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Brasil

Pandemia: Rio de Janeiro anuncia apoio a micro e pequenas empresas

Serão contemplados cabeleireiros, comércios, bares e restaurantes

Foto: Rayra Paiva Franco/O PANORAMA

A Prefeitura do Rio de Janeiro encaminhou à Câmara Municipal, um projeto de lei com a criação do Programa Auxílio Empresa Carioca. O objetivo é apoiar micro e pequenos empreendedores cadastrados no Simples (com faturamento anual de até R$ 4,5 milhões) e que vão precisar suspender as atividades no período de dez dias entre amanhã (26) e o domingo de Páscoa (4).

A interrupção das atividades por dez dias é decorrência da antecipação de feriados no estado, em uma tentativa de conter o avanço da covid-19. Segundo o prefeito Eduardo Paes, a intenção do programa é garantir recursos para esses empreendimentos preservarem os empregos e as suas atividades.

“Como nós estamos, na prática, inviabilizando a atividade econômica dessas pessoas por dez dias, a proposta do Auxílio Empresa Carioca tem como alvo aqueles que estão com suas atividades suspensas pelo decreto que começa a valer à meia noite de hoje” disse Paes, em cerimônia na Câmara Municipal, na Cinelândia. Entre as atividades a serem contempladas pelo programa estão cabeleireiros, comércio, bares, restaurantes, empresas de eventos e quiosques.

De acordo com a proposta, a contrapartida é que os empresários se comprometam a não reduzir o número de empregados por dois meses. Paes destacou que é preciso olhar com otimismo as medidas restritivas que precisam ser anunciadas em um momento de notícias negativas no Brasil, por causa da evolução da pandemia. “Tenho absoluta convicção que esse é, se Deus permitir e a vacina avançar, o último suspiro mais forte dessa pandemia que nos consome já há um ano”, disse ao se referir ao Programa Auxílio Empresa Carioca.

O Programa prevê o repasse de até um salário mínimo por empregado que ganhe no máximo três salários mínimos de forma proporcional ao período de suspensão das atividades empresariais de empreendimentos com até cinco empregados, nos dez dias em que a prefeitura pede que as pessoas fiquem em casa. “O que a gente quer é que os empregadores tenham o apoio do poder público para não demitir esses funcionários”, afirmou o prefeito, ao emendar: “estamos olhando para as pessoas mais humildes, os empregados que mais precisam de auxílio nesse momento”.

Segundo Paes, esse tipo de auxílio foi um pleito encaminhado pelo presidente da Câmara em nome dos outros parlamentares da Casa. Na cerimônia, o prefeito pediu urgência na tramitação do projeto. Caiado confirmou que o projeto está na pauta de hoje: “a gente precisa sim botar em pauta para ele ser votado”, disse Carlo Caiado, acrescentando que a Casa vai avaliar a possibilidade de liberar mais recursos do Fundo Especial da Câmara para o Programa Auxílio Empresa Carioca. Além disso, Caiado anunciou a criação de um grupo de trabalho com integrantes da Câmara Municipal e da prefeitura para discutir a retomada da economia do Rio.

Crédito

O prefeito do município também anunciou o Programa Crédito Carioca, que é uma linha de financiamento, que não precisa passar por aprovação da Câmara dos Vereadores, com recursos privados em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) e o Estímulo Rio, programa de crédito privado para pequenas e médias empresas atingidas pela covid-19.

Segundo o prefeito, os recursos iniciais são de R$ 4 milhões, sendo 50% vindo do Sicoob e 50% do Estímulo Rio. O crédito tem tíquete médio para o pequeno e médio empresário com faturamento entre R$ 10 mil e R$ 400 mil e empréstimos de até R$ 400 mil: “é uma forma da gente conseguir viabilizar recursos. São recursos iniciais que a gente busca com o setor privado ainda ter mais. Abrimos aí uma linha de crédito importante”.

Durante a cerimônia na Câmara Municipal, o prefeito recebeu das mãos de Carlo Caiado um cheque simbólico referente ao repasse de R$30 milhões da Casa à Prefeitura. O montante já foi liberado para os cofres do município. Os recursos são parte do valor que vai ser empregado no Programa Auxílio Carioca, anunciado ontem (24) pelo município e que vai transferir R$ 100 milhões para cerca de 900 mil pessoas em situação de vulnerabilidade.

Isolamento

No fim do seu discurso, o prefeito fez um apelo à população do Rio para a necessidade de respeitar as medidas restritivas que entram em vigor amanhã. “Ninguém aqui é alarmista, ninguém aqui está tomando medidas de orelhada. Todas as decisões que tomamos nesse momento se fundamentam em pareceres e opiniões de especialistas, que aliás, em nenhum momento foram alarmantes. Os números que estamos vendo na rede de saúde nesse momento são muito graves”, observou.

“A gente precisa que as pessoas nestes dez dias entendam que não tem super feriado e que não tem festa. O que nós temos é um super retiro. O que nós temos é a necessidade de que as pessoas evitem se deslocar, se aglomerar, evitem encontros. São dez dias. São tempos difíceis”, completou, destacando que é preciso ter o apoio da população para salvar vidas.

