De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (31), a taxa de desemprego no Brasil atingiu 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril. Esse é o menor índice para um trimestre finalizado em abril desde 2015, quando registrou 8,1%.
A taxa de desocupação no período de fevereiro a abril de 2023 manteve-se estável em relação ao trimestre de novembro de 2022 a janeiro de 2023 (8,4%) e apresentou uma queda de 2,0 pontos percentuais em comparação ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (10,5%).
A população desocupada, composta por 9,1 milhões de pessoas, também manteve-se estável em relação ao trimestre anterior (9,0 milhões) e registrou uma redução de 19,9% (2,3 milhões de pessoas) em relação ao ano anterior.
Por outro lado, a quantidade de pessoas ocupadas (98,0 milhões) teve uma queda de 0,6% (605 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 1,6% (1,5 milhão de pessoas) em comparação ao mesmo trimestre de 2022.
O nível de ocupação, que representa a porcentagem de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 56,2%. Esse valor apresentou uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (56,7%) e um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2022 (55,8%).
A taxa composta de subutilização, que engloba diferentes formas de subutilização da força de trabalho, registrou uma queda em ambas as comparações: 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre de novembro de 2022 a janeiro de 2023 (18,7%) e 4,1 pontos percentuais em relação ao trimestre encerrado em abril de 2022 (22,5%).
A população subutilizada, composta por 21,0 milhões de pessoas, teve uma redução de 2,5% (533 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e uma queda de 19,6% (5,1 milhões de pessoas) em relação ao ano anterior.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,1 milhões de pessoas) manteve-se estável em relação ao trimestre anterior e teve uma redução de 23,0% em comparação ao ano anterior. A população fora da força de trabalho, composta por 67,2 milhões de pessoas, teve um aumento de 1,3% em relação ao trimestre anterior (885 mil pessoas a mais) e um aumento de 3,5% em relação ao ano anterior (2,3 milhões de pessoas a mais).
A população desalentada, que desistiu de procurar emprego, totalizou 3,8 milhões de pessoas, apresentando uma redução de 4,8% (192 mil pessoas a menos) em relação ao trimestre anterior e uma queda de 15,3% (682 mil pessoas a menos) em comparação ao ano anterior. O percentual de desalentados em relação à força de trabalho ou à população desalentada foi de 3,4%, com uma variação de -0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao ano anterior.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) ficou em 36,8 milhões, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e registrando um aumento de 4,4% (1,6 milhão de pessoas a mais) em comparação ao ano anterior. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,7 milhões) teve uma queda de 2,9% (383 mil pessoas a menos) no trimestre, mas permaneceu estável na comparação anual.
O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões de pessoas) manteve-se estável em ambas as comparações. O número de trabalhadores domésticos (5,7 milhões de pessoas) teve uma queda de 3,2% no trimestre, mas permaneceu estável em relação ao trimestre encerrado em abril de 2022.
O número de empregados no setor público (12,0 milhões de pessoas) manteve-se estável em relação ao trimestre anterior e registrou um aumento de 4,1% (473 mil pessoas a mais) em comparação ao ano anterior. A taxa de informalidade, que engloba trabalhadores informais, foi de 38,9% da população ocupada, o que representa 38,0 milhões de trabalhadores informais. Esse valor é menor do que o registrado no trimestre anterior (39%) e no mesmo trimestre do ano anterior (40,1%).
O rendimento real habitual, que corresponde ao valor médio recebido pelos trabalhadores, ficou estável em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 2.891, e apresentou um aumento de 7,5% em comparação ao ano anterior. A massa de rendimento real habitual, que representa o total de rendimentos dos trabalhadores, manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 278,8 bilhões, e registrou um aumento de 9,6% na comparação anual.