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Brasil

Porta-bandeira da Portela denuncia racismo no Aeroporto de Brasília

Danielle Nascimento, filha de Dona Vilma, porta-bandeira da Velha Guarda da Portela, denunciou episódio racista ocorrido em loja do aeroporto um dia após homenagem no dia da Consciência Negra

Foto: Reprodução

Dona Vilma Nascimento, a maior porta-bandeira da história da Portela, foi acusada injustamente de roubo por uma fiscal de segurança do Duty Free Dufry Shop, loja localizada no Aeroporto de Brasília, na terça-feira (21/11).

O episódio de racismo ocorreu um dia após ela ser homenageada na Câmara dos Deputados, no dia da Consciência Negra (20/11), com um painel inteiramente dedicado a ela na exposição O pensamento negro no Brasil.

A filha de Dona Vilma, Danielle Nascimento, denunciou o caso por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, no qual relata como a fiscal abordou sua mãe de forma agressiva e desrespeitosa, exigindo que ela abrisse a bolsa para ser revistada.

Danielle disse que questionou se a abordagem era motivada pela cor da pele delas e que pediu várias vezes para chamar a polícia, mas não foi atendida. Ela afirmou que elas foram humilhadas e traumatizadas pela situação.

Dona Vilma e Danielle haviam realizado compras na loja e depois, ao passarem mais uma vez em frente à porta, foram abordadas pela fiscal, que alegou que Dona Vilma tinha pego produtos da loja sem pagar.

A fiscal ordenou que elas a acompanhassem até uma sala, mas no meio do caminho, recebeu informação pelo rádio de que era para revistar a bolsa da porta-bandeira. Dona Vilma se recusou a abrir a bolsa sem a presença da polícia e disse que só sairia da loja com um pedido de desculpas.

O caso ainda não foi registrado na polícia, mas a família pretende acionar a Justiça. A empresa Duty Free Dufry se pronunciou em comunicado no Instagram e pediu desculpas pelo ocorrido.

“A abordagem feita pela fiscal de segurança da loja está absolutamente fora do nosso padrão”, diz a nota. “Em razão da falha nos procedimentos, a profissional foi afastada de suas funções. Este tipo de abordagem não reflete as políticas e valores da empresa.”

Veja o vídeo abaixo:

Brasil

Influenciador denuncia racismo em boate de Belo Horizonte: “Você seria caríssimo como escravo”

Douglas Ferreira de Paula, de 33 anos, relatou ofensa racista feita por um homem durante evento na madrugada deste domingo (1)

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Douglas Ferreira de Paula, de 33 anos - Reprodução/ Rede social

O influenciador Douglas Ferreira de Paula, de 33 anos, denunciou ter sido vítima de racismo em uma boate no Centro de Belo Horizonte, na madrugada de domingo (1º). Durante o evento, um homem identificado como Patrick Silva Gomes, de 27 anos, teria se aproximado e dito: “Você tem o sorriso bonito, se você fosse escravo, você seria caríssimo”.

Segundo Douglas, o episódio foi compartilhado em suas redes sociais, causando indignação. Testemunhas confirmaram as declarações racistas. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, Patrick teria voltado posteriormente e complementado: “Eu sou formado em história e aprendi na faculdade que os negros com dentes bonitos eram os mais caros.”



Após o ocorrido, o dono da casa noturna acionou os seguranças e chamou a polícia. O suspeito, ao ser abordado pelos agentes, negou as falas ofensivas. No entanto, devido às evidências e relatos testemunhais, ele foi detido.

A defesa de Patrick declarou que o cliente não teve a intenção de injuriar Douglas, afirmando que ele apenas fez um elogio ao sorriso do influenciador. O caso gerou grande repercussão, com a vítima recebendo apoio de internautas e ativistas contra o racismo.

Em nota oficial, a boate Mira repudiou o episódio e afirmou estar colaborando com as investigações. “Nos solidarizamos com Douglas Ferreira de Paula e reiteramos nosso compromisso com um ambiente inclusivo e seguro para todos”, declarou a administração da casa noturna.

O influenciador, conhecido por sua atuação nas redes sociais, agradeceu as mensagens de apoio que recebeu e reforçou a importância de denunciar casos de racismo: “Não podemos nos calar. Precisamos combater o racismo em todos os espaços.”

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Brasil

Funcionário com deficiência é chamado de ‘calopsita manca’ e recebe R$ 50 mil de indenização por assédio moral

Homem sofreu assédio moral no ambiente de trabalho, desenvolvendo transtornos de ansiedade e depressão, após ser ridicularizado devido a sequelas de acidente de moto

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Imagem: Simulação

Um trabalhador com deficiência foi indenizado em R$ 50 mil por assédio moral praticado por seu chefe e colegas de trabalho, que o chamaram de “calopsita manca” e o ridicularizaram por sua dificuldade de locomoção, resultado de sequelas de um acidente de moto. A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG).

De acordo com o processo, o homem, que sofreu uma grave fratura na perna direita em 2010, ficou com sequelas permanentes após cirurgias mal sucedidas, o que lhe causou um encurtamento de seis centímetros na perna. No ambiente de trabalho, ele foi alvo de chacotas e apelidos humilhantes, incluindo o termo “calopsita manca”. Além disso, seus colegas simulavam seu modo de andar e se divertiam com sua dificuldade de locomoção. O chefe do trabalhador também o chamava de “inútil” por causa da sua deficiência.