Vacinação

Ainda na cerimônia, Paes disse que se não houver atrasos na entrega de vacinas, a capital deve concluir a imunização das pessoas com 60 anos ou mais até o fim de abril: “estamos falando do grupo de mais riscos. São as pessoas que mais vão a óbito por causa da covid. Vamos entrar nas pessoas com comorbidades, nos profissionais de saúde e de educação”.

Por: Agência Brasil

Economia

Carrefour anuncia corte de 2.200 empregos antes das festas de fim de ano

A redução no quadro de funcionários, equivalente a 1,5% da equipe, ocorre em um momento crítico para o varejo, tradicionalmente marcado por aumento de contratações temporárias

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O Grupo Carrefour, dono das marcas Atacadão e Sam’s Club, informou a demissão de 2.200 funcionários, representando 1,5% de seu total de 130 mil colaboradores. A medida é tomada justamente em um período de alta demanda no varejo, próximo ao Natal, quando muitas empresas costumam ampliar suas equipes com contratações temporárias.

Em comunicado à Folha de S.Paulo, o Carrefour justificou as demissões como parte de um “movimento natural do setor”, afirmando que isso não afetará suas operações ou o atendimento aos clientes durante as festas de fim de ano. A empresa também destacou que, em outubro, abriu novas vagas em diversas áreas, como açougueiros, padeiros, operadores de caixa e repositores, com contratações em andamento em 20 estados e no Distrito Federal.

Variação no mercado varejista

Enquanto o Carrefour realiza demissões, outros varejistas adotam o caminho oposto, ampliando suas equipes temporárias para lidar com o aumento das vendas no fim de ano. Relatório da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que essa é uma prática comum no setor.

Crise recente com o Brasil

Em novembro, o Carrefour também viveu um episódio de crise diplomática com o Brasil, quando seu CEO global, Alexandre Bompard, anunciou a suspensão das compras de carne de países do Mercosul, incluindo o Brasil, como apoio aos agricultores franceses. A decisão gerou boicotes organizados por frigoríficos brasileiros e repercussão entre políticos. Após seis dias de controvérsia, Bompard enviou uma carta ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pedindo desculpas e buscando resolver o impasse.

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Ciência e Tecnologia

Senado aprova novas regulamentações para o uso de inteligência artificial no Brasil

Projeto de lei, que aguarda votação na Câmara, estabelece normas rigorosas para o uso de IA em segurança pública e direitos autorais, com multas de até R$ 50 milhões para empresas que descumprirem as regras

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Em 10 de dezembro de 2024, o Senado brasileiro aprovou um projeto que regula o uso da inteligência artificial (IA) no país, com foco em sua aplicação comercial. O texto agora segue para análise na Câmara dos Deputados antes de se tornar lei. A proposta estabelece diretrizes sobre o uso de IA em diversas áreas, incluindo segurança pública, saúde e direitos autorais.

A nova legislação propõe a utilização de identificação biométrica à distância para prisões e captura de criminosos em locais públicos, permitindo ainda o reconhecimento facial em tempo real, mas com restrições rigorosas para evitar discriminação, especialmente contra a população negra. As grandes empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, não estarão sujeitas às mesmas regras restritivas impostas a outros tipos de sistemas de IA considerados de “alto risco.”

Além disso, a proposta inclui medidas de proteção aos direitos autorais, garantindo que artistas e criadores de conteúdo sejam remunerados quando suas obras forem utilizadas para treinar sistemas de IA. As empresas de tecnologia serão obrigadas a informar o uso de conteúdos protegidos, e os autores poderão proibir o uso de suas obras.

Caso as regras sejam desrespeitadas, as empresas de tecnologia poderão ser punidas com multas de até R$ 50 milhões ou até 2% do seu faturamento, além de outras sanções como a suspensão de seus sistemas de IA e restrições no uso de bancos de dados.

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Brasil

Cidades do Grande Recife proíbem venda de armas de gel após ferimentos oculares

Com 68 pessoas feridas, as cidades adotam restrições e penalidades para quem comercializar brinquedos que causam danos à visão

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Cidades do Grande Recife, como Olinda e Paulista, adotaram medidas rigorosas para proibir a venda de armas de gel, brinquedos que têm se popularizado na região, mas causado graves ferimentos. Entre 30 de novembro e 11 de dezembro, pelo menos 68 pessoas foram atendidas por lesões oculares, sendo que a maioria dos casos envolveu crianças e adolescentes. As bolinhas disparadas por essas armas, feitas de gel expandido, atingem os olhos com força, causando desde inflamações até sangramentos internos.

Paulista foi pioneira, sancionando uma lei que proíbe a fabricação e comercialização desses brinquedos, além de impor sanções severas aos estabelecimentos que descumprirem a norma. Olinda seguiu o exemplo, decretando uma proibição com base na legislação estadual que proíbe a venda de brinquedos que se assemelham a armas reais.

O prefeito de Paulista, Yves Ribeiro, defendeu a medida como necessária para proteger a população, enquanto Olinda planeja campanhas educativas para conscientizar sobre os perigos do uso de armas de gel. O caso de Kauê, de 9 anos, que precisou de cirurgia após ser atingido no olho por uma dessas balas, ilustra os danos que podem ser causados.

A medida busca garantir mais segurança e evitar que mais crianças sejam vítimas desses brinquedos perigosos, que começaram como uma moda e agora representam um risco à saúde pública.

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