurar um profissional para tratar de forma jurídica os impasses. “Procure um advogado especialista no direito do Consumidor para que busque o judiciário. Por fim, guarde todos os comprovantes das tentativas de contato, sejam prints, e-mails ou protocolos”, finaliza Sampaio.
Um estudo realizado pela Kearney, divulgou que o e-commerce brasileiro deve fechar o ano com R$ 111 bilhões em vendas. O valor é bem superior se comparado com o faturamento de R$ 75 bilhões do ano passado. Mas, não foram apenas as vendas que aumentaram. As reclamações, apenas no primeiro semestre de 2020, já são 55% superiores se comparadas com 2019. Por isso, o recomendável é sempre pesquisar bastante antes de comprar algo.
Douglas Ferreira de Paula, de 33 anos - Reprodução/ Rede social
O influenciador Douglas Ferreira de Paula, de 33 anos, denunciou ter sido vítima de racismo em uma boate no Centro de Belo Horizonte, na madrugada de domingo (1º). Durante o evento, um homem identificado como Patrick Silva Gomes, de 27 anos, teria se aproximado e dito: “Você tem o sorriso bonito, se você fosse escravo, você seria caríssimo”.
Segundo Douglas, o episódio foi compartilhado em suas redes sociais, causando indignação. Testemunhas confirmaram as declarações racistas. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, Patrick teria voltado posteriormente e complementado: “Eu sou formado em história e aprendi na faculdade que os negros com dentes bonitos eram os mais caros.”
Após o ocorrido, o dono da casa noturna acionou os seguranças e chamou a polícia. O suspeito, ao ser abordado pelos agentes, negou as falas ofensivas. No entanto, devido às evidências e relatos testemunhais, ele foi detido.
A defesa de Patrick declarou que o cliente não teve a intenção de injuriar Douglas, afirmando que ele apenas fez um elogio ao sorriso do influenciador. O caso gerou grande repercussão, com a vítima recebendo apoio de internautas e ativistas contra o racismo.
Em nota oficial, a boate Mira repudiou o episódio e afirmou estar colaborando com as investigações. “Nos solidarizamos com Douglas Ferreira de Paula e reiteramos nosso compromisso com um ambiente inclusivo e seguro para todos”, declarou a administração da casa noturna.
O influenciador, conhecido por sua atuação nas redes sociais, agradeceu as mensagens de apoio que recebeu e reforçou a importância de denunciar casos de racismo: “Não podemos nos calar. Precisamos combater o racismo em todos os espaços.”
Funcionário com deficiência é chamado de ‘calopsita manca’ e recebe R$ 50 mil de indenização por assédio moral
Homem sofreu assédio moral no ambiente de trabalho, desenvolvendo transtornos de ansiedade e depressão, após ser ridicularizado devido a sequelas de acidente de moto
Um trabalhador com deficiência foi indenizado em R$ 50 mil por assédio moral praticado por seu chefe e colegas de trabalho, que o chamaram de “calopsita manca” e o ridicularizaram por sua dificuldade de locomoção, resultado de sequelas de um acidente de moto. A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG).
De acordo com o processo, o homem, que sofreu uma grave fratura na perna direita em 2010, ficou com sequelas permanentes após cirurgias mal sucedidas, o que lhe causou um encurtamento de seis centímetros na perna. No ambiente de trabalho, ele foi alvo de chacotas e apelidos humilhantes, incluindo o termo “calopsita manca”. Além disso, seus colegas simulavam seu modo de andar e se divertiam com sua dificuldade de locomoção. O chefe do trabalhador também o chamava de “inútil” por causa da sua deficiência.
O trabalhador relatou que, após o acidente, passou a frequentar acompanhamento psicológico e compartilhou com a psicóloga sobre o assédio que estava sofrendo no trabalho. Apesar de ter alertado a gerente da empresa, as brincadeiras de mau gosto continuaram, com a criação de um grupo de WhatsApp onde o trabalhador era ridicularizado de forma constante.
O caso de assédio moral agravou-se com o tempo, levando o trabalhador a desenvolver um quadro de transtorno misto ansioso-depressivo, conforme apontado por laudo médico. O profissional precisou de tratamento psiquiátrico e foi considerado portador de doença ocupacional, o que gerou o pedido de indenização por danos morais.