O trabalhador relatou que, após o acidente, passou a frequentar acompanhamento psicológico e compartilhou com a psicóloga sobre o assédio que estava sofrendo no trabalho. Apesar de ter alertado a gerente da empresa, as brincadeiras de mau gosto continuaram, com a criação de um grupo de WhatsApp onde o trabalhador era ridicularizado de forma constante.

O caso de assédio moral agravou-se com o tempo, levando o trabalhador a desenvolver um quadro de transtorno misto ansioso-depressivo, conforme apontado por laudo médico. O profissional precisou de tratamento psiquiátrico e foi considerado portador de doença ocupacional, o que gerou o pedido de indenização por danos morais.

Em primeira instância, o pedido de indenização foi negado, mas o trabalhador recorreu da decisão, argumentando que os danos psicológicos estavam diretamente relacionados ao assédio que sofreu no ambiente de trabalho. A relatora do recurso, desembargadora Adriana Goulart de Sena Orsini, reconheceu que o trabalhador foi colocado em uma situação de vulnerabilidade devido à sua deficiência e que as humilhações no trabalho contribuíram para o desenvolvimento dos transtornos. Ela também entendeu que a empresa violou seu dever de cuidado, deixando de proteger a saúde e a segurança do trabalhador.

A decisão final determinou o pagamento de R$ 50 mil de indenização: R$ 30 mil pela doença ocupacional e R$ 20 mil pelo assédio moral sofrido. A empresa recorreu da sentença, e o caso agora está sendo julgado no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Este caso destaca a importância de um ambiente de trabalho saudável e respeitoso, onde as pessoas com deficiência não sejam alvo de preconceito ou discriminação. A decisão judicial reforça a necessidade de as empresas adotarem políticas eficazes para prevenir o assédio moral e garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores.

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Política

Lei Marcial na Coreia do Sul: O que significa a medida adotada por Yoon Suk Yeol

Entenda os efeitos da lei marcial decretada por Yoon Suk Yeol e as reações políticas na Coreia do Sul

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O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou a imposição de lei marcial nesta terça-feira (3), alegando a necessidade de “limpar elementos pró-Coreia do Norte”. A medida, que substitui a legislação normal por um regime militar, amplia os poderes do Executivo, fecha o Parlamento e restringe direitos civis.

A lei marcial, embora temporária, confere autoridade total às forças militares em momentos de crise. Ela foi utilizada diversas vezes na década de 1960, durante períodos de golpes militares e protestos generalizados. Esta, no entanto, é a primeira vez que a medida é imposta desde a redemocratização do país, no final dos anos 1980.

Reações Políticas e Bloqueio do Parlamento

A decisão de Yoon gerou reações imediatas, especialmente da oposição, que controla o Parlamento. Após o anúncio, o prédio do Legislativo foi cercado por policiais e o acesso foi restrito. Em resposta, líderes da oposição convocaram protestos contra a medida, acusando o presidente de usar a ameaça da Coreia do Norte como pretexto para ampliar seu poder.

Yoon, que assumiu a presidência em 2022, enfrenta um ambiente político tenso, com baixa popularidade devido a controvérsias envolvendo sua gestão e familiares. O presidente não detalhou as ameaças da Coreia do Norte que justificaram a medida, mas disse que o objetivo é eliminar “elementos antiestatais” e proteger a ordem no país.

A Tensão no Parlamento e a Reação dos Líderes

A oposição, liderada por Lee Jae-myung, reagiu fortemente, dizendo que a imposição da lei marcial representaria um colapso econômico e a transformação da Coreia do Sul em um Estado autoritário. Já Han Dong-hoon, do Partido do Poder Popular (a legenda de Yoon), classificou a decisão como errada, prometendo resistir com o apoio popular.

Além de fechar o Parlamento, o presidente Yoon criticou os deputados da oposição por, segundo ele, comprometerem a segurança do país ao reduzir orçamentos essenciais. Em seu discurso, ele acusou a Assembleia Nacional de ser um “monstro” que ameaça destruir a democracia no país.

Lei Marcial em Outros Países

A imposição de lei marcial não é exclusiva da Coreia do Sul. Em 2022, a Rússia decretou a medida em territórios da Ucrânia, após a invasão do país. Da mesma forma, a Ucrânia também adotou a lei marcial no início do conflito com a Rússia, impondo restrições significativas à sua população.

A principal consequência da lei marcial é a suspensão temporária de direitos civis e a substituição de governantes civis por militares, com o objetivo de restaurar a ordem em momentos de grande instabilidade.

Impacto no País e Projeções Futuras

Enquanto a Coreia do Sul enfrenta uma crise política interna, a imposição da lei marcial deve gerar novos desdobramentos tanto na política quanto na sociedade sul-coreana. A medida coloca o país em uma posição delicada, com a oposição denunciando uma possível tentativa de Yoon de consolidar o poder à custa da democracia. A reação popular e os próximos passos do governo serão cruciais para determinar os rumos da nação.

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