Em primeira instância, o pedido de indenização foi negado, mas o trabalhador recorreu da decisão, argumentando que os danos psicológicos estavam diretamente relacionados ao assédio que sofreu no ambiente de trabalho. A relatora do recurso, desembargadora Adriana Goulart de Sena Orsini, reconheceu que o trabalhador foi colocado em uma situação de vulnerabilidade devido à sua deficiência e que as humilhações no trabalho contribuíram para o desenvolvimento dos transtornos. Ela também entendeu que a empresa violou seu dever de cuidado, deixando de proteger a saúde e a segurança do trabalhador.
A decisão final determinou o pagamento de R$ 50 mil de indenização: R$ 30 mil pela doença ocupacional e R$ 20 mil pelo assédio moral sofrido. A empresa recorreu da sentença, e o caso agora está sendo julgado no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Este caso destaca a importância de um ambiente de trabalho saudável e respeitoso, onde as pessoas com deficiência não sejam alvo de preconceito ou discriminação. A decisão judicial reforça a necessidade de as empresas adotarem políticas eficazes para prevenir o assédio moral e garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou a imposição de lei marcial nesta terça-feira (3), alegando a necessidade de “limpar elementos pró-Coreia do Norte”. A medida, que substitui a legislação normal por um regime militar, amplia os poderes do Executivo, fecha o Parlamento e restringe direitos civis.
A lei marcial, embora temporária, confere autoridade total às forças militares em momentos de crise. Ela foi utilizada diversas vezes na década de 1960, durante períodos de golpes militares e protestos generalizados. Esta, no entanto, é a primeira vez que a medida é imposta desde a redemocratização do país, no final dos anos 1980.
Reações Políticas e Bloqueio do Parlamento
A decisão de Yoon gerou reações imediatas, especialmente da oposição, que controla o Parlamento. Após o anúncio, o prédio do Legislativo foi cercado por policiais e o acesso foi restrito. Em resposta, líderes da oposição convocaram protestos contra a medida, acusando o presidente de usar a ameaça da Coreia do Norte como pretexto para ampliar seu poder.
Yoon, que assumiu a presidência em 2022, enfrenta um ambiente político tenso, com baixa popularidade devido a controvérsias envolvendo sua gestão e familiares. O presidente não detalhou as ameaças da Coreia do Norte que justificaram a medida, mas disse que o objetivo é eliminar “elementos antiestatais” e proteger a ordem no país.
A Tensão no Parlamento e a Reação dos Líderes
A oposição, liderada por Lee Jae-myung, reagiu fortemente, dizendo que a imposição da lei marcial representaria um colapso econômico e a transformação da Coreia do Sul em um Estado autoritário. Já Han Dong-hoon, do Partido do Poder Popular (a legenda de Yoon), classificou a decisão como errada, prometendo resistir com o apoio popular.
Além de fechar o Parlamento, o presidente Yoon criticou os deputados da oposição por, segundo ele, comprometerem a segurança do país ao reduzir orçamentos essenciais. Em seu discurso, ele acusou a Assembleia Nacional de ser um “monstro” que ameaça destruir a democracia no país.
Lei Marcial em Outros Países
A imposição de lei marcial não é exclusiva da Coreia do Sul. Em 2022, a Rússia decretou a medida em territórios da Ucrânia, após a invasão do país. Da mesma forma, a Ucrânia também adotou a lei marcial no início do conflito com a Rússia, impondo restrições significativas à sua população.
A principal consequência da lei marcial é a suspensão temporária de direitos civis e a substituição de governantes civis por militares, com o objetivo de restaurar a ordem em momentos de grande instabilidade.
Impacto no País e Projeções Futuras
Enquanto a Coreia do Sul enfrenta uma crise política interna, a imposição da lei marcial deve gerar novos desdobramentos tanto na política quanto na sociedade sul-coreana. A medida coloca o país em uma posição delicada, com a oposição denunciando uma possível tentativa de Yoon de consolidar o poder à custa da democracia. A reação popular e os próximos passos do governo serão cruciais para determinar os rumos da nação